quarta-feira, 30 de julho de 2008

VOLTA ÀS AULAS

Meninos e meninas, as aulas recomeçaram. Será o meu último período (se Deus assim o permitir e me ajudar muito!).

Quando eu consegui a bolsa (integral) do ProUni pra estudar, em janeiro de 2006, lembro que me senti como se tivesse ganho na loto. Foi, de longe, uma das maiores alegrias da minha vida, por que eu não conseguia estudar o suficiente para passar no Vestibular das públicas, e já estava cansada de tentar. Foram uns 5 vestibulares.

Agora que estamos no início do período, ainda não sinto o fim do curso chegando, mas sinto o peso de ser o último período, onde a caminhada deve encontrar um desfecho, materializado no Trabalho Final - carinhosamente conhecido como PATA na Estácio (Produção Avançada de Trabalho Acadêmico).

Nas aulas de alguns professores, boa parte deles, ainda me sinto como se tivesse ganhado na loteria.

sábado, 26 de julho de 2008



Harold and Maude - Ensina-me a viver, um filme de 1971, com trilha sonora de Cat Stevens.

Um dos filmes mais lindos que já assiste. Na década de 80, durante a minha adolescência, conheci a história deste estranho par durante uma das minhas crises de insônia.


Maude é uma senhora de 79 anos. Harold é um rapaz de uns 18. Ela é apaixonada pela vida e vive plenamente. Ele tenta, a todo o custo, demonstrar o seu despreso pela existência, desperdiçando seu tempo em teatrais tentativas de suicídio, esforços em vão para chamr a atenção de sua mãe fútil e insensível.

Se conhecem durante um enterro, se apaixonam - é um romance lindo, embora completamente inusitado. Mas é uma amor lindo mesmo de se ver.




É um filme para chorar, mas não vale a pena estragar a surpresa, temque assistir.


sexta-feira, 25 de julho de 2008

PRA VOCÊ, MEU BEM.

Este texto é para você, meu amigo querido, mas pode servir para outras pessoas, principalmente pra mim.

Não é segredo para aqueles que me conhecem o meu desrespeito, para não falar em desprezo, pela figura paterna. Não creio que eu vá conseguir resolver isso no meu universo particular, devido ao meu passado e às más experiências neste sentido com os pais dos meus filhos, mas preciso ser justa e dizer que pai é, sim, alguém fundamental.

Conheci ao longo da vida outros pais (bons pais ou pais que assumiram o seu papel), mas estes são casados com boas mulheres, ou esposas que, mesmo não sendo as melhores mães do mundo, também não impedem a sua atuação). Mas ser pai tendo a mãe de um filho como maior empecilho é tarefa para poucos.

Você merece a minha homenagem e o meu respeito. Hoje, mais do que nunca, queria que você soubesse disso.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O ESPELHO TEM DUAS FACES



Resolvi inaugurar uma nova temática: cinema - os filmes que eu adoro assistir.

Para começar. O Espelho tem Duas Faces, com Barbara Streisand e Jeff Bridges, entre outros. O filme é de 1996 e conta, simultâneamente, duas histórias muito interessantes sobre uma solteirona professora de Literatura: sua relação com a mãe - alguém que faz questão de ofuscar as filhas, e sua própria transformação quando encontra o amor, e resolve lutar por ele.

Dois professores da Columbia University sentem-se solitários, após sofrerem uma decepção amorosa. Ele, Gregory Larkin (Jeff Bridges), é um professor de matemática extremamente introvertido e que ainda idolatra Candy - sua ex-namorada que o trocou por outro.
Ela, Rose Morgan (Barbra Streisand), é uma professora de literatura muito comunicativa, que viu sua grande paixão, Alex (Pierce Brosnan), se casar com sua irmã.

Tentando se livrar da solidão e encontrar com quem conversar, Gregory coloca um anúncio num correio sentimental. Sua irmã decide responder como se fosse apenas Rose, já que ambos pertencem a mesma universidade. Após alguns encontros totalmente platônicos e devido a um erro de interpretação de uma aula de Rose, Gregory a pede em casamento, propondo terem uma união baseada apenas nas suas preferências intelectuais e totalmente desprovida de sexo. No início ela consegue suportar tal situação, mas sofre uma grande decepção ao constatar que ele não a deseja e foge. Se refugia para, então, encontrar a si mesma.

Com um elenco de ótimos atores em um bom momento (Lauren Bacall, Mimi Rogers e Pierce Brosnan - ele mesmo, o 007), embalado por uma trilha sonora que tem até Pavarotti, é um filme romântico com um pouco de comédia, mas, acima de tudo, uma bela representação de como às vezes é duro seguir em frente, por que o colo que a gente quer nunca cai do céu nem vem numa bandeja- temos que lutar por ele.

Gosto muito desse filme por que, em algum momento, assim como na vida, cada um é chamado a refletir sobre si mesmo: o que quer, o que ama, onde está, onde está o que ama, se reflete ou não. (Além disso, o Jeff Bridges é um gato!!!!)



sexta-feira, 18 de julho de 2008

Quando eu crescer, quero ser assim!

Enquanto vamos caminhando nesta vida, só Deus sabe pra onde, nos deparamos com diversas situações e pessoas. As boas sempre vale a pena serem lembradas.

Lá onde eu trabalho tem uma galera muito legal. Há uns malas, assim como eu mesma, por que do Paraíso ainda não tenho e-mail, orkut ou endereço, mas um dia eu chego lá. Então, tem um ser humano maravilhoso, que é a Cris. Sem maquiar em nada a realidade, ela é capaz de fazer a gente ganhar o dia no que tange a não se abater com as situações. É muito criativa, alto astral e tem umas tiradas ótimas, como a das "drogas pesadas" (piada interna, perdoem).

Sempre que eu me pergunto: " que que'u tô fazendo aqui?", lembrar-me dela ajuda a voltar para a postura necessária para estar nessa sociedade capitalista e selvagem. Quando eu crescer, quero ser assim. Por hora, agradeço por ter você na minha vida.

Essa semana ela entrou de férias, merecidíssimas, diga-se de passagem. Então, boas férias, boa recuperação, que tudo aconteça muito certo pra você, gatíssima.

O momento certo.

O momento certo para uma coisa boa acontecer é quando mais precisamos que uma coisa boa acontece. Frase besta, né?
Quando a gente está bem, com as contas em dia e o suficiente para ter uma vida decente, 2.10 não nos dizem muito. Quando a gente precisa chegar na hora pra uma entrevista de emprego, 2.10 (que é o preço da passagem daqui de casa até Niterói) é ouro!
E não falo isso só pelo dinheiro, não.

No ano passado, no final de maio, minha vida foi atacada por uma quadrilha que queria acabar comigo. Fiquei muito desesperada, foi um dos piores momentos, senão o pior, que já passei na vida. Quando estava me despedindo das pessoas no trabalho, por que tive que pedir as contas e ficar em casa pra não roubarem os meus filhos de mim, quando achava que a minha vida ia se acabar com aquela situação, a mãe de uma (então) colega de trabalho ligou pra ler uma mensagem pra mim.

Foi a mãe da Claudia (claudião da recepção). Uma senhora evangélica que me fez ver que agente nunca está sozinho, mesmo quando achamos que tudo se acabou, isso não é verdade. Deus não nos abandona assim.

Ela nunca me viu, nem eu a ela, mas ela me salvou do meu próprio desespero naquele momento, e isso sim não tem preço.

Um beijão, Dona Vera. Um beijão Claudia.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Carta para o PC do B - A/C - José Reinaldo - Junho/2008

No dia 28 de abril de 1989 eu assinei minha ficha de filiação ao PC do B (Partido Comunista do Brasil), assim que fiz 16 anos e tirei meu título de eleitora. Havia conhecido a UJS na minha escola, o Colégio Estadual Central do Brasil, onde tinham ido construir o Grêmio.
Poderia escrever um livro inteiro contando a história da minha vida no Partido, mas isso não seria adequado ao objetivo desta. Fundamental é dizer que, se não tivesse entrado para o PCdoB, certamente eu seria bem outra pessoa e, provavelmente, não teria feito metade do que fiz na vida até hoje. A minha origem (familiar) me apontava como caminho a subserviência, a mediocridade como regra. E como grande objetivo, cuidar (ou servir) a alguém - mãe e depois marido.
Principalmente por ter me permitido aprender a dirigir minha própria vida, rendo homenagens ao Partido, ao papel libertário que exerceu sobre mim. Sim, estou formalmente me despedindo de suas fileiras. Na prática, já se vão 7 anos fora da organização de base.
Para usar minhas próprias palavras, não me acostumo com essa modernidade em que qualquer um entra para o partido para ser candidato , e o pleito eleitoral ser a luta mais importante, em nome da qual o partido parece descaracterizar-se.
Conheço os argumentos de que lançariam mão para rebater-me, mas o fato inegável é que não consigo desconsiderar aquilo que, me parece, caracteriza o partido, a perda do povo como referência, a priorização - na prática - dos interesses particulares sobre as necessidades e conscientização da população.
Preciso deixar claro que não coloco todos os membros (que conheço, principalmente) num mesmo pacote. Não são poucos os reais comunistas, comprometidos com os ideais e que, por isso mesmo, passam por angústias como eu. Mas o partido já não é mais um, e tenho dificuldade de me adaptar.
Finalmente chegou o momento em que a maior parte do que me mobiliza já não encontra eco no seio do PCdoB. E continuaremos lutando, cada qual na frente de batalha que a vida nos impôs.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

UNIVERSIDADE PARTICULAR

Houve um tempo em que ter concluido o 2º grau significava ter um determinado nível de informações, suficiente - por exemplo - para estar bem colocado no mercado de trabalho. Hoje para ser contínuo (não querendo desmerecê-los) é necessário ter 2º grau. Ou seja, a formação está perdendo a qualidade, e temos que estudar mais tempo para aprender menos coisas.

No meu caso, na Universidade Particular, não posso me gabar das minhas notas nem, tomando-as como parâmetro, acreditar que tenha alcançado uma boa formação, por que isso seria uma ilusão. Gosto muito de ficção, sim: no cinema e nos livros. Com relação à vida real se iludir é uma barca furada.

E assim, é como se estivéssemos sempre correndo atrás de um carro de fórmula 1!
Quais as chances de alcançá-lo?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

o que pesa

Acho que quando a gente quer muito alguma coisa, muito específica, e não consegue, a frustração que isso causa vai atrapalhando a procura.
Quando uma coisa ruím se repete muitas vezes ao longo da vida, fico achando que sempre será assim. Por exemplo essa constatação que vou sendo obrigada a ver de que não faço falta a ninguém, como namorada. Sou pessimista, e tenho dificuldade de ter esperança de que vá ser amada por alguém. Provávelmente isso é um problema que eu mesma causo, por isso acho que ninguém merece aturar esse tipo de lamentação.
Achei que tinha encontrado alguém pra namorar, mas eu de fato me enganei.
Tem coisa que não dá pra pedir. Ou existe ou não existe. É muito ruím perceber que você não me quer. É assim que eu estou entendendo o que aconteceu.
O sossego que eu quero pro meu coração acho que não é possível conseguir, por que quando eu acho que estou no caminho e me empolgo, perco.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O FRIO, OS CACHECÓIS E AS COISAS DA VIDA

O inverno desse ano não veio pra brincar, se espalhou até pelas metáforas que podemos fazer com ele na vida cotidiana. Neste sentido, sinto um frio tão grande que nem meus cachecóis tão queridos conseguem barrar. É como se dentro de mim corressem aquelas serpentinas de gelar o chopp. É um frio que vem de dentro. Um inverno bem rigoroso em tons bem cinzas, sem veranicos pra aliviar.
A vida tá boa, mesmo assim. As coisas práticas estão sendo encaminhadas, estão andando mesmo, e isso é muito bom.
Quando o inverno se instala dessa forma tão abrangente, é como se ele fôsse durar pra sempre. É difícil acreditar que ele vá passar algum dia.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aperto.

Se hoje, agora, alguém me perguntasse o que mais quero na vida não saberia responder.
Agradeço diuturnamente por ter os meus filhos e por estarem bem de saúde, aprontando e estudando. Eles são realmente uns fofos.
Agradeço também por estar trabalhando e terminando a faculdade, por ter a minha casa, que ainda é habitat do caos, mas é nossa.
Não é que eu esteja infeliz, talvez falte alguma coisa. Hoje meu coração está apertado.

Mãe, condição estabelecida?

E desde quando ser mãe é algo consolidado ou estabedelecido?

Primeiro, eu era mãe de um bebê (meu mais velho); depois eu era mãe de uma criança; depois de uma criança (ele) e de um bebê (minha menina); depois de um pré-adolescente (ele) e uma criança (ela); depois de um pré-adolescente, uma criança e um bebê ( o mais novo); depois de um adolescente, uma criança e um pequeno. Agora de um adolescente, uma pré-adolescente e uma criança.

Daqui há pouco serei mãe de um adulto, uma adolescente e uma criança, depois dois adultos e um adolescente e, finalmente, de 3 adultos.

É processo, não é estático. Que coisa maluca, né?

Nós dizemos com tanta propriedade que somos mães, como se fosse algo fico. Talvez o correto fosse dizermos que estamos mães. Estando temos obrigações com prazo de validade, por que a vida (assim como a fila) anda.

Eu sei, eu sei, devem estar faltando uns parafusos na minha cachola...

CRISE DOS 30

Talvez, finalmente, a grande mudança resultante da crise dos 30 esteja começando a acontecer. Até por que, a minha crise veio quando completei 33, pois aos 30 estava grávida e não era a minha própria prioridade.
Acho que a entrada para a faculdade, aos 33 também, amenizou os efeitos negativos dessa crise, por que eu estava dando um grande passo e estava muito feliz por isso. Antes das dificuldades financeiras pesarem de modo insuportável, fui chamada para trabalhar - como consequência imediata de ser universitária.
No momento, a minha característica ou defeito que necessita urgentemente de trato é a inconstância. Nesse ponto, pesar a idade e tudo o que já vivi, dar uma olhada pra trás mesmo, pode ajudar a viver melhor.
Idade acumulada é bom também,sabem! Principalmente quando a cabeça está em plena atividade.

terça-feira, 1 de julho de 2008

PARA TRABALHAR COM ARTESANATO

Isto é um apelo.
Tenho um hobbe/vício/trabalho nas horas vagas, faço Crochê (aquele artesanato com linha e agulha, que é atribuido às avós e que anda muito na moda ultimamente).
Então, tá na moda fazem já uns anos. Vemos boinas, chapéus, saídas de praia, cachecóis, flores enfeitando blusas, lencinhos.
Acontece que eu gostaria de encontrar um canal pra escoar produção permanentemente ao longo do ano. Se alguém puder me dar uma idéia, muito legal.
Ficaria muito feliz em poder trabalhar com artesnato de forma organizada e permanente.