terça-feira, 9 de abril de 2013

Aprender é um processo, por vezes, doloroso.

Nesta foto, tirada num evento na UFF no inverno passado, estamos eu e Vanessa, minha companheira de caminhada no Mestrado.

Embora a educação formal na nossa sociedade esteja dividida, seguindo um mesmo padrão para o País inteiro, sabemos que as pessoas têm ritmos de aprendizado diferente, e nem sempre seguem num crescendo.   E também, em que pese haverem escolas e universidades, estudar depende em grande medida de um esforço pessoal.

Um passo importante, portanto, para a formação de alguém é conhecer a organização do sistema e definir objetivos. Na verdade, é fundamental que aqueles que são responsáveis pela educação de alguém pensem neste assunto, para oferecer uma orientação clara. Quem conta com esse suporte já está em vantagem, e isso me preocupa.

Mesmo quem não está muito atento aos noticiários já percebeu que a educação de crianças e jovens hoje em dia está grandemente comprometida, e isso não é só entre os pobres. Temos visto principalmente comportamentos agressivos nas escolas e nas ruas, bem como muita promiscuidade precoce.
No que tange à escola que é oferecida em larga escala nos níveis fundamentais, em geral é grandemente desinteressante para os jovens de hoje. Isso é muito curioso, considerando a quantidade de recursos tecnológicos disponíveis hoje em dia, pois como apoio poderiam tornar o aprendizado bem mais interessante e desafiador.

Se pensarmos nos rumos que o conjunto da sociedade vem tomando, nos avanços cada vez mais presentes no mercado de trabalho, ou mesmo no lazer, era de se esperar que a escola, sendo um instrumento social de formação dos futuros membros deste mercado de trabalho, se adapta-se. No entanto, há aí várias questões envolvidas, que me inspiram a fazer um estudo sério e no formato de ensaios e artigos acadêmicos.

Por aqui, enquanto reflexão pessoal, vejo os resultados da boa orientação na atuação dos meus filhos, bem como nos filhos de alguns colegas, que também tiveram recentemente a felicidade de ver seus rebentos entrando para universidades públicas. E também construí meu próprio avanço, retomando os estudos aos 33 anos -com a graduação, tendo como conquista mais recente o título de Mestre.

Agora penso em como esse conhecimento pode ser útil para mais pessoas além de mim, de modo que desenvolvo no momento estudos das obras de Marx, e sobre educação. Isso me faz pensar no desinteresse atual dos mais jovens pelas questões sociais. Entendo, entretanto, que a desorganização do mundo totalmente rendido à lógica de mercado, desanima na medida em que torna muito difícil acreditar na possibilidade de alguma mobilidade e liberdade com relação ao sistema. E é por isso mesmo que acho tão importante estudar, pensar e compartilhar o que se pensa.