segunda-feira, 26 de maio de 2008

segunda, início de semana de trabalho.

Por curioso que seja para uma segunda-feira, principalmente de manhã, estou no melhor dos bons humores. Sinto uma felicidade tranquila há muito esquecida. É como se eu tivesse me encontrando com alguém muito familiar, mas que eu não via há um certo tempo. Me achei.
Tem umas coisas que parecem tirar a gente de sintonia. Quando fazemos muita coisa ao mesmo tempo, como é hoje em dia, é até difícil saber ao certo qual a causa disso. A pancada fatal, é claro, localizamos pela dor.
Quando entrei pra faculdade, e consegui a bolsa do ProUni, me senti como se tivesse ganho na loteria. Ainda estou muito satisfeita comigo mesma por ter entrado pra Universidade.
Entrar pra faculdade, mergulhar de cabeça nisso, também ajudou-me a me perder de mim. Como o passar do tempo e o avanço no curso, e à medida que fui estudando as teorias, reparei que estava sendo desconstruida, paulatinamente. (estranho, né?)
Acho que agora o gesso começa a secar. Logo a obra estara pronta para ser finalizada, cuidada em seus detalhes.

Parece que a primavera vai pular o inverno, esse ano.
Primavera é tempo de florescerem as coisas vivas, ou despertar quem estava ibernando.
Que venha a nova estação, então!

Meus Vícios

Escrever, assim como ler, assim como ler, assim como e beber é passível de tornar-se vício. Acho que ainda estou na categoria dos que o fazem socialmente – ler, escrever e beber, mas beber é o que menos faço. E não fumo!

Assumir as escolhas

Até 1998, quando passei o natal na minha mãe pela última vez, eu ainda utilizava a seguinte frase: tenho que passar o natal lá, embora me faça um mal imenso, me traga lembranças infelizes da infância, ou seja, contra a minha vontade.
Perto do natal de 1999, quando eu já morava na MINHA CASA e começou o que eu chamo de “inferno do natal” (aquele período a partir de meados de Outubro, em que “eles” começavam a me ligar, por que eu tinha que passar o natal lá), finalmente pude dizer: NÃO VOU POR QUE NÃO QUERO IR. NÃO SUPORTO NATAIS ASSIM.
Naquele ano fugi para a casa de uma amiga no interior, desliguei o celular até o dia 31/12. (meu pai disse que eu que me danasse, que eu não interessava, nem minha vontade). Depois eu soube que ele foi à minha casa, planejava me levar à força pra casa dela. Como eu imaginava, o 1º natal de liberdade seria o mais difícil, mas valeu a pena.
As nossas escolhas temos que bancar, custe o que custar. Vale a pena fazer isso. É claro que a gente paga um preço. Pra começar, não conseguimos mais enganar a nós mesmos. Sabemos o que queremos, mesmo que usemos ou tentemos usar o outro como muleta.
Às vezes a dificuldade maior não está em fazer a escolha, mas sim em assumi-la.

Mães

Pra mamãe, as mães necessariamente amam os filhos e querem o seu bem. Acontece que, como não é tão simples e linear assim, há distorções nessa convicção. Mães são, antes de tudo, mulheres. Frequentemente usam os filhos como justificativa para as posições que tomam e, principalmente, para as que deixam de tomar.
Como filhos não dão bons escudos, é aí que o negócio costuma embolar.
Minha mãe é que estava certa: toda mãe deveria, necessariamente, amar acima de tudo aos filhos e ser a maior interessada em seu bem estar.
No meu modo de ver, não é preciso se anular das outras partes da existência para se ser mãe. Isso até atrapalha.
Mulheres por completo ou plenas são melhores mães, por que não vão tratando as suas questões. Não precisam procurar “tapete para baixo de onde varrer os problemas”.