terça-feira, 26 de agosto de 2008

Um bom ano



UM BOM ANO - 2006.

Para mim, que já atravessei péssimos períodos, é bom poder perceber que a vida caminha em frente, mesmo que seja num ritmo mais lento do que eu gostaria.

Daí, cinema taí pra isso mesmo! Pra gente ver o Russell Crowe como um empresário que para tudo pra repensar a vida. Neste mundo louco-capitalista-idiota, só na ficção mesmo pra isso acontecer.

O problema é que a gente não devia conviver com coisas que não fizessem algum sentido, principalmente ficarmos nos aborrecendo com aquilo que, realmente, não valesse a pena.

2008 já entra pra história como um bom ano pra mim. O ano em que eu não parei, mas comecei a prestar atenção em mim pelos olhos de um hindu que ri torto.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A casa do Lago



Como conviver com alguém à distância, sem nunca ter visto? Não, senhoras e senhores, não estou falando de internet... Falo de desencontro no tempo e espaço.


A imaginação humana é, de fato, algo fascinante. A capacidade ilimitada que temos de criar, das mais diversas formas, sem limite algum é algo que não deveria ser desperdiçado.

A Casa do Lago é um filme em que essa capacidade imaginativa é bem utilizada, produzindo uma bela peça de ficção, e deixando a gente com uma puta inveja da Sandra Bulock por poder paquerar o Keanu Reeves, novamente.

Falando sério, às vezes, precisamos de um acontecimento inusitado que nos obrigue a repensar o que fazemos da nossa existência. Claro que num filme como este, o apelo é direcionado ao que fazemos com os relacionamentos amorosos ou com a falta deles em nossa vida, mas acaba sobrando para todos os campos: trabalho, casa, objetivos, tudo.

Bom, eu estava tentando colocar uma foto aqui, mas onde estou a internet ainda é a vapor, então, vai demorar e preciso ir embora. Depois eu coloco umas fotos de que gosto, prometo! (em 08 de setembro consegui por as fotos, mas quero deixar o comentário espirituoso registrado.)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Bom dia pra você, meu Hindú que ri torto.

Tem dias que tudo que se pode fazer é trabalhar e esperar, mesmo que isso custe muito e disso nós já sabemos, não é?
Ainda acredito que os idosos, em boa parte, de fato devem ser ouvidos sempre que possível, como a Cora Coralina abaixo:

"Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas."

Não, não são os seus olhos azuis que me hipnotizam... é o seu todo.

Bom trabalho, meu bem.

sábado, 9 de agosto de 2008

IRMÃO URSO


Da primeira vez em que eu vi Irmão Urso, levei um susto enorme. Era dia das mães, eu não conhecia a história, não tinha noção de como aquele filme me abalaria. Curioso dizer isso sobre um desenho animado, né? E quem disse que desenho é feito só pra criança?
Aprender, às vezes é doloroso demais. Podemos cometer enganos gravíssimos nesse processo. O filme conta um pouco essa história, no caso de um jovem teimoso que, como é comum na juventude, não mede as consequências dos seus atos, e não dá muita bola pra conselhos dos mais antigos.
Além da história, gosto muito desse traço arredondado e das muitas cores utilizados. Tecnicamente é uma obra muito bem realizada - boa "fotografia", efeitos sonoros e, principalmente, uma trilha sonora primorosa.
Com tudo isso, sempre me impressiono com a força com que essa história me mobiliza, relembrando aquele mesmo sentimento de tristeza vivido quando a conheci, embora seja um filme com final feliz.

domingo, 3 de agosto de 2008

COMO ÁGUA PARA CHOCOLATE


Como água para chocolate é uma obra classificada como literatura do fantástico.
FICHA TÉCNICA - TITULO ORIGINAL: Como Água Para Chocolate
ANO: 1993 PAIS DE ORIGEM: México IDIOMA: Espanhol DURAÇÃO: 113 min DIREÇÃO: Alfonso Arau
ELENCO: Marco Leonardi; Lumi Cavazos; Regina Torné; Mario Iván Martinéz; Ada Carrasco; Yareli Arizmendi; Claudette Maillé; Pilar Aranda; Farnesio De Bernal
Conta a história de um amor impedido por obstáculos sociais.
segue comentário de Cris da Silva.
" No início do século XX, numa fazenda mexicana, na fronteira com o Texas, Tita (Lumi Cavazos), a quem foi negado o direito de se casar, por ser a filha mais nova, e ter que permanecer ao lado da mãe Elena (Regina Torne) para cuidar dela, vive um amor ardente de paixão, contido, apesar de correspondido, por Pedro (Marco Leonardi), o qual acaba aceitando casar-se com sua irmã Rosaura (Yareli Arizmendi), apenas para permanecer perto da mulher que ama.Tita, que crescera nos braços de Nacha (Ada Carrasco), cozinheira da fazenda, envolta nos aromas mágicos da cozinha, e orientada pela sabedoria desta, desenvolve o dom como ninguém, transpondo para os alimentos todas as suas emoções, e destes, pra os comensais. É o que acontece quando, sem querer, derrama lágrimas sobre a massa do bolo de casamento de Rosaura com Pedro, e causa em todos que o experimentam, além de uma extrema comoção, uma incontrolável ânsia de vomito. Já para as codornas com molho de pétalas de rosa (as quais lhe haviam sido oferecidas por Pedro), Tita transfere toda a sensualidade, no despertar da recordação do grande amor de cada um que se delicia com este prato, que potencializa e exaltação deste sentimento, e faz desabrochar toda a libido. É neste momento que, Gertrudis (Claudette Maillé), contagiada pelo sentimento impregnado no molho, e exalando em toda a sua plenitude o odor das rosas, atrai para si o capitão revolucionário, e foge com ele, para profundo desgosto da mãe, e conquista da sua própria liberdade. Desde os biscoitos de nata, ao “mole” (prato típico mexicano), todos os alimentos são preparados, envoltos num ritual onde a magia do elo alimento/vida, aroma/perfume, sabor/sensação, textura/sensualidade... se exacerba numa magnitude que deleita o paladar da alma."

sábado, 2 de agosto de 2008

Message in a Bottle


Filme Uma carta de amor, com Kevin Costner.

Duração: 132 min. Ano de Lançamento: 1999
(do site) "Ao caminhar pela praia, Theresa Osborne (Robin Wright) encontra uma garrafa com uma carta romântica e extremamente sincera, pois era também uma despedida, um adeus. Ela fica tão impressionada que usa os meios que dispõe trabalhando como jornalista em Chicago e tenta saber quem escreveu a carta. Ela então descobre que foi escrita por Garret Blake (Kevin Costner), um construtor de barcos da Carolina do Norte, para Catherine (Susan Brightbill), sua esposa, e, ao conhecê-lo, fica sabendo que Catherine faleceu precocemente. Em pouco tempo surge uma atração mútua entre Theresa e Garret, mas os fantasmas que ele carrega não permitem que ele viva este novo amor por completo. "
Deve haver, com certeza, pelo menos uma centena de filmes dos quais eu gosto muuuuito. Este é um deles. O que acho curioso é que entrar para a faculdade, passar a estudar as teorias literárias, a história a partir das literaturas, ler mais clássicos, confrontar opiniões, não mudou o meu gosto por cinema. A grande influência que percebi foi com a televisão. Não consigo mais ver novelas, por exemplo, que é algo que existe desde que eu era criança.
Uma Carta de amor me atrai essencialmente pela história, além do elenco - que conta com Paul Newman como "pai do Kevin Costner". Em que pese o drama vivido pela morte da esposa, envolta numa conturbada relação entre a família da moça e o viúvo, o grande lance é que às vezes encontramos o que estamos procurando, ou o que precisamos, mas não percebemos, ou preferimos deixar escapar, ou simplesmente não confiamos na possibilidade de ser feliz. Só que viver não dura pra sempre e a vida pode acaber, de fato, abruptamente.