quinta-feira, 5 de março de 2009

Amanhã vou ouvir música clássica...

... na Sala Cecília Meireles. Será o concerto de abertura da temporada 2009.
Gosto muito de música clássica, principalmente Tchaikovsky, mas nem sei escrever os nomes dos "caras" direito, nem conheço tantos assim.

Quando eu era criança era exibido um programa chamado CONCERTOS PARA A JUVENTUDE, aos domingos pela manhã. Reconheço algumas músicas desde então, aprendi os autores do que mais gosto, mas ainda não tinha incluído esse bom hábito na minha agenda. Olha que eu trabalho no centro da cidade, perto "de tudo". ACOMODAÇÃO.

Desde que eu passei um mês com o meu filho perto, trabalhando na minha empresa, passei a olhar certas coisas que antes simplesmente não me dava ao trabalho de ver. Por exemplo:
trabalho no centro da cidade maravilhosa, cheia de prédios históricos, do tempo de quando o Rio era capital da Colônia. Tem gente que vem lá dos cafundó só pra conhecer, e a gente aqui, nada.

Nada como fazer aniversário pra dar valor ao tempo!

the day after...



Sobrevivi ao meu aniversário.
Fui ao cinema, assisti Operação Valkiria e presenteei-me com um livro - O Retrato de Dorian Gray, edição bilingue.

Esse mundo está um lugar realmente estranho: podemos ir onde quizermos, do ponto de vista dos transportes existentes; podemos estar "conectados" a qualquer hora em qualquer lugar; ver imagem e ouvir a voz de quem quizermos a qualquer hora em qualquer lugar do mundo; mas passamos dias importantes em absoluta solidão.

Tenho a impressão que estamos construindo, cada um, grandes solidões. Pra onde isso irá nos levar?
Não estou reclamando nem me lamentando, antes reconhecendo que minha postura também não está ajudando a construir algo diferente. Continuo buscando o isolamento diante das frustrações, o que é um absurdo, reconheço. Não irei resolver nenhum problema me abstendo de exercer ou realizar todo o meu potencial, nem tentando não me machucar mais. Isso é desperdício.
Se há uma palavra que ilustra bem a sociedade atual é esta - desperdício.