sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Camille Claudel



PENSAMENTO PROFUNDO - 1898 - Camille Claudel.

Admiro muito a qualidade da obra de Camille, sobretudo o cuidado que tinha com o acabamento. Gosto de coisas bem acabadas, sem arestas. Impressiona-me quanto do seu sofrimento é perceptível nas peças, contraditoriamente produzidas a partir de materiais tão sólidos para representar sentimentos. Lamento que, embora tenha conseguido expressar muitos de seus sentimentos em suas obras, a tristeza e o sofrimento tenham-na consumido, tanto que destrui sua vida e boa parte de suas obras.

Só o que posso fazer diante de tal constatação é não permitir que o meu sofrimento, por um amor que não posso ter, faça o mesmo comigo. Ao contrário de Camille, felizmente, consegui encontrar outras maneiras de realizar-me na vida. Claro que nada se compara à plenitude que seria ser correspondida, mas não se pode ter tudo.

Eu escolho ser feliz.

Sexta-feira

Tua ausência deixou o frio
montando guarda.
Que péssima idéia!
Poderia ter escalado a amnésia.
Ela, sim, seria perfeita:
faria-me companhia e garantiria o fim do meu sofrimento.

ALGEMA TAMBÉM É UM PAR

Eu não procuro,
Porque não tenho a esperança de encontrar.

O amor de que necessito
Está aprisionado em você.

Estamos condenados a uma longa espera?
Ambos?

Se não por mim,
Pode libertar o amor pelo seu próprio bem, para que fique livre?

Não o condene por minha culpa.
Eu que te amo,

O amor nada pode para impedir-me.
Ele está inocente desse crime.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quinta-feira

Involuntariamente,
tal qual o nevoeiro que desce,
abateu-se sobre mim
um pessimismo tal que
tristeza seria-me um prêmio.
Um sentir que serei só
um vazio que me apresenta a escritura de sua nova casa:
minha alma.
Quem me negociou com tão rico comprador?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

" E o leão se apaixonou pelo cordeiro...

Cordeiro idiota. Leão mazoquista e doentio..." Esses dizeres, que estão na obra Crepúsculo, testemunham um grau elevado de incompatibilidades entre um par, assim como nós.

Porque tenho tanta dificuldade em aceitar?
Isso que você grita quando não me telefona:
você não quer o amor.
Quer ser o que é: um homem comum.

Amar atrapalha a vida no capitalismo:
Não bate ponto,
Não faz reengenharia,
Não permite produtividade material.

Amar dá, sim, prejuízo!
Faz gastar tempo.
Tempo é dinheiro nesta civilização.
É isso o que conta. Amor não conta.

Você quer ser um bom capitalista e o meu sangue é vermelho.

domingo, 25 de janeiro de 2009

O Bom da vida



Essa semana elaborei um pequeno trabalho sobre parte da obra deste gênio, que há 12 anos mudou de plano espiritual. Pequeno pelo tamanho mesmo, pois uma música dele comporta grandes mensagens, como pais e filhos, por exemplo. É preciso, mesmo, amar as pessoas como se não houvesse amanhã...

O Bom da vida é o amor de quem amamos e de quem nos ama, são os meus filhinhos lindos, é de fato viver.

Bom domingo!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Um dia duro de trabalho

Hoje, apesar de estar de folga (por que era feriado só no Rio), tive um dia bem trabalhoso. Eu esplico:

- o meu mais velho foi para o ensino médio, passou para o Colégio Pedro II - turno da tarde;
- eu tinha que transferir a minha do meio para uma escola em que ela pudesse cursar o 7º ano (antiga 6ª série) pela manhã; e tinha que tirar fotos dela para entregar na nova escola;
- o meu menor completa 6 anos em 2009 e entrará pra Alfabetização, que é o 1º ano atualmente. Tudo escola pública, com aquela boa vontade que chega a nos emocionar...

Além disso, queria algumas informações para operacionalizar o meu ano, tipo um curso de LIBRAS da Associação localizada em Neves, São Gonçalo (a APADA), e tinha que me matricular na faculdade onde fui selecionada para cursar Letras-Português/Espanhol. UFA!!!

Graças a Deus!!!

20 de JANEIRO- dia de São Sebastião

Salve, Salve!!! Proteção meu Pai! Que hoje as homenagens são todas para o senhor, santo de vitórias.

HISTÓRIA-

São Sebastião (França, 256286)originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 (depois da Era Comum) com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal - a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Porém, Sebastião não faleceu, foi atirado no rio, pois foi dado como morto e encontrado muito longe de onde foi atirado e socorrido por Irene (Santa Irene). Mas, depois, foi levado novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que lhe fosse espancado até a morte. Mesmo assim, ele não teria morrido. Acabou sendo morto transpassado por uma lança.
WIKIPEDIA.

Embora eu não tenha pesquisado árduamente, acho importante que se tenha alguma noção de sua história, sobretudo hoje que é o seu dia.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O ser humano, criador.



J.R.R.Tolkien construiu um mundo completo para escrever O Senhor dos anéis. Falo de visual, personagens, linguagem, instrumentos de batalha, lendas, passado.

Quero saldá-lo por isso.

Tolkien viveu num mundo diferente do nosso: outra época, outro continente. Estou lendo um livro que reune cartas e trechos de cartas que enviou ao longo de sua vida, onde estão registradas suas amizades, o relacionamento com a futura esposa, conversascom editores e departamentos de universidades onde trabalhou. Não o que se diz sobre ele, maso que ele mesmo dizia.

Embora possa parecer coisa de algum desocupado ter tempo, ou dispor de tempo para criar todo um mundo, com história, linguagem própria,Tolkien trabalhava e tinha família. O conjunto da obra, do qual a maioria conhece "apenas" O Senhor dos Anéis, foi o trabalho de uma vida inteira e isso é fundamental.

De que serve sermos os únicos na natureza com essa capacidade de criação, se não a utilizarmos?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

eu e a Cris - na festa de final de ano, dez. 2008


EU E A CRIS, COLEGONA DE TRABALHO. ELA É ANIMAÇÃO PURA. Quando eu crescer, quero ser assim.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estou lendo Fernando Pessoa



Sim, ainda estou curtindo essa história de amor adolescente-moderna-estranha. No entanto, estou lendo parte da obra de Fernando Pessoa e suas pessoas, devido àpós-graduação que faço (especialização em literaturas de língua portuguesa). De fato, há coisas na vida que todo o ser humano tem o direito de fazer, uma delas é, sem dúvida, encontrar Pessoa.

Já leram algo dele? É tão delicioso. Expressa uma angústia de não me encaixar entre os outros humanos, tão minha. Fala bem ao coração, tira do sossego.

Pode ser que eu esteja sob efeito de entorpecentes, devido ao fato de estar amando, mas a literatura principalmente, e as artes em geral, é aquilo que permite classificar os hommo-sapiens sapiens como civilizados. É isso que nos distingue, afinal: essa capacidade de dar forma a sentimentos tão particulares, mas ao mesmo tempo, tão de nós todos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Música Clássica

Quando eu era criança bem pequena, tipo em 1978, havia um programa nas manhãs de domingo da Rede Globo - Concertos para a Juventude. Exibiam concertos de música clássica, com orquestras inteiras ou partes, quartetos de cordas, solos de piano, enfim, variadas formas e autores. Além disso, haviam também os desenhos da Disney, que utilizavam muita música clássica. Esse é um dos acasos da vida que me ajudaram a conhecer música de boa qualidade, considerando que não tínhamos nem rádio, nem vitrola em casa nessa época.
Adoro esse tipo de música até hoje, e tive o cuidado de permitir que os meus filhos também pudessem ouvir desde pequenos. Gosto muito de Tchaikovsky (?), mas não conheço o suficiente para escolher um autor preferido ainda. Acabei ouvindo sempre os principais, e nem ouvi o conjunto de sua obra ainda. Esta é uma das minhas metas para este ano: consolidar esse conhecimento.
Quanto aos instrumentos musicais, gosto principalmente de piano e violino. O som, a aparência, tudo neles é harmônico e bonito.

UM LUGAR NO UNIVERSO

Hoje, após terminar a faculdade e estar no meio da especialização, sinto-me como se stivesse procurando um lugar pra me encaixar, um meio - assim como o peixe pertence ao mar. Me sinto solta, sem porto.
Curiosamente só me sinto ancorada quando "você" me abraça. Sabe aquele alívio, quando você suspira e diz: - chegeui!!. Consola-me a idéia de que gosto de estar em mim e gosto de ser eu. Fujo de seres extrnos, não de mim mesma. Não sou, claro, perfeita, mas convivo bem com os meus defeitos e me encontro em meu caos particular.
Acho que a idade certa pra sentir-se assim "onde estou-quem sou eu?" é a adolescência. Infelizmente, durante a minha não havia espaço pra eu me buscar. Mas estou tentando aproveitar esse momento pra aprender.
Se pensarmos em relatividade, considerando que eu viva os 90 anos que planejo, estou - de fato - na adolescência da minha vida.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

MEDO

Quando eu vi o que minha mãe permitiu que o meu pai fizesse com ela, destruindo uma mulher linda, forte e inteligente, tomei aversão ao casamento. No entanto, sempre amei crianças, e nunca tive problemas em em relacionar com os meus filhos pelo fato de eu ser mãe solteira. Não projetei neles nenhum ideal de relação que não envolvesse somente nós. Eles não são, para mim, imagem de familiares ou dos pais, são simples e plenamente meus filhos.
O que eu sempre temi era amar alguém tanto que, para mantê-lo ao meu lado, tivesse que me submeter ao ponto de contrariar minha natureza. A idéia de depender de alguém me é insuportável. Pra mim é algo imensamente perigoso, porque não tenho meias medidas. Sou uma pessoa de sentimentos extremos. E não sei perder, prefiro não ter do que perder.
Não sei se é o signo ou a falta de formação filosófica. Deve ser uma combinação. Não que eu esteja reclamando, pois, depois de 35 anos, já aprendi a gostar de mim como eu sou.
Depois desse tempo todo percebo que a experiência e o conhecimento previnem contra alguns sofrimentos na vida, mas amar não tem nenhuma lógica ou experiência anterior que amenize. O que é possível é manter o bom senso, com grande esforço.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dos 16 aos 35 anos...

... fui militante e filiada ao Partido Comunista do Brasil. Eu vinha de uma família que não havia dedicado tempo algum com formação política e filosófica, também pelo fato de não as terem.
Embora eu não tenha me dedicado como seria útil ao aprendizado teórico, através dos estudo individual em livros, foi onde consolidei a minha formação, principalmente pelo convívio com os mais velhos, que estavam lá dando o exemplo e militando, trabalhando pela construção de uma nova sociedade, através da construção de um novo homem.
Essa foi a relação com um grupo mais duradoura que já tive nesta vida, considerando que tento ficar longe da minha família de origem há alguns anos.
Foi por militar que viajei pelo país, conheci as dimensões do mundo e da sociedad e isso me definiu. Tive sorte. Fiz amigos, os mais sólidos que tenho até hoje.
Hoje, e desde que tive meu primeiro filho, tenho preocupação com a sua formação filosófica e que conheçam, o quanto antes, a história da humanidade. Para que não percam tempo, como eu perdi, e aproveitem melhor do que eu todo o seu potencial

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eu vi Crepúsculo...

A D O R E I ! ! ! !

História de amor impossível, que marca profundamente, que mobiliza todas as células dos envolvidos! Amei.
O que seria da humanidade sem essa capacidade maravilhosa que temos de imaginar, de criar e desenvolver essas fantasias birutas que, no fundo, adoraríamos viver?
Claro, eu amo cinema e homens brancos, então, foi uma experiência marcante e me fez um bem danado ver que não sou só eu que me meto onde não é possível dar certo. (isto não é uma reclamação, somente constatação!)
Hoje estou muito feliz. É bom ficar feliz.