quarta-feira, 4 de junho de 2008

QUEM VAI DIZER TCHAU? NANDO REIS

Quando aconteceu?
Não seiQuando foi que eu deixei de te amar?
Quando a luz do poste não acendeu?
Quando a sorte não mais soube ganhar?
Nãofoi ontem que eu disse nãoMas quem vai dizer tchau?
Onde aconteceu?
Não seiOnde foi que eu deixei de te amar?
Dentro do quarto só estava eu
Dormindo antes de você chegar
Mas, não
Foi ontem que eu disse não
mais quem vai dizer tchau?
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho
Guardar lá dentro o amor não impede
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito
Tornar o amor real é expulsá-lo de você
Para que ele possa ser de alguém
Somos, se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais
Houve o que houve
E o que escondem em vão
Os pensamentos que preferem calar
Se não
Irá nos ferir o não,
Mas que não quer dizer tchau.

Impressões

Para quem não me conhece, ler o que eu escrevo pode passar uma impressão “Brastemp” de um “tanguinho”...Sou pisciana e, embora não seja completamente rendida ao ZEN, aquele símbolo de um peixe que nada pra cá eoutro pra lá me representa bem.
Sempre gostei de estudar, sou capaz de guardar uma série de informações; ouvir e esperar, mas posso – frequentemente – me pegar em mínimos detalhes.
Devo concordar quando dizem que as mulheres são muito vingativas. Posso até não planejá-la, mas curto e aproveito a oportunidade se surgir. Gosto de cobrar a conta.
Sei que isso não é bonito, mas fazer o que, né?

Um dia feliz

Às vezes, tudo o que a gente precisa é descansar no abraço de alguém, com calma, sem pressa, sem ter de levantar escudos de proteção.
Às vezes, uma coisa aparente pequena ou simples que fazemos por alguém nos faz um bem também, por que tem um efeito maior do que a gente esperava.
Todos os dias tenho a certeza de que nasci na época errada. Essa pressa, essa urgência, essa pró-atividade exigida diuturnamente, essa frustração com os limites do humano, nada disso me é indiferente. Dificulta viver, quando se acredita que viver é produzir, aprender, sonhar, abraçar, estar de fato com alguém

Rabugices de uma velha criatura feliz.