terça-feira, 24 de junho de 2008

DIA DE SÃO JOÃO

Meu pai São João Batista é Xangô. é dono do meu destino até o fim. O dia em que perder a fé no meu Senhor, que role essa pedreira sopbre mim...
Salve pelo seu dia!

Me sinto estranha, parece que tem alguma coisa fazendo peso, com aquela vontade imensa de ir embora pra bem longe daqui, São Paulo ou mais longe.
Às vezes eu queria ficar um pouco longe de mim.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Preciso viver no presente..

Não sei como é com vocês, mas eu tenho um grande problema: meus verbos estão todos no futuro. Vou me formar em 2009, vai melhorar o salário quando eu me formar, sabe, parece que a vida ainda vai acontecer.

Tento combater isso, mas cho que sou dispersa, ou desanimo.
Nisso meu bem fez-me um grande favor - o que me disse sobre mim me animou a viver no presente, me saber, me ver. Para viver não tem outro jeito, anão ser a gente viver a própria vida.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

DIA DE SANTO ANTONIO

Salve! Santo Antonio, proteção.

Meu Santo Antonio de Lisboa, olha esse mundo como está...Quem me abraçava antigamente, Ah!, meu Santo Antonio, hoje quer me apunhalar...

Essa coisa de se entender, se saber e se conhecer demanda um grande esforço, principalmente de concentração. Acredito que valha a pena enveredar por esse caminho, embora pareça uma estrada longa e sem asfalto.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Para aprender , ou a ARTE DE RECEBER

Lugar comum é dizer que ninguém é tão sábio que não tenha nada pra aprender, assim como ninguém é tão burro que não tenha nada pra ensinar. Todo mundo se vê sabedor disso.
Na prática a coisa é bem outra. Mea culpa, tenho me deparado com o fato irremediável de que sou como todo mundo nisso também.

Acontece que aprender consiste em estar aberto para receber, trabalhar e apreender. E não falo somente de informações ou conhecimento, não. Falo de aprender a amar, a conviver, escutar, conhecer, reaprender a viver mesmo.

Talvez uma das coisas mais difíceis de se aprender seja escutar, sobretudo quando o que há pra ouvir é um não, ou são críticas e observações, qualquer coisa que contrarie a nossa vontade e expectativas. Perdemos oportunidades preciosas por que não estamos, em geral, abertos de fato pra escutar.

É trabalhoso, inicialmente causa um certo desconforto, mas é reconfortante. Se permitir aprender é uma forma de amar. Saber escutar é uma forma de demonstrar amor por alguém.

Tem dias em que tudo o que eu preciso é de alguém escutando as minhas lamentações e rabugices. Por isso eu quero te agradecer.
Às vezes tenho vontade de perguntar o que temos, você e eu. O que é que traz essa paz quando estamos juntos? No entanto, quando a gente se abraça essa vontade passa e não importa saber nada. Todos os dias tenho vontade de abraços seus.

ENDEREÇADO A JCCM

É provável que você nunca leia o que agora escrevo. Se vier a ler, é possível que eu jamais venha a saber. Mesmo assim, escrevo.

Semana passada, numa quinta à tarde, na Praça XV - Centro do Rio, vi um rapaz alto correndo para pegar um ônibus. Usava boné e, como era muito alto e branco, tendo as coxas grossas como as suas, por uns dolorosos segundos pensei que fosse você. Então me senti muito tola e pequena.

Minha primeira versão para esta frase é: Assim, se algum dia, por qualquer motivo que seja, na improvável hipótese de você querer me ver ou falar comigo, por favor não faça isso.

Mas, espero que isso passe. Não estou com raiva de você. Só preciso aceitar quer você não é pra mim.




sexta-feira, 6 de junho de 2008

Namorar (isso não é uma indireta para formatar) é com calma mesmo...é bom!!!

Parece uma coisa tão estranha, pra mim, a forma como as pessoas se relacionam atualmente. De todas as formas.

No trabalho, busca-se relaciomentos que tragam algum fruto na vida profissional - na carreira. Nos "afetivos", o que anda em falta é a tal afetividade. Ficar, Pegar, Dar, esses são os verbos que se conjugam. Tudo com pressa, nada pode perdurar. E vale a quantidade de ficantes, é uma competição quantitativa.

É bom quando a gente se depara com a possibilidade de curtir com calma as coisas, como a gente faz. Sem necessidade de nomear, mas sem esse desespero apressado. É bom poder passar horas conversando, trabalhando junto, andando, enfim, com alguém, tranquilamente.

Nada contra selvagerias sexuais, ou sexo sem selvageria, ou seja lá o que for, quando for o caso. É bom poder ir devagar.

O outro é como um universo - infinito de possibilidades. E nós somos abusados o suficiente para achar que conhecemos bem ou completamente o nosso próprio universo, igualmente infinito.

(viu...beatriz também é filosofia, ha! ha!)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

TEMPOS, ou quando o torto do cachimbo na boca nunca se desfaz...

Dez minutos. Dez minutos, às vezes, é a exata distância entre jogarmos tudo pro alto/fazermos uma grande besteira, ou calar/escutar/refletir e ganhar algo com isso.
Falo de cadeira. Quando não guardamos um tempo mínimo para observar ou entender uma situação, frase ou palavra, errar é batata.
Num mundo em que tudo é pra ontem, em que ninguém pode esperar, até para curtirmos gestos ou momentos de extrema felicidade fica difícil, por que esse modo de vida efêmera acaba nos contaminando.

Nada a ver com isso, quando a gente entra para alguma organização fechada, seja religiosa ou política principalmente, numa idade muito inicial da vida, isso acaba moldando muito. Tanto que é estranho desconstruir o formato depois. Quando a gente acaba tendo de fazer isso se sente meio sem chão.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

QUEM VAI DIZER TCHAU? NANDO REIS

Quando aconteceu?
Não seiQuando foi que eu deixei de te amar?
Quando a luz do poste não acendeu?
Quando a sorte não mais soube ganhar?
Nãofoi ontem que eu disse nãoMas quem vai dizer tchau?
Onde aconteceu?
Não seiOnde foi que eu deixei de te amar?
Dentro do quarto só estava eu
Dormindo antes de você chegar
Mas, não
Foi ontem que eu disse não
mais quem vai dizer tchau?
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho
Guardar lá dentro o amor não impede
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito
Tornar o amor real é expulsá-lo de você
Para que ele possa ser de alguém
Somos, se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais
Houve o que houve
E o que escondem em vão
Os pensamentos que preferem calar
Se não
Irá nos ferir o não,
Mas que não quer dizer tchau.

Impressões

Para quem não me conhece, ler o que eu escrevo pode passar uma impressão “Brastemp” de um “tanguinho”...Sou pisciana e, embora não seja completamente rendida ao ZEN, aquele símbolo de um peixe que nada pra cá eoutro pra lá me representa bem.
Sempre gostei de estudar, sou capaz de guardar uma série de informações; ouvir e esperar, mas posso – frequentemente – me pegar em mínimos detalhes.
Devo concordar quando dizem que as mulheres são muito vingativas. Posso até não planejá-la, mas curto e aproveito a oportunidade se surgir. Gosto de cobrar a conta.
Sei que isso não é bonito, mas fazer o que, né?

Um dia feliz

Às vezes, tudo o que a gente precisa é descansar no abraço de alguém, com calma, sem pressa, sem ter de levantar escudos de proteção.
Às vezes, uma coisa aparente pequena ou simples que fazemos por alguém nos faz um bem também, por que tem um efeito maior do que a gente esperava.
Todos os dias tenho a certeza de que nasci na época errada. Essa pressa, essa urgência, essa pró-atividade exigida diuturnamente, essa frustração com os limites do humano, nada disso me é indiferente. Dificulta viver, quando se acredita que viver é produzir, aprender, sonhar, abraçar, estar de fato com alguém

Rabugices de uma velha criatura feliz.