sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eu pensando na minha vida.




Ontem, quando ia pra casa, parei no caminho para escrever uma observação para a minha monografia que está em andamento. O tema é a oposição de lugares entre as personagens Lídia e Marcenda no Romance O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS. Eu pensava nos espaços ocupados por ambas, na verdade no hotel onde se passa parte da história pois ali, uma é serviçal e a outra é servida. Daí descobri a pólvora, por assim dizer, vi um clarão a esclarecer por que tenho tanta dificuldade de ficar em casa, inclusive e principalmente para arrumá-la:

- Confinamento!

Eu explico: além de eu ser absolutamente contra essa história de "rainha do lar" para florear o cargo de empregada doméstica voluntásria a que querem sujeitar as mulheres, e muito com a participação e propagação dessa idéia das próprias, diga-se de passagem, há um problema causado pela minha mãe.

Quando a minha mãe "surtou" pela primeira vez, quando eu tinha 9 anos, sua primeira atitude foi manter-nos presos em casa, no mesmo cômodo para ser mais precisa. Fazia parte da paranóia dela que não podíamos sair do lugar.

Eu nunca havia pensado nisso, dessa forma. Me senti mais leve por ter percebido isso.

E está indo a sexta-feira 13...



...sem incidentes, com a graça de Deus.