sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ADELE e o final do ano


Estou fissurada aqui, tentando trabalhar num texto e ouvindo Adele - SOMEONE LIKE YOU. Que música linda! e que voz...
Embora pareça masoquismo, gosto do fato de que o final do ano nos remeta a fim de algo, só o mês de dezembro mesmo, ou do ano, ou de um ciclo. Esse último parece ser o meu caso hoje.
Passei boa parte da vida temendo: a família, as pressões externas para que eu tivesse um comportamento mais próximo do padrão..., o desemprego, a solidão. Temer nunca me impediu de transgredir, nem tampouco de lutar. Só era uma dor contínua espremendo meu coração.
Sinto-me diferente ultimamente. Não é exatamente ruím, só acho que não me adaptei ainda ao fato de que a vida pode melhorar, mesmo que ainda seja necessário lutar muito. Mas aquele medo pesando eu não tenho mais.

O fato de que os filhos crescem, por exemplo, é algo em que não costumava pensar, como se eu fosse ter de passar a vida toda cuidando deles, o que é contraditório se eu pensar que comecei desde cedo a ensiná-los a cuidarem bem de si mesmos, sabedora que sou da minha condição de visitante neste mundo. Meu maior já está indo pra universidade, minha menina pro ensino médio.

De certo modo já me acostumei a estar sozinha nesta vida, mas nunca deixa de me assustar isso de não ter nada em que me apoiar num momento de fraqueza, ou preocupação maior. É claro que, em contrapartida, é maravilhoso não dever o que sou a alguém. Compensações.

Que venha 2012.