sábado, 17 de abril de 2010

A insustentável leveza do ser.

Eu não sei dizer o que quer dizer o que vou dizer.

O fato do qual não posso mais me esquivar é que não sou deste mundo, não encontro par aqui. Mas, e daí? Quer dizer, isto será impeditivo para viver, para mover-se nesta existência, para criar, para amar, para, enfim, realizar e realizar-me?

A solução é acreditar que a resposta a esta pergunta é: não, não é!

Entretanto, como nada é simples e Murphy* é um ser de humor questionável e que adora atazanar o bom cristão, há e sempre haverá dias em que pareceria correto considerar que sim seria a resposta correta.

Hoje o motor do questionamento foi a música que começa com essa frase “ Eu não sei dizer o que quer dizer o que vou dizer”, daquele rapaz do qual não lembro agora o nome. Mas frequentemente esta angústia se materializa quando penso no José Cláudio e quando ando nas ruas e vejo lá os humanos.