quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Prosperidade e fartura!


Hoje, como muita gente sabe, é dia de São Cosme e São Damião. Uma data importante para católicos e o povo dos terreiros país afora. É festa de criança nos centros. Embora eu entenda a importância deles, não é uma das minhas festas preferidas, do ponto de vista prático (dá muuuito trabalho lidar com as crianças na macumba, sabem...), mas é uma data que considero importante. Tenho filhos e vivo pedindo proteção pra eles, e agradecendo também.

Vi uma notícia horrível: uma mulher no Amazonas tirou a filha da barriga de outra, com uma gilete e quase conseguiu roubar a criança. a mulher está mal num hospital. O mundo está muito perigoso para as crianças, sabemos. Vejo todos os dias as perspectivas sendo afastadas de todos aqueles que são filhos de trabalhadores, assalariados e desempregados, com pouca instrução e que só tem acesso à escola pública, muitas vezes em municípios como São Gonçalo que não dispõe de bibliotecas públicas, mergulhados na baixa qualidade do ensino, que vão sendo colocados e mantidos numa situação de desvantagem.

Essas coisas me incomodam porque há tarefas para os pais, e há tarefas para governos e sociedade. Mas qual parte de quem, como levar as pessoas a cumprir sua parte? Certamente o modo como a tv está organizada/dividida no Brasil não contribui muito. Essas coisas atrapalham até mesmo pessoas que entendem a necessidade do cuidado passo-a-passo com a formação escolar, literária, de conteúdos acadêmicos.

Não é que me falte esperança, mas no momento sinto-me bem sozinha nessas preocupações, visto que a maioria das organizações de algum modo ligadas a política concentram-se na parte eleitoral desta. Se eu sei que o caminho da luta é longo, sem organização então....

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O aniversário de 60 anos.

Hoje é um dia muito especial: hoje Salaciel completa os seus primeiros 60 anos de vida. Eu, que ainda vou fazer 40, faço pouca ideia do que seja viver esse tempo todo. Até porque ele é paulista e homem, além de flamenguista (e eu sou vasco!!!). Imagina a quantidade de lembranças das situações vividas, das pessoas ao longo desse percurso todo, dos momentos de luta pela vida - em particular e no contexto do convívio social? Algo que é muito interessante nele é que vive e não é levado pela vida (sabe, já que tá vivo ainda, vamo indo...). Protagonista é o papel que ele abraçou.

 Se eu tivesse que escolher uma palavra que ilustrasse sua vida, seria movimento. A realização, ao longo da vida, do trabalho e demais atividades necessárias à estruturação de sua vida, aos cuidados com sua família e para a superação, que é outra palavra que deveria vir ilustrada com a sua foto. Tudo isso numa embalagem cheia de charme, ainda um paizão muito atento, um homem que merece todo o meu respeito, consideração, amizade e amor. Parabéns pelo seu dia!

domingo, 23 de setembro de 2012

Meus Saramagos.


Quando eu tinha 16 anos, ainda não tinha lido nenhum livro sério, que não fosse didático. Havia acabado de me filiar ao Partido Comunista. Uma pessoa que eu conhecia, mais velha do que eu, me recomendou começar a leitura por O NOME DA ROSA, do Umberto Eco. Na verdade, ele me recomendou começar pelo filme feito a partir do romance, e em seguida ler o romance. Foi um ótimo conselho.

Alguns anos e leituras depois, tentei ler pela primeira vez ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, do Saramago. Foi em 1994, estava num momento bem difícil da minha vida e não consegui passar do segundo cego...uns 4 anos depois eu tentei de novo e, após uma leitura que me causava grande sofrimento, consegui concluir a empreitada. Foi meu primeiro Saramago. Com o tempo venci MEMORIAL DO CONVENTO, TODOS OS NOMES, escolhi para um trabalho de pós-graduação O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS. Segui lendo O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO e CAIM - durante um carnaval. Comecei A CAVERNA, mas parei aproximadamente antes da metade, por ocasião do processo seletivo para o mestrado no final de 2010.

Desde que passei para esse mestrado ainda não consegui retomar a leitura dos meus Saramagos, comprei LEVANTADO DO CHÃO e HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA.

No dia 18 de junho de 2010, uma sexta-feira, quando ele morreu, levei os meus Saramagos para a aula que eu ia dar. Um escritor precisa ser lido, acima de tudo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sabe Karl Marx...


...aquele "velhinho" que, autor de estudos sobre economia e sociedade, reunidos naquele livrinho singelo "O Capital"? Então, a gente olhando pra a sociedade atual, pro nosso histórico de guerras, pra quantidade de desigualdades em que vivemos, então: já não seria o momento de começarmos - a sério e em conjunto - sobre a necessidade de modificarmos o modo como essa sociedade se estrutura, ou seja, pisando na humanidade de milhares de pessoas, comprando e vendendo a humanidade de outros milhares?

Essa imagem é uma daquelas estátuas de ANTONY GORMLEY, que estão expostas no CCBB-RJ até o próximo domingo. Já vi pessoas tirarem fotos ao lado de algumas delas, sentadas, deitadas, abraçadas. A mim estas imagens somente lembram presos políticos, prisioneiros de guerra, mortos em guerras pelo mundo afora.

Concordo que, no momento, eu mesma não saberia  traçar exatamente os caminhos para a construção de uma nova sociedade, e não é tanto por causa das experiência socialistas iniciadas no século XX, mas por causa da força das propagandas em prol do individualismo e do consumo das nossas sociedades capitalistas, que moldam as pessoas desde a mais tenra idade. Como construir uma sociedade diferente quando, por exemplo, todas as soluções propostas - das questões de saúde às de meio ambiente - passam pelos interesses comerciais?

                                                       Marx - Engels - Lenin - Stalin

Passei muitos anos no Partido Comunista e, embora eu não consiga mais compor os seus quadros, não apaguei essa experiência de mim e nem pretendo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Da série criando filhos...


Praia sempre me lembra Yemanjá. Essa foto a minha menina tirou de mim em dezembro de 2011, em Niterói. Posto porque tem distância suficiente pra se apreciar o mar, e não eu - que nem tô em grande forma assim, nem sou chegada a exibir o meu corpinho.

Esses dias me dei conta de que nós, mães nos sentimos tão grandes por "dar a vida" aos nossos rebentos que nunca pensamos na possibilidade de que o presente pode não ter agradado ao presenteado. Ideia absurda? Radical? Acontece que a vida é, assim como o ser humano, algo grandemente complexo; envolve perspectivas, local de nascimento, família, dinheiro ou a falta dele, e uma série de coisas que eu não sei enumerar.

Infelizmente, conheço pessoas que perderam filhos para o suicídio, devido à insatisfação com a vida. Eu mesma, quando nova, não andava lá muito satisfeita, ao ponto de cogitar seriamente tal possibilidade findadora... Enfim, não é um assunto agradável ou fácil, mas ignorar também não me parece uma boa solução. Felizmente, por outro lado, conheço bastante gente que, como eu, passou por isso e deixou pra trás. Também não me parece que algum dos meus rebentos esteja "nesse mau momento", mas como mãe procuro exercitar o entendimento de que não tenho nenhum superpoder, capaz de ler mentes nem fazer adivinhações. Meus únicos instrumentos são beijinhos, colo e conversar, no máximo de dias do ano.

Ontem eu estava lendo sobre uma "geração nem-nem", jovens que nem trabalham, nem estudam. Sempre me pareceu que a falta de perspectivas é um grande inimigo da vida feliz de qualquer ser humano, em qualquer idade da vida. Por mais que a gente não tenha o lado material como prioridade, o que é realmente uma boa pedida, até pra ascender aquele incensinho e meditar tem de ter a grana pro tal incenso e o tal local, e tudo isso custa. Sendo assim, perspectivas de emprego, profissão, bem como ganhos relacionados a isso, sobretudo para os que estão chegando à idade adulta, são temas que tiram o sono.

Não consigo imaginar como alguém na flor da juventude consiga nem estudar nem trabalhar, embora eu não esteja duvidando dos dados que tem aparecido sobre isso. Fico pensando como alguém, neste momento da história, neste mundo dinâmico, consiga "deixar a vida passar" assim.

Viver é um presente que, embora "difícil de aprender a usar", vale à pena quando a gente consegue aceitar.



domingo, 16 de setembro de 2012

O que muda com o passar do tempo?

Essa é uma foto do centro do Rio de Janeiro, no início do século XX. Vemos mudanças bem aparentes no modos como as pessoas se vestem, e mesmo na pouca quantidade de pessoas nessa rua. Olhando por esse prisma, parecem ter havido grandes mudanças. Mas, pensando com pouca pressa, me parece que a mudança é mais no campo da aparência mesmo, e do acompanhamento do crescimento das cidades. Por exemplo, essas mulheres poderiam estar passeando, indo comprar aviamentos ou livros, indo à igreja, coisas que hoje se faz em qualquer bairro mas, à época, estavam restritas aos espaços centrais das cidades.

Os prédios nem mudaram tanto assim, são de um tempo em que as coisas eram construídas para durar e resistir, mas as ruas ganharam muito mais comércio com a expansão e consolidação do capitalismo no mundo. As roupas mudaram muito (embora ainda sejam feitas com tecido na maior parte dos casos), assim como os cabelos e os sapatos, se falar nos chapéus - que saíram de moda, mas, talvez o que mais tenha mudado é o modo como passamos a encarar o espaço público, muitas vezes não pensando mesmo na diferença entre este e o espaço privado, o que demanda modelos de comportamento diferentes em cada tipo de espaço que estejamos frequentando.

Alguém mais sábio do que eu já disse que velhice ou juventude são questões de espírito, de como nos sentimos. Conheço pessoas que me permitem comprovar essa ideia, tanto os jovens de espíritos quanto, lamentavelmente, os desistentes que envelheceram. Penso que tenho me imobilizado tanto nisso -passagem do tempo - porque, com a chegada da meia idade e considerando que ainda "ando" com a minha vida, estou sendo confrontada com o caminho que percorri até aqui porque preciso tomar decisões para seguir em frente. É bom, por ser prova de que estou em movimento, mas é ao mesmo tempo sofrido porque (eu já sabia) errei muito, e nem sempre no sentido camoniano. (Camões tem um poema em que escreve: "errei todo o discurso dos meus anos").

Percebo que a idade impõe novo ritmo até para olhar para as coisas mais banais, como andar na rua (por que ir, pra quê, por quem, com que roupa a que horas...é mesmo necessário, enfim). No entanto, com um certo acúmulo de coisas vividas e objetivos a realizar não é tão difícil redirecionar os pensamentos para as tarefas, felizmente. Mas acho curiosas essas percepções. Fico feliz por poder estar aqui ainda, olhando em volta, para trás e para diante. Talvez só esteja estranhando olhar tanto; talvez só esteja me adaptando ao fato de que a nossa própria vida muda bastante quando a vamos vivendo minunciosamente, quando não nos mantemos aprisionados na rotina da caverna (contrariando, muitas vezes, o que se esperava de nós).

Certo é que todas as escolhas tem um preço e um custo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tempo e formação.


Mesmo com todas as inovações tecnológicas, nos formatos através dos quais podemos acessar as informações e o conhecimento acumulado pela humanidade ao longo de séculos de existência, não há fórmula mágica que permita com que magicamente apreendamos tudo imediatamente. Aliás, formação e imediatismo não cabem na mesma frase. Em parte porque, mesmo fazendo recortes que limitem o espectro de conhecimento a que nos dedicaremos, há uma grande quantidade de dados a conhecer; mas também porque formação requer amadurecimento do que se lê e aprende.

É lógico que uma formação assim exige dedicação e continuidade, mas também são fundamentais tempo e sossego. Nesse ponto é que podemos perceber como é prejudicial essa contínua falta de políticas governamentais para o desenvolvimento da educação. É sobretudo aí que se constrói uma educação sem qualidade, pois os profissionais - via de regra - tem de ser formar com o mínimo e ralar dia e noite pra ganhar a vida. Isso sem falar nos investimentos necessários em livros, revistas especializadas, visando a atualização dos profissionais.

O fato de a sociedade estar organizada de modo que o que importa para a elite é manter o seu status econômico; para os que governam, manterem-se no poder e resta aos menos favorecidos e de formação acadêmica menor, para usar eufemismos, o que sobra é almejar chegar lá por um toque de mágica que a indústria cultural vem explorando desde sempre, seja em programas de auditório, de "descoberta de cantores" ou os novos reality shows. Ilusões alimentam existências inteiras.

Encarar o mundo real da necessidade constante de esforço e dedicação diante de livros, cadernos - pois é preciso ler, mas é fundamental escrever e pensar sobre o que se lê, como entendemos, o que apreendemos, do que discordamos, etc. Diferente do que parece, o maior prêmio que podemos conquistar aprendendo é a satisfação de nos sentirmos mais humanos, mais completos, mesmo que não sejamos bem remunerados por isso, embora precisemos de salários para viver, como todo o cidadão de bem.

domingo, 9 de setembro de 2012

O mais que humano em nós.

Estou aproveitando a reprise de A ESPERA DE UM MILAGRE, no SBT, por ocasião da morte do ator MICHAEL CLARKE DUNCAN. O filme é de 1999, mas ambienta uma história passada na década de 1930 - Grande Depressão.

É um filme produzido com muita qualidade, reconstituição de época primorosa, fotografia muito atenta e as atuações. As histórias entrelaçadas que são contadas simultâneamente, com maestria, são marcantes. Desde a questão principal - o crime brutal pelo qual o negro foi condenado, como deve ser o tratamento dado a condenados à morte, passando pela doença da esposa do diretor da prisão, o filhinho de papai sobrinho do governador do Estado, a doença do chefe da milha verde e - principalmente - ética.

Até onde vai o nosso dever, a nossa tarefa, quando devemos duvidar daquilo que conhecemos e apostar ou priorizar o ser humano em cada situação? Não é tarefa simples, tranquíla ou m linha reta essa coisa de levar a vida, sabemos. O filme é uma peça de ficção, mas levanta questões, embora a arte não tenha isso como função.

Aparentemente, poderíamos dizer que o filme fala dos dons do negro. É verdade. Mas, também, não fala das pessoas, de suas questões, do que vêem pelo mundo ao longo da vida, do que pensam e sentem uns sobre os outros? Lembremos que o filme começa com um idoso rememorando um momento de sua vida, a partir da imagem de um filme que o fez automaticamente voltar ao passado.

E o que este o velho se pergunta, ao final: vou ver muitas pessoas que amo morrerem antes de mim, o que vou dizer quando Deus me perguntar porque matei um dos seus milagres? que era o meu dever? ou seja, o que importa sabermos da nossa vida? o que fizemos com o tempo que nos foi dado. O que estamos fazendo com o tempo que nos foi dado?

sábado, 8 de setembro de 2012

Exercícios, testes e rascunhos.

Nesta foto, assim como na maioria das fotos que se consegue tirar da minha pessoa, estou com uma postura ou expressão inadequada. Neste caso específico, foi a insistência da minha menina que me deixou com esse sorriso engraçado. Ela prefere tentar me fazer rir antes de tirar a foto. Quanto a mim, na verdade eu desejava apenas registrar a toca preta que, aliás, ficou pequena. Eu estava experimentando um modelo de boina, então, como teste, ficou legal.

Na vida há algumas oportunidades de testarmos coisas, caminhos, comportamentos,ideias, conhecimentos. Convenciona-se que os períodos da infância e adolescência, os momentos de formação do ser humano por excelência, são a época adequada para isso, preparando o adulto que todos nós devemos nos tornar a partir dos 18 anos, a maioridade civil. No entanto, penso que seja fundamental mantermos estes exercícios de viver utilizando a mente ao longo de toda a vida.

Contra uma vida orientada pelo conhecimento associado com o discernimento e a observação, estão as sociedades formatadas no capitalismo em que, como o que se objetiva é o lucro e para quem tudo o que há na sociedade - de produtos a comportamentos - deve ser mercadoria cambiável, orienta-se todas as pessoas a manterem padrões de comportamento, portanto afastadas da atividade de pensar. Isso que acreditamos ser natural, de termos de trabalhar muito para garantir o dinheiro necessário pra pagar as contas, além de mantermos o emprego, e estudar alguma coisa para melhorarmos de posição, para melhorar o salário, ficando sem tempo de ler, apreciar arte, música, desenvolver algum hobby, atividade física - ou seja, usufruir da vida - é fruto do modo capitalista de organização, em que a maioria trabalha demais e ganha absolutamente pouco para que a minoria que está no controle viva com ouro e jóias ferraris e iates, apartamentos de luxo e todo o conforto.

Não, não há nada de natural nesta exploração toda. A minha boina, esse rascunho, nasceu disso: da falta de dinheiro de comprar uma boina - que custa em torno de 120 reais. Tento fazer uma similar de crochê que só me custa tempo e dois novelos de linha (15,00).

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Quem é vivo sempre aparece.

Chegando cada vez mais perto de completar as primeiras quatro décadas da existência, em plena crise de meia idade, portanto, percebo que certas mudanças no comportamento se impõem, como acessar muita memória diante de certas questões. Já são quase 20 anos como mãe; quase 15 anos convivendo com as questões escolares dos pequenos; uma enorme sessão de arquivo de filmes, desenhos animados e seriados; músicas... e a convivência.

No meu caso, devo admitir que - no que tange à convivência - ainda tenho muuuito o que aprender. Posso ser otimista e pensar que é assim mesmo, que tudo está em movência e que isso é rico. Sim, isso é verdade. Mas em que eu contribuo com o andamento da sociedade, claro, de parte dela. Começa aí: em que parte da sociedade eu estou? Em qual ou quais eu posso contribuir?

Não me contenta pensar que só saber que não posso cuidar somente de mim como se fosse uma ilha já seja alguma contribuição, até porque uma ilha só é uma ilha porque está cercada de mar e tem terra unida, portanto não é assim tão auto-suficiente. Do mesmo modo, do que adianta tanta formação acadêmica, tanto tempo vivido se nada é compartilhado. Sim, minha experiência serve aos meus filhos, ao encaminhamento da sua formação - e eu sei quanta falta isso faz.

Ainda não me acostumei com essa orfandade partidária, agora que o meu partido resolveu se adequar ao jogo eleitoral de vez e sem possibilidade de retorno. Talvez parte desse incômodo seja consequência dessa mudança grande proporcionada por estar no mestrado; talvez seja muito esse impacto de estar me sentindo sem lugar; certamente é prova maior de que estou bem viva.