sábado, 31 de julho de 2010

Aprendendo.

Tenho tetado aprender a mecher nesse negócio - amado blog - aqui. Com o tempo, quem sabe...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pensando num sábado. 24.07.10

Hoje (sábado 24.07.10 ) eu soube que dois policiais liberaram o motorista que atropelou um rapaz, em troca de dinheiro. E também que, ao saber que o atropelado era filho da atriz Cissa Guimarães, o pai do atropelador procurou a polícia. Não estou sendo precisa quanto a esta notícia, mas todos sabemos de qual caso se trata.

Agora pensemos na nossa sociedade, num aspecto em particular: nas consequências da educação que os filhos recebem (ou não) dos pais.

Policiais que descumprem a lei que foram contratados para implementar, por dinheiro, em qualquer circunstância, demonstram - no mínimo - desrespeito pela sociedade como um todo; assim como os pais que não reconhecem os filhos, mães que jogam a prole fora como lixo, para ficarmos por aqui. É como se estivéssemos formando pessoas incapazes de se preocupar com as consequencias de seus próprios atos, pessoas que não tem em mente tornarem-se homens e mulheres de bem, pessoas, enfim, sem consideração por coisa alguma.

Minha escolha de palavras não tem nada de ingênua. Recentemente vi o Seu Jorge no programa do Diogo Nogueira - Samba na Gamboa. Perguntado sobre sua infância e formação, ele dizia que " a vida já era difícil ", por serem pobres, "não podia dar o desgosto de tocar piano na cadeia ", ou seja, respeito, amor e consideração para com os seus pais, o que me sugere a transmissão de valores.

Quando eu era criança, mamãe dizia sempre as mesmas coisas: " comporte-se; respeite a professora; preste atenção à aula e não traga nada que não é seu pra casa ". Aqui em casa isso ainda é dito enquanto eles tem menos de 10 anos. Pergunto-me o que as famílias dizem para os filhos sobre o comportamento atualmente; qual o exemplo que os pais procuram da aos seus filhos nesse nosso momento histórico?

Penso que essa generelizada prática do "se dar bem", não importando o resto,precisa começar a ser combatida em cada lar. Meus dois candidatos ao parlamento - KIQUE FEDERAL 6513 e MAURICIO ESTADUAL 65345 - tem origens de estrutura familiar diferentes, mas os dois aprenderam, porque foram ensinados desde cedo, a serem homens honrados, honestos e trabalhadores. Ambos são pais de família mantendo essa mesma orientação.

Se vemos como antigo, fora de moda ou ultrapassado alguém ensinando e praticando honradez, honestidade e respeito na atuação em sociedade, na vida - enfim - precisamos nos perguntar onde está o erro: nas pessoas que buscam manter os valores elevados ou na cultura deturpada e deturpadora que hoje parece ser maioria. Também é preciso que nos perguntemos qual é a relação desses comportamentos com a estrutura da nossa sociedade.

O capitalismo tem por objetivo o lucro. Pode até, no meio do caminho, combinar bem estar e avanço tecnológico com seus objetivos econômicos, mas não é um sistema - estruturalmente falando - que visa o ser humano. Qual é o efeito disso na formação do ser humano? Aonde a sociedade vai chegar se tudo pode ser transformado em produto, se tudo for visto como possibilidade de ganho material?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Que modelo de país queremos construir?

Aproveitando que é ano de eleições, vamos pensar em temas como EDUCAÇÃO, REFORMA AGRÁRIA, REFORMA URBANA, HORAS DE TRABALHO, vamos pensar na nossa sociedade e no nosso futuro.

Comecemos pela questão do campo. Como as desigualdades no campo afetam a vida de todos: desde a produção de alimentos até o êxodo rural, que enche as grandes cidades de familias vivendo sob precárias condições. Como seria o Brasil se cuidasse de todos os seus cidadãos, em todos os cantos, sob todos os aspectos? Quando nós vamos nos dispor a tratar seriamente deste assunto?

Abaixo o site da campanha/ plebiscito pelo limite da propriedade da terra no Brasil, que ocorrerá em 7 de setembro. Vamos construir este debate - urgente!!!

http://www.limitedaterra.org.br/

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desaparecimento da mãe de um suposto filho de jogador de futebol...

...feio esse modo de dizer, né?
Estava vendo a cobertura disso que está sendo chamado pela " grande imprensa " de caso Bruno, que é na verdade o desaparecimento de uma mulher que, supostamente, teve um filho de um jogador de futebol (Bruno - goleiro do Flamengo).
Muitas coisas me incomodam nessa cobertura:

primeira - essa insinuação, não sei se concordarão comigo, de que ela era promíscua, essas informações de que ela sairia com vários jogadores de futebol, de que seria prostituta (estava estampado num jornal semana passada), essa exposição de fotos com ela de biquini, enfim, em que isso importa se a mulher desapareceu? Em que isso ajudaria a localizá-la?

segunda - o nenem ter aparecido num abrigo e ter sido deixado lá pela mulher do jogador que nega a paternidade, e esse jogador dizendo que a desaparecida teria deixado o filho com um seu empregado. Ora, a troco de que alguém que brica por reconhecimento de paternidade de um filho vai deixar essa mesma criança com um funcionário daquele que se nega ao reconhecimento?

terceira - haver uma queixa de agressão datada de outubro do ano passado, aparentemente não encaminhada, já que agora é que foi sair o resultado de um exame comprovando tentativa de aborto. Reparemos que a criança já nasceu e eu pergunto: terá sequelas dessa tentativa fracassada?

Não quero falar ainda sobre a postura dessa mulher, porque não quero desrespeitar sua família. Imagino que deva ser um sofrimento enorme para seu pai, principalmente, não saber seu paradeiro. No entanto, como tenho filhos, não posso deixar de pensar que há algo errado quando alguém larga a escola pra se aventurar a ser modelo, tentando aparecer de todas as formas, envolvendo-se com quem tem dinheiro, enfim, o que estamos ensinando aos nossos filhos? Que vida estamos ensinando-os a construir?

domingo, 4 de julho de 2010

Educação, mães e conversas no ônibus.

Essa semana, enquanto eu me deslocava da UFF pro trabalho, acompanhei involuntariamente uma conversa entre mãe e filho, já que estavam sentados atrás de mim no ônibus. Quero falar sobre essa conversa.

Me parece que ela estava levando-o ao dentista. Ele aparentava uns quinze ou dezesseis anos, ela estava com um vestido de malha colorido, do tipo que adolescentes usam. O assunto era uma menina que ele estava paquerando e o que chamou minha atenção foi o conselho que a mãe dava ao filho:

" - Fica com todas as meninas que "te derem mole", e não namora ninguém! Quando eu tinha a sua idade ficava com vários na mesma festa..."

Senhoras e senhores, não estou aqui tentando resguardar castidades religiosas, de modo algum. Me preocupam as relações humanas, já que somos mais que animais com evolução ímpar, ou seja, qual a relação que essa conversa entre mãe e filho guarda para com o momento em que vivemos?

Comecemos falando do nosso momento. Na educação, embora tenhamos mais acesso às escolas, distribuição de livros, passe livre até o fim do ensino médio e etc, não estamos gerando mais qualidade no que é aprendido, não estamos formando cidadãos preparados para uma vida adulta, o que inclui o mercado de trabalho mas também se refere a relações humanas saudáveis.

Não pretendo fazer uma análise profunda, mas algumas coisas saltam aos olhos. Ainda temos índices de criminalidade alarmantes,a corrupçao crescendo em todos os meios, o consumo de drogas crescendo em progressão aritmética, grande quantidades de filhos sendo gerados sem que seus pais sintam-se responsáveis por isso. E é aqui o meu ponto: QUAL SERÁ O FUTURO DE UMA SOCIEDADE ONDE OS PAIS NÃO SÃO MAIS BONS EXEMPLOS PARA OS FILHOS?

Relacionamentos, de qualquer natureza, necessitam de algum nível de comprometimento. Se não se ensina que o outro importa e, além disso ensina-se que o outro é descartável,considerando que vivemos em sociedade, é como querer ensinar um peixe a viver fora da água, ou seja, prega-se algo inadequado à própria existência de um ser social.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

30.06.10 - um marco

Ontem à noite dei uma passada numa reunião muito importante, que acontecia na ABI. Agora estou sem tempo, mas ouvir as palavras da MARINA do MST e do PAULO HENRIQUE AMORIM me fizeram tomar decisões que levarão à mudanças radicais neste espaço meu.
Num primeiro momento pensei em deletar tudo que havia de pessoal aqui e me engajar na luta por uma imprensa livre, pelo direito das pessoas (inclusive euzinha aqui ) à informação. Depois vi que isso era tolice.
Este é o meu blog, com tudo o que isso significa, e é assim que darei a minha contribuição.