sábado, 31 de dezembro de 2011

Nova disposição, com histórico.


Do espírito, dos móveis da casa, "ano novo vida nova" dentro da mesma trajetória, que é a que sigo desde que nasci. O mundo não começa agora, mas é um momento com novidades esse que se inicia com 2012: Brasil 6ª economia do mundo; acordo ortográfico plenamente em vigor; mestrado em andamento a pleno vapor; filhão na faculdade; enfim, caminhos abertos.

Percebi, no entanto, recentemente, que mudanças profundas de rumo são sempre difíceis de lidar, ao menos pra mim. Eu achava que a dificuldade de adaptação devia-se a acontecimentos ruins, desagradáveis, mas depois de uma série de boas notícias recentes na minha vida, dei-me conta de que mudanças para melhor exigem aprendizado tanto quanto qualquer outro tipo de mudança. Achei isso realmente estranho.

Ainda assim, melhorar, embora custoso, é ótimo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Com insônia e assistindo UMA LINDA MULHER.


Esta pintura é de PAULA MOURÃO, obviamente inspirado na Metamorfose de Kafka.
Não ter lugar no mundo é uma terrível condição. Se parece impressionante esta imagem, leiam as obras de Kafka: Metamorfose e América estão à minha volta. Estou a vinte páginas de terminar a leitura de América, mas é um texto realmente surpreendente.

Realmente não acho incomum não conseguir dormir nas duas últimas semanas de dezembro. Este momento de pausa, recheado de gula e falsidades me incomoda sobremaneira. Mas, felizmente, já está quase acabando - o ano e essa agonia.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Hoje fui ao Centro.

Para alguém que até um dia desses trabalhava na Rua Uruguaiana, é muito estranho ter uma ida ao Centro da Capital como algo extraordinário, mas faz parte da mudança isso. Fui arejar a cabeça, ler com concentração um trabalho - enquanto o escritório não fica pronto porque, claro, a obra atrasou - e foi realmente proveitoso. Mudar um pouco de perspectiva é saudável.

Fui ler numa mesona que há na Casa França-Brasil, enquanto não acaba aquela "reforma eterna" na biblioteca do CCBB. Aproveitei pra comprar uma pequena xícara para o meu escritório, um desses objetos que estão mais para enfeitar do que por qualquer funcionalidade que possam conter.

Algum dia, num futuro não tããããããão distante, pretendo conhecer o Museu do Louvre, bem como outros lugares na Europa. Internet é muito útil para estudarmos, interagirmos em alguma medida, mas nada como o bom e velho contato presencial com as coisas e, sobretudo, com as pessoas.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Última segunda-feira do ano indo embora.


O tanto que me incomoda o Natal, me anima o Ano Novo. São só datas e os dias a semana continuam correndo na mesma ordem, eu sei, mas acho tão bom ano começando. Dá mais ânimo, sobretudo quando temos planos por começar ou em andamento, como é o meu caso com o Mestrado. E este será um novo ano em vários sentidos, já que estou num momento profissional diferente.

Já há uns 20 dias em casa, estou começando a por as leituras em dia. Comecei por terminar de ler obras literárias que, por falta de tempo, deixei pela metade. Estão na fila América, de Kafka; A Caverna, do Saramago e O Lobo do Mar, do Jack London. Junto a estes estão as leituras teóricas: Marcuse, Marx, Blanchot e por aí vai. Mas isso é muito animador.

Se servir de consolo pra alguém, essa coisa de passar não sei quantos anos construindo lentamente um caminho demora, mas começa a trazer resultados antes mesmo de todos os cabelos ficarem brancos e a bengala impor-se como necessidade. Falando sério, o caminho sendo trilhado já é metade da "graça" de se estar vivo. E quanto mais a gente constrói, menos tempo tem pra apurrinhar que a gente ama, principalmente os filhos. Gosto de não ser um peso pra eles. Gostaria de ter tido mais dinheiro, mas não ser uma dramática mala sem alça já é um alívio, eu sei do que estou falando.

Vejo 2012 com muuuito bons olhos, e muita poesia também.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ano novo chegando. Um novo ano, realmente.


Faz um bom tempo que a expressão Ano Novo não faz tanto sentido como agora. 2012 será, por muitos motivos, um ano de novidades, afinal, nunca antes eu tive a possibilidade de dedicar-me aos estudos full time como agora. E tem a tatuagem, o filhão na faculdade, minha buchechuda no ensino médio. Mas o melhor de tudo é um grande sossego, apesar deste mundo caótico e desta vida incerta que é a nossa, enquanto seres mortais.

Ouvindo Adele.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ADELE e o final do ano


Estou fissurada aqui, tentando trabalhar num texto e ouvindo Adele - SOMEONE LIKE YOU. Que música linda! e que voz...
Embora pareça masoquismo, gosto do fato de que o final do ano nos remeta a fim de algo, só o mês de dezembro mesmo, ou do ano, ou de um ciclo. Esse último parece ser o meu caso hoje.
Passei boa parte da vida temendo: a família, as pressões externas para que eu tivesse um comportamento mais próximo do padrão..., o desemprego, a solidão. Temer nunca me impediu de transgredir, nem tampouco de lutar. Só era uma dor contínua espremendo meu coração.
Sinto-me diferente ultimamente. Não é exatamente ruím, só acho que não me adaptei ainda ao fato de que a vida pode melhorar, mesmo que ainda seja necessário lutar muito. Mas aquele medo pesando eu não tenho mais.

O fato de que os filhos crescem, por exemplo, é algo em que não costumava pensar, como se eu fosse ter de passar a vida toda cuidando deles, o que é contraditório se eu pensar que comecei desde cedo a ensiná-los a cuidarem bem de si mesmos, sabedora que sou da minha condição de visitante neste mundo. Meu maior já está indo pra universidade, minha menina pro ensino médio.

De certo modo já me acostumei a estar sozinha nesta vida, mas nunca deixa de me assustar isso de não ter nada em que me apoiar num momento de fraqueza, ou preocupação maior. É claro que, em contrapartida, é maravilhoso não dever o que sou a alguém. Compensações.

Que venha 2012.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Estatísticas


Hoje à tarde ouvi uma estatística sobre AIDS. Desprovida dos contextos em que os dados foram colhidos, pois, mesmo sabendo tratarem-se de dados oficiais, só sei os números. O tom do anúncio sugeria uma melhora a ser comemorada. No entanto, considerando o comportamento que tenho visto entre jovens e jovens da minha idade, fica meio difícil acreditar em melhoras.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O que importa?



Esses dias um amigo passou por momentos difíceis com o filho, mas a recuperação está à vista. Nada vale mais do que aqueles que amamos. Muitos de nós sabemos disso, mas às vezes acontece algo que põe o valor do outro na ordem do dia.

domingo, 13 de novembro de 2011

Luis Maffei e Alex Castro na EdUFF


Meninas e meninos, um lançamento duplo na próxima quinta, 17.11.11, 18 horas na Editora da UFF - EdUFF, em Icaraí. Poesias de Luis Maffei e contos de Alex Castro, ambos da Editora Oficina Raquel, que tem prestado um serviço às inteligências ao publicar obras de qualidade em Literaturas Portuguesa e Brasileira, bem como ensaios muito inteligentes.

domingo, 6 de novembro de 2011

Pensando no mundo de hoje.



Ensino e trabalho à distância; compras pela internet; "relacionamentos" através de redes sociais. Nosso lar está cada vez menos lar e mais extensão do mercado de trabalho, dos interesses de produtividade do capital, em resumo. Sendo assim, aquela estrutura que construíamos para o nosso descanso, lazer e cinvívio com os nossos familiares, está se tornando um lugar viabilizador da economia com os gastos que os empregadores ou patrões costumavam ter, para gerar certos bens e serviços.

Recentemente eu recebi uma notícia que produzirá, a partir de 1 de dezembro próximo, uma mudança radical em minha vida, que é a mudança de lugar para os meus "trabalhos"; terei como escritório a minha casa. O que está no desenho acima é o que estampa duas canecas que comprei recentemente - uma para mim e outra para o meu filhão, pretas, iguais. A frase me fez pensar no óbvio: não é necessário para o capitalismo somente desestabilizar e precarizar as condições de trabalho, precisam também jogar "a conta" cada vez mais na mão do trabalhador.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Jean Michel Jarre - nem só de tristezas vive o meu passado.


Que bom que se pode matar as saudades de todo o tipo de coisa, tendo a internet como instrumento.
Hoje fui escrever um trabalho de faculdade. Coloquei Vangelis no meu computador, mas, só tenho uma música. Fui olhar na internet e me lembrei, talvez por associação de dois birutas, de Jean Michel Jarre, um francês que tocava em feixes de luz. Eu o assistia muitas vezes, durante as minhas crises de insônia, na falecida TV Manchete. Bons momentos em que eu conseguia me afastar da "minha vida".

Sempre acreditei que não houvesse somente lembranças ruíns sobre o meu passado e é muito bom quando essas lembranças sobressaem às outras. Mas, no fim das contas, o bom é ter podido me afastar daquele aprisionamento, sem ter ido parar na rua, como muitos menores.

Esta sociedade humana tende a naturalizar as coisas, então, as mães sempre amam aos filhos mais do que tudo, sempre os priorizam, sempre querem o seu bem, assim como as famílias são o seu porto seguro. Nada impossível, mas mães e familiares também tem suas vaidades e interesses, excedem-se com frequencia no exercício do poder que tem nas mãos. Não é uma sucursal do céu, necessariamente.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Envelhecer e os passos da humanidade...


Envelhecer tem lá as suas vantagens. O chato são as tais traições certas ao longo do caminho, das quais falava Jorge de Sena. Tenho pensado na humanidade como uma espécie capaz de "involuir", se é que este termo existe. Fico olhando umas gerações que não sabem nem ir pra escola. No meu tempo a gente sabia se divertir, sem nos tornarmos vândalos imbecis. Tenho ainda amigos daquela época. tinha briga, é claro, mas a gente não se matava, nem atacava professor, nós éramos adolescentes, não bamdidos violentos mais novos.
O que está acontecendo??

Mas, antes de ser tomada pela falta plena de esperança, ouço no meu Lap-top músicas que o meu filho baixou pra mim: Tchaikovsky, Beethoven, Vivaldi,..., Freddie Mercury ans Montserrat Caballe, Andrea Bocceli..., enquanto leio Camões, Pessoa, Jorge de Sena, Saramago, Tolkien, Marx e José Reinaldo de Carvalho... e escrevo "meus estudos".

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência tem preço.

Embora hoje seja 7 de setembro, não é dessa indendênca que quero falar, até porque há controvérsias quanto a essa dita mudança de rumo no país.
...
Penso nas grupos dos quais me afastei ao longo da vida, por minha própria escolha e sem arrependimentos, é bom que se diga. Mas sinto falta é do partido. É o único rompimento que eu revererteria.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Luta Camões no sul, salvando um livro a nado.

Jorge de Sena testemunhava, Geraldo Vandré caminhava e cantava e eu vou suportando e trabalhando, mas há dias mais difíceis de se aguentar. Nesses maus momentos é preciso algum milagre para evitar que hajamos contra nós mesmo, metamos os pés pelas mãos ou tenhamos um infarto.

Meu milagre mais recente tem quase dois metros de altura e uma voz maior ainda. Quem bom...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Menores descontrolados

Esta semana vi uma notícia sobre um grupo de menores, muito violentos e destruidores, em São Paulo que, ao serem pegos, alegaram todos terem menos de doze anos. Depredaram o conselho tutelar em lá chegando. Eu pergunto como lidar com seres que parecem nem ter se iniciado na civilização o mínimo para poderem ser ressocializados, porque aquele grupo parecia de incomunicáveis, sendo pessoas.

Existem leis para proteger a infância, mas como se protege um menor que não tem noção de que não se é senhor da sua vontade numa sociedade com regras, ou seja, não tem noção de si mesmo, nem de que não se pode depredar sem punição, e assim sucessivamente. O que se faz com um ser assim, já tão destruído antes mesmo de conhecer algma formação ou construção??

Isto me leva a algo que parece óbvio, que é o fato de ser necessário, para se viver em sociedade e, portanto, submeter-se às regras, aprender isso desde a tenra infância. Sendo assim, não é de fato óbvio já que está faltando que seja feito. Penso mesmo que, por alguma razão à qual nem mesmo posso supor, circula um pensamento de que os filhos se educam sozinhos, como se aprender fose automático, pelo simples fato de estarem vivos, o que não é em absoluto possível.

Mas, o problema esta aí, e não só entre aqueles que estão sem família e o que se faz? O que se deve fazer?

Não sei resposta alguma, mas me preocupa que ainda haja milhares dando à luz, sem estarem dispostos a cuidar dos seus.

sábado, 6 de agosto de 2011

66 anos da bomba em HIROSHIMA


É FUNDAMENTAL QUE NÃO SE ESQUEÇA, PARA QUE NÃO DEIXEMOS QUE SE REPITA. A frase é minha, mesmo, pois tenho pensado muito nos motivos que levaram o mundo à GRANDE GUERRA no início do século XX, uma guerra em duas partes, ou seja, disputa pelo comando do mundo, e que me parecem estar em cena novamente e com muita força.

Entro todos os dias em ônibus para ir e voltar de casa pro trabalho, utilizando um cartão pago pelo meu empregador, enquanto há mendigos de toda a espécie e vendedores de bala nos percursos pelos quais transito, ou seja, meu "direito de ir e vir" está garantido pelo fato de eu estar empregada e o deles está, no mínimo, prejudicado, já que terão de deslocar-se a pé. No entanto, estar empregada não significa que as minhas necessidades e as dos meus filhos estejam em condição de serem satisfeitas com o salário que recebo pelo número de horas que trabalho, e ~isto não é uma reclamação, apenas constatação.

Para onde estamos caminhando, nós humanidade? Há ainda "nós" ou é cada um por si institucionalizado?

Tenho sempre me lembrado daquele filme do S. Stallone - O DEMOLIDOR - em que, no futuro, a sociedade foi reformulada para banir a violência dos cidadãos desde da proibição de certos alimentos à "higienização" do ato sexual, criando um mndo zen, de um lado, e um sub-mundo de excluídos vivendo nos esgotos. Por que? Porque a sociedade "arrumadinha" era só para quem podia pagar para estar ali.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

VOLTA ÀS AULAS


Daqui há uns dias começarão as voltas às aulas (colégios federais, estaduais, municipais, privados e universidades). Será o início do segundo semestre, ou seja, reta final do ano letivo para todos e vestibular para uns.

No Rio de Janeiro a rede estadual está em greve, o que não significa exatamente ausência total de aulas em algumas escolas, mas é bem prejudicial. Não, não estou lamentando o fato da categoria estar reivindicando seus direitos legítimos, longe disso. Mas me parece que está utilizando, como sempre, a estratégia errada. Nisso o que mais me preocupa é a despreocupação da maioria absoluta dos responsáveis com a educação de seus filhos, o que passa pela falta de preocupação com uma categoria prprofissional essencial para essa nossa tarefa de formarmos os nossos futuros adultos.

sábado, 16 de julho de 2011

AMANHÃ...

...será um lindo dia !! e assistiremos HARRY POTTER - o último filme.

Já são mais de dez anos. É a nossa tradição familiar, assistir e comentar os filmes, já que lemos todos os 7 romances.

FLOR DA NEVE E O LEQUE SECRETO - de Lisa See


Peguei, na verdade comprei, este romance para ler por ser a leitura programada para a reunião de agosto do CLUBE DE LEITURA de Icaraí/EDUFF, do qual passei a participar no início do ano. Eles/elas tem muito bom gosto e esta obra foi mais uma prova do que afirmo. Acabei a leitura hoje, por volta de meio-dia e fiquei profundamente tocada.

Literatura, arte em geral, não existem para dar conta de realidade, passado, presente ou expectativas. No entanto, se as artes não estivessem tão ligadas a nós, seres humanos, não haveria sentido em conviver com elas e, provavelmente, não nos mobilizariam tanto.

Após esta leitura, sinto-me mais velha, como seu tivesse me recolhido a algum tipo de resguardo religioso para refletir sobre a minha estada nesta vida. Foi pesada, neste sentido, a leitura. Para alguém como eu, que se rebelou contra comportamentos tão usuais em nossa sociedade que chegam a parecer naturais, como conviver com uma família com a qual não consegue se relacionar, foi uma ampla experiência, afinal tenho tarefas como mãe dos meus filhos que terão de ser cumpridas independente do meu não-relacionamento com os ancestrais.

Por fim, a história é contada belamente e em primeira pessoa. Recomendo, é claro.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

CONTRADIÇÕES

Supondo que alguém leia esta página(porque, se eu não parto desta suposição, não faz sentido escrever aqui), deve ser bastante estranho encontrar nesta página filmes de Hollywood, desenhos da Disney, futilidades e viagens sentimentalóides mil, e em outras postagem críticas a comportamentos e ao capitalismo.

Prazer, Beatriz Helena.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

VERSÕES e como criar filhos.


DISNEY? Aqui? Sim. Aprendi a ler assistindo TV, principalmente desenhos animados, por incrível que isso possa parecer. Tenho um gosto bem democrático para desenhos, embora eu prefira certos traços em particular, sobretudo os da Disney.

Curiosamente, do ponto de vista do conteúdo, tenho críticas severas ao que eles fazem com as histórias que pegam para adaptar, pois tornam-nas bonitinhas, com finais falsamente conciliatórios e felizes, gritantemente em POCAHONTAS e O CORCUNDA DE NOTRE-DAME.

terça-feira, 14 de junho de 2011

EM 15 DE JULHO ESTRÉIA HARRY POTTER, ÚLTIMO FILME.


Pode parecer estranho encontrar esse título na postagem de uma adulta, mestranda de 38 anos, mas - sim, eu sou muuuuuuuito fã de HARRY POTTER. Li o primeiro volume por sugestão do meu menino maior, ele havia gostado muito. Eu também gostei logo de cara, achei que a autora, J. K. HOWLING, sabia escrever. Além disso, gostei do modo como a história foi sendo contada, embora haja nela muitas tristezas ou talvez por isso mesmo, amei o Harry logo de cara.


Lemos todos os 7 volumes, ficávamos ansiosos todo o ano, até que fosse lido o último. Nesse meio tempo viemos cuidando da vida, entrei e concluí a graduação - por exemplo, mas veio crescendo também a convivência com aqueles personagens fixos. Foi um longo e contínuo caminho, que acompanhei passo a passo e, em que pese o fato de ser uma obra literária cuja escritura já está concluída, sou uma pessoa de filmes, então o filme será o ponto final por excelência.


É claro que os momentos dolorosos, o forma fundamentalmente durante as leituras, pois os filmes sempre os víamos depois de ler, o que quer dizer que foi o romance que nos conquistou e não o contrário. E isso é muito importante, pois houveram escolhas nos filmes com as quais não concordei, como o corte de parte inicial do quinto volume, mas entendo como uma escolha, pois tenho a obra completa em casa e lida.


E, mesmo não sendo histórinhas com moral no final, há grandes lições nesta saga. Somos construídos por nossas escolhas; é fundamental ser leal aos amigos e é também fundamental ter amigos; família pode ser a que encontramos ao longo da vida, não só a de sangue, e esta é importante, sim. Há coisas que já sabíamos, principalmente que perder aqueles que amamos dói muuuito.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DIA DOS NAMORADOS


Não é porque eu me aposentei de relacionamentos amorosos que eu deixei de admirar a beleza.
É claro que eu gostaria de por outro rosto sorridente neste blog, mas não é possível, então, Hugh Jackman na pele de Leopold no filme de 2001 - Kate e Leopold não está mal para ocupar este espaço, certo?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um País que quer crescer...

..., como o Brasil diz querer, exige certas estruturas básicas: escolas de qualidade, bibliotecas públicas bem equipadas, acesso à cultura e às artes em geral. No entanto, há outras estruturas muito necessárias no âmbito do lar, como fornecimento de energia elétrica e de internet.

Os moradores de São gonçalo, dentre os quais infelizmente eu me encontro, terão muita dificuldade para estudar em casa, já que não há boa internet e a AMPLA não sabe fornecer luz continuamente.

Estudar é um projeto de longo prazo e que exige muito esforço pessoa. Na minha área - Letras/Literatura - ler todos os dias é fundamental.

sábado, 21 de maio de 2011

MORTE EM VENEZA

Quando morrer é o transpor de uma porta para viver em outro lugar, em outro nível. Não, não é uma descrição do filme e não é um filme Kardecista.
Hoje algo definitivamente foi morta em mim, e isso tem de ser visto como uma desocupação de espaço, um espaço que estava sendo inutilmente ocupado em meu coração, como um altar devotado a alguém que preferia jogá-lo no lixo.
Este amor vai, então, para o lixo. Outra coisa, qualquer coisa, deverá ocupar esse lugar.

Assim eu descubro qual o meu sonho, no sentido maior do termo, daquele tipo de sonho que não poderei alcançar: amor.

O bom do dia é que, logo de manhã, assisti MORTE EM VENEZA. É obra de belezas incomuns.



FICHA TÉCNICA
Título original: (Morte a Venezia)

Lançamento: 1971 (Itália)

Direção: Luchino Visconti

Atores: Dirk Bogarde, Mark Burns, Marisa Berenson, Carole André.

Duração: 130 min

Gênero: Drama

sábado, 14 de maio de 2011

jovens e sociedade

Vi hoje e tenho visto sempre adolescentes uniformizados, em horário de aulas, em praças e shoppings, ou seja, fora da escola. Inicialmente, pensei que seria bom se houvessem guardas municipais que chamassem a atenção deles e os encaminhassem pra escola. Imediatamente, é claro, me dei conta de quão tolo e ingênuo é este pensamento.
Além disso, estamos num momento de relações conflitantes e inamistosas entre "sociedade civil" e os poderes de polícia, então, um adolescente ser abordade, ou um grupo, por guarda ou policial certamente traria mais problemas do que soluções.

Então, o que fazer?

Já ouvi muita gente boa se fazendo essa pergunta com relação a si mesmas, enquanto boas mães ou pais. Pessoas que, a meu ver, acertaram por assim dizer, ou seja, cujos filhos estudaram até a conclusão do ensino médio sem maiores complicações do que as preguiças comuns da idade. Pensavam: - "fiz o suficiente?"

Acredito e sempre acreditei que, na base de um adulto bem formado, independente da profissão, está uma boa mãe, ou seja, uma boa orientadora, que criou um adulto pleno, não um apêndice condenado a ser "acompanhante de idosos".

Acho muito justo, havendo necessidade imposta pelo imponderável, ou seja, uma doença inesperada ou acidente, enfim, que um filho cuide dos seus progenitores. Uma criação saudável constrói, também, um cidadão capaz de amar e olhar o outro, o seu "próximo" sobretudo.

No entanto, alguém que não constrói sua própria vida, nem cuida da própria saúde, terá, provavelmente, uma velhice difícil. Isso não será atuação do imponderável, mas, sim colheita.

O fato é que em algum momento perdeu-se a noção da obrigação de criar os filhos que se pôs no mundo. E agora????

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Como ler o mundo atual? e o que fazer com esse conhecimento?

O Manifesto Comunista foi publicado em 1848. Embora ele ainda seja um texto bombasticamente atual, não é difícil perceber que é necessária, no mínimo, uma grande atualização nas leituras da sociedade. Não, não estou fazendo isso aqui ainda. Mas quero pensar.

Algo de essencial no marxismo é o lugar do trabalhador no mecanismo do sistema capitalista. Acontece que agora ele é denominado "colaborador", o que não é somente uma modificação de palavras, mas me parece conter a intenção de imprimir uma leveza (que não há) nas relações de exploração patrão-explorado, iludindo os explorados, afastando-os da consciência dos fatos inerentes ao sistema e, portanto, necessários à sua manutenção.

Preocupa-me a formação das pessoas, a disseminação da deformação do caráter que tenho visto desde a mais tenra idade. A formação escolar e acadêmica, por fim, preocupa-me acima de tudo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL - 89 ANOS


Aconteceu em
25 de março

Os 9 participantes do Congresso de fundação
1922 - Dia do Partido Comunista do Brasil
Congresso de fundação do Partido Comunista do Brasil (sigla PCB), no Rio e a seguir em Niterói. Reúne 9 delegados, eleitos por 73 militantes. É o início de uma saga sem paralelo na história dos partidos políticos brasileiros.

O valor de cada coisa para cada pessoa.

Valor é uma palavra tão grande, não é mesmo? Pode significar tantas coisas e pode se referir, ao mesmo tempo, a um sentimento tão particular de alguém em relação a alguma coisa ou acontecimento.

Ontem soubemos (aqui em casa) que a minha menina receberá um prêmio por seu desempenho escolar, referente ao ano letivo de 2010. O que acho fundamental é o seu desempenho, para muita gente o mais importante será o prêmio; já podem haver outros para os quais isso não tenha valor, já que somos uma família de modelo não tradicional, já que não estou atrelada a um marido e isso interfere na criação dos meus meninos.

Difícil, às vezes, é entender e/ou aceitar que cada um tem direito a atribuir o valor que quizer, inclusive nenhum, a algo que para outro seja tão fundamental.

Sim, sim, estou me lamentando em certa medida, e isso não alivia. Aliviaria se eu conseguisse me enganar e acreditar que ao menos seria lida, mas não tenho essa capacidade de me deixar enrolar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011, como assim....

O tema da campanha desse ano propõe a boa convivência entre o homem e a natureza, nessa onda "vamos salvar o planeta!" Mas esta é a mesma Igreja poderosa, cheia de propriedades enquanto milhões morrem de fome pelo mundo afora e que não permite discussão sobre aborto e é contra o uso de métodos anti-concepcionais? Então que preocupação com preservação é essa?

Particularmente, nossas relações com os nossos filhos, a começar com: por que os trazemos ao mundo?
- vontade de tê-los;
- vontade de forçar um casamento;
- acaso e falta de preocupação com o tema...faltou noção do que ter um filho significa...

E, seja lá porque os temos, o que fazemos depois de tê-los?
- entendemos que temos que educá-los, permitindo que encaminhem adequadamente as próprias vidas na vida adulta;
- criamos eles conforme Deus criou as batatas;
- fazemos o básico e ficamos jogando na cara dos filhos o quanto nos sacrificamos por eles, como se nos devessem alguma coisa;
- fazemos todo o possível para cuidar bem deles, achando isso um grande sacrifício heróico, certos de que na nossa velhice eles serão igualmene obrigados a se sacrificar por nós...

Enfim, isso é assunto pra mais de hora.

Não estou discutindo se A ou B, com histórico X ou Y, podem ou não discutir seja lá o que for. Acho é que, já que se propões a fazer, as coisas tem de ser tratadas com seriedade e amplitude, não serem utilizadas para dar um ar de modrnidade a uma instituição paralisada no passado, influenciando para o atraso boa parte da sociedade sob a chantagem de ser detentora dos direitos sobre contato com o criador.

sábado, 12 de março de 2011

Desapego.

Tai uma prática difícil de implementar, sobretudo num mundo que valoriza tanto os bens materiais, se bem que já nasci no capitalismo e não tenho como comparar se nos sistemas anteriores era mais ou menos fácil se desapegar.

Cada vez mais penso nisso como um objetivo a ser perseguido, pois, já que da vida nada se leva, devo utilizar meu tempo melhor do que principalmente trabalhar para ter mais dinheiro. Algum é necessário para viver, é claro, e criar bem os filhos, mas isso tem prazo.

terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2011

Aparentemente, o feriado de carnaval ofusca o que poderia e deveria ser um dia de lutas e reflexões, porque ainda temos um longo caminho a percorrer rumo à dignidade e igualdade entre os seres humanos.
Concentrarei-me num aspecto: A VISÃO QUE AS PRÓPRIAS MULHERES TEM SOBRE O LUGAR DA MULHER.
Quem ainda ensina aos filhos e filhas que a esposa deve cuidar da casa, lavar e cozinhar para o marido?
Quem ainda ensina que o homem deve sustentar a mulher com quem se deita, como se sexo fosse sempre um serviço pago?
Quem ainda ensina que mulher deve obediência ao marido?

Eu poderia seguir fazendo n qustionamentos detalhados, mas acho que já é possível entender do que estou falando, certo? Quando eu escuto, e eu ainda escuto muito, alguém se espantando por eu criar três filhos, trabalhar e fazer pós sem marido, são sempre mulheres falando. Elas não entendem como é possível.

As dificuldades que tenho são materiais e relacionadas às injustiças do sistema capitalista, onde impera a concentração das riquezas. Há dificuldades estruturais, que atingem mais à mulher, como as que envolvem os cuidados com os filhos, porque criar filhos ainda é tarefa prioritariamente das mães. A sociedade ainda parece achar que aos homens cabe o sustento. Ir à reunião, acompanhar na feitura do dever de casa, ensinar a comer adequadamente, levar ao médico, porque um homem não poderia fazer isso? Porque requer tempo e planejamento?

A lógica que vigora na sociedade e mantém a mulher presa ao cuidade com a família é sustentada e reproduzida por homens e mulheres.

domingo, 6 de março de 2011

O Lord Byron que aparece no filme AS PONTES DE MADISON

No filme, Francesca recebe um livro, uma coletânea de fotografias de Robert, que tem o poema abaixo na primeira página.

(Poem #510) There is a pleasure in the pathless woods
There is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne'er express, yet cannot all conceal.
-- George Gordon, Lord Byron

Domingo de carnaval é dia de...

...estudar!!!!

O bom é que, aparentemente, todos os meus vizinhos "festeiros" foram pular em algum lugar, pois está um silêncio de monastério nesta rua, ao que eu agradeço imensamente. Entre filmes e gracinhas com os meus fofinhos, estou terminando uns trabalhos e lendo para o mestrado. Adoro ler.

Esses dias andei lendo Jack London e hoje deparei-me com um poema de Brecht num livro de história, e, junto comigo, estão lá as preocupações com os rumos e as escolhas da humanidade em geral, e das pessoas que a compõe. A escolha dos governos pela manutenção da maioria com o mínimo de conteúdo, mesmo depois de escolarizados até um nível médio, volta-se contra toda a sociedade. Conhecer a história, por exemplo, é fundamental para fazermos escolhas com um campo de visão mais alargado, e isso muda bastante as escolhas de cada um.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Passado o dia do dia...



...correu tudo bem. Não sinto o "peso" da idade, nem envelhecimento. Atualmente sinto-me adequada à minha idade, do ponto de vista educacional, agora que entrei para o Mestrado. Não é exatamente como ter corrigido uma defasagem, mas é bom como alcançar a colocação merecida numa maratona.

Ainda acho muita graça nessa coisa de as pessoas se assustarem com a minha aparência não condizente com a idade. Isso é legal. Já aparento tr uns 30 anos.

Carrego, é claro, a mochila pesada do legado dos que me antecederam, afinal, a mente pode ser a subsede do inferno, mas viver tem preços, certo? É realmente bom, considerando a facilidade com que se pode morrer pelo simples fato de se estar vivo.

38 anos.

O dia do dia. Esse ano, pelo menos até agora, tudo bem.

PRESENTES




quarta-feira, 2 de março de 2011

Aniversário.

Daqui há dois dias será meu anivrsário. Graças a Deus que isso só acontece uma vez por ano, né? Não tenho problemas com a idade, farei 38 anos e acho ótimo ter os números aumentando, afinal é por eu estar ainda viva que muda para mais uma unidade a cada ano. A budega são as lembranças da família, das quais não consigo me livrar.

Taí, amnésia familiar seria um presente bem legal pra eu ganhar. Mas hoje, estive entre estudiosos e pesquisadores de literatura portuguesa da mais alta qualidade, no Real Gabinete Português de Leitura, e conto isso como o presente de 2011. Abaixo, o poeta JORGE MELÍCIAS, que tive a satisfação de conhecer hoje.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Não ter coração de metáfora.




Às vezes eu queria não sentir tanta saudade daqueles que escolheram sair da minha vida, particularmente um, que não suportou a minha independência. Por que o "coração" não vem com uma teclinha DELETE?

Perder é aceitável, ser preterida não.

Ao menos, espero receber como prêmio inspiração literária, afinal uma compensação não cairia mal, né Senhor?

Brincadeiras de criança....


Cheguei em casa hoje por volta das 21:40h. Devido ao calor, principalmente, a rua estava cheia. Só que uma brincadeira me chamou a atenção: um grupo de uns 5 ou 6 meninos estava brincando com uns pedaços de madeira compridos, com elásticos e pregos compondo metralhadoras, atirando tampinhas de garrafas e mirando nos rostos e cabeças uns dos outros, como no Tropa de Elite.

Me lembro que, milianos atrás quando eu era criança, brincávamos com os dedos fazendo as vezes de um 38 e não atirávamos nada uns nos outros, muito menos mirávamos nas cabeças.

E tem outra coisa: estariam eles apreendendo que os filmes TROPA DE ELITE defendem o assassinato a sangue frio dos "bandidos". Então não ouviram o Capitão Nascimento dizendo que "quando um policial puxa o gatilho, ele não puxa sozinho", ? Ou seja, o funcionamento das estruturas do estado é fruto ou reação ao comportamento da própria sociedade em que está inserida. Quer isto dizer que os filmes não estavam defendendo essa polícia assassina, nem os chamando de heróis, mas apontando uma distorção com a qual convivemos como se fosse normal, ou seja, temos uma polícia para implementar uma pena de morte que nossa legislação não instituiu.

Me senti imensamente ultrapassada por ter me incomodado com esse tipo de brincadeira. entendo se alguém me chamar de ingênua, mas quando é que a sociedade vai entender que é - sim -necessário e possível ensinar bons valores aos filhos, e que isso deve ser feito ao longo de sua infância?

No fim das contas, o que é que legamos aos filhos, que não sejam nossos ensinamentos?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O DISCURSO DO REI ou...




...assumindo nosso lugar no mundo. Sim, eu assisti ao filme.
Sempre gostei de assistir à cerimônia de entrega dos OSCAR e só é possível opinar assistindo aos filmes indicados antes. Nunca consegui assistir todos os indicados, é claro, e esse ano não será diferente. Mas assisti este hoje e Cisne Negro um dia desses. Natalie Portman está espetacular.

Aposto, entretanto, todas as minhas fichas no Discurso do Rei. O Curtis está soberbo.Porque, no funfo, no fundo, o que faz um Melhor Filme é um Melhor diretor e Melhores atores. Roteiro, música, fotografia vem junto. E neste filme há grandes atuações, grandes mesmo.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Encontros, assuntos afins.

O que pode haver em comum entre filmes como Orgulho e Preconceito, As Pontes de Madison e Cisne Negro? Além de belas atuações e histórias marcantes, o assunto "relacionamento entre mãe e filha". Podem haver, é claro, trocentas formas para essa convivência e bem mais de uma certamente serão conflituosas.

Cada um dos filmes mencinoados acima traz formas diferentes, mas todas revelam que as mulheres que não estão em paz com a condição de mãe, ou não dimensionam-se corretamente e adequadamente com suas próprias expectativas quanto à vida, atormentam os filhos. Refiro-me, priincipalmente, à mãe da bailarina em Cisne Negro, que não se realizaou como bailarina e culpa o "aparecimento" da filha, tendo tentado realizar-se através desta descendente, o que - é claro - não pode durar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

INVICTUS

Quem pensaria no Mandela acordando; quem o colocaria em cena sem apelos excessivos às lágrimas, no entanto, fazendo justiça ao modo especial como Mandela é e se expressa. Isso é emocionante. Invictus, de Clint Eastwood com Morgan Freeman.

O mais legal do final de semana foi ter assistido a esse filme, o que por si só já foi uma experiência reveladora, acompanhada pelo meu Rafael e a minha Bruninha. Vê-los assistindo a esse filme me traz a certeza de que estou no caminho certo como mãe. Por que?

Quando é que você vê dois irmãos diferentes como água e oléo, cujo único ponto de contato é serem líquidos, harmoniosamente assistindo a uma história que vai se desenhando e demonstranto a sua grandiosidade aos poucos, e tão atentamente? Na minha casa isso é possível.

Como diriam numa propaganda de cartão de crédito: Aluguel do DVD - 3,50. Meus filhos assistindo INVICTUS juntos- não tem preço.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Vai-se o primeiro mês do ano.

E o Janeiro mais quente da história chega ao fim. Não me lembro de ter sentido tanto calor assim. Está ficando difícil viver no Rio de Janeiro, ultimamente.
Ainda estou pensando nas metas 2011. Estranhamente ao que me é habitual, para esse ano escolhi metas que envolvem o plano material: reequipar a casa. Faz muito tempo que não cuido dela a sério.

O primeiro grande trabalho que escolhi realizar com a minha parca renda, anos atrás, foi investir na educação/formação de nós 4. Então, isso envolveu mantê-los em escola particular para serem alfabetizados, e muito investimento em livros nos ultimos anos. Valeu a pena, pois colhemos eu ter chegado ao mestrado, Rafael ao Pedro II e os menores estudando para seguir esse caminho. Agora é hora de investir no conforto.

Comecei bem, trocando o fogão no início de janeiro. Se tudo der certo, com as férias (que venderei )em fevereiro será a geladeira. Assim, creio, será vencida a pior etapa.

Comer, rezar, amar.

É, o título acima refere-se ao famoso e vendidíssimo livro que até já foi pro cinema. Faz um certo tempo, uma amiga recomendou-o, mas havia emprestado o seu exemplar. Como eu tenho outras coisas pra ler, não foi nenhuma tragédia isso. Esses dias uma outra amiga estava com ele dando sopa na sua gaveta. Ai eu trouxe pra casa, pra ler nas folgas - sei lá.

Sentei-me no ônibus a caminho de casa, não resisti e abri pra dar uma olhada. Em dois dias li 103 de suas páginas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Como devem ser as mães.

Não sei se ainda há pessoas que pensem ser esta uma pergunta besta. Ser mãe, no sentido de cumprir esta tarefa, não é algo óbvio, até porque não estou falando de saber trocar fraldas, dar banho e alimentar um bebê que ainda não diz não. Estou me referindo às escolhas que uma mulher deverá fazer diariamente sobre os valores que ensinará, o nível de investimento na educação, bem como de exigência da parte deste filho. Qual a liberdade ele trá, com que idade, estou falando da formação do futuro adulto que seu filhinho será.

Uma coisa que considero fundamental, e que tento implementar com os meus, é ser uma mochila pesada. Mãe mochila pesada é aquela que fica despejando suas frustrações e infelicidades em cima dos filhos, sem falar que é aquele peso que eles terão que carregar - pois envelhece sem cuidar do próprio futuro. Filho não é motivo pra ninguém estragar a vida, muito pelo contrário, é uma força e um incentivo para buscar a vida plena e a felicidade.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma foto, realmente, vale mais do que mil palavras.



Acabo de ver essa foto no Facebook de um amigo. Tem meus antigos camaradas: Renato Rabelo, Diogenes Aguiar,Rogério Lustosa (já falecido) João Amazonas (já faledico), o Batista e o Freitas. A foto é de 1988.

Levei um susto, um bom susto e senti imediatamente muita falta do Rogério. Ele faleceu quando eu estava no quint mês da gestação do meu menino maior, em 1992. Sempre sinto falta dele. Não é saudade, é falta mesmo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A VIUVA DE SAINT-PIERRE



Hoje fui fazer algo que não pude durante todo o ano passado, por causa da especialização: assisti a um filme francês na MAISON DE FRANCE. La veuve de Saint-Pierre, 1999, com Juliete Binoche e Daniel Auteuil. Muito interessante, nada de superprodução, mas muito bem realizado. Conta a história de um condenado, mas discute as contradições da França pós-Revolução Francesa.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um dia de vitória.



Quando a gente permite, as pessoas são capazes de destruir um lindo dia pelo simples prazer de fazê-lo, ou simplesmente por se incomodarem com o avanço alheio. Ainda acho uma tarefa árdua, mas ao menos consigo empreendê-la. Ensaiaram "melar" a minha paz interior, que eu passei o final de semana inteiro construindo. Não, não! Não permiti e fico feliz por isso.

É preciso ter sempre em mente que o tempo não volta, então temos que cuidar do que nos acontece, dimensionar corretamente coisas pequenas como coisas pequenas. Grande é a vida, o dia, as possibilidades e o bem que se pode fazer.

domingo, 9 de janeiro de 2011

As pontes de Madison - 1995


Já faz um tempo, postei aqui sobre esse filme, dirigido por Clint Eastwood. Tem fotografia e trilha sonora estupendas. Já assisti algumas vezes, ontem inclusive. Foi uma das minhas estratégias para relaxar de uma semana difícil.

É um filme sobre amor, aquele amor que é fundamental por ter surgido, mesmo que as pessoas não fiquem juntas, aquele amor que nos mantém vivos e que dá sentido real a uma existência; acompanha todos os nossos momentos.

Sempre gostei do Clint, mas ele sendo dirigido por ele mesmo é ainda melhor. Acho-o um diretor muito atento a detalhes, e isso é muito especial. As Pontes...conta uma história de amor muito particular, não é mais uma no meio demuitas, é singular, é única e inspiradora.

O Clube de Leitura - 07 de janeiro

Todas a primeira sexta-feira do mês acontecem as reuniões do Clube de Leitura - http://clubedeleituraicarai.blogspot.com/ - no prédio da reitoria da UFF, em Icaraí. Durante todo o ano passado lecionei num pré-vestibular, justamente, às sextas. Então esse mês dei a sorte de olhar o blog antes do dia 7.

Como descobri a data em cima da hora, fui mesmo não tendo lido o livro do mês - PEQUENOS AMORES de Gracinda Rosa. Tive mesmo muita sorte de começar a espantar os efeitos maléficos de uma semana bem difícil naquela reunião deliciosa.

A autora estava presenta, uma senhora muito interessante. Temos vontade de tratá-la como um bibelô, por sua aparência e modos tão meigos, ao mesmo tempo que sua mente é ferina e sem limites. Uma pessoa realmente especial.

Sempre ouvi pessoas mais sábias do que eu, meu filho mais velho inclusive,dizerem que problemas e aborrecimentos a gente não fica cultivando, resolve ou larga pra lá. Acho que foi a primeira vez na vida que fiz isso efetivamente e tão rápido. Começando por comparecer à reunião, depois, no sábado de manhã, assistindo a um filme delicioso e que eu adoro - AS PONTES DE MADISON (1995, direção Clint Eastwood)no CCBB e completando com um tempo na praia, hoje pela manhã.

A vida é boa se fizrmos com que ela seja. Se a gente se apega ao pequeno, a vida fica pequena e isso é um desperdício com o qual não quero compactuar.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Clube de Leitura - primeiro dia.

Hoje ( 07.01.11) foi a primeira reunião do Clube de Leitura da UFF em 2011. A obra escolhida foi PEQUENOS AMORES de Gracinda Ramos, e ela estava lá.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Descobrindo o óbvio.

Não vale a perda de tempo, mas, às vezes, fico pensando porque misturo coisas diferentes e sabidamente não misturáveis, e depois fico decepcionada por que a mistura não dá bom resultado. Será um desejo secreto de burlar, uma limitação mental - que me impede de ampliar o olhar, tentando encaixar o horizonte no meu campo de visão?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Apertem os sintos, o ano novo sumiu!!

Ontem, faltando meia hora para "a virada", começou uma estouração de fogos irritante. Eu estava em casa, em São Gonçalo, ladeada por pessoas que são incapazes de investir num livro usado para dar um suporte extra à educação dos filhos, mas pareceu-me que estava em Copacabana, de tantos fogos.

Ocorreu-me isso: imagina se, um dia, um ano novo toma um susto e desiste de chegar!

Coisas de quem estava sentada, fazendo crochê e assistindo a um filme repetido para descansar a cabeça. O filme, a quem interessar possa, era TITANIC. Esse filme sempre chama a minha atenção para a falta de solidariedade de que a humanidade é capaz nas horas mais impróprias.

(escrito em 1 de janeiro, 22:19h)