segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Educação e espaço público.

Ontem à noite, quando eu caminhava em São Gonçalo, vi uma cena que tenho visto se repetir cada vez mais, de dez anos pra cá:
 - Dois meninos, com aproximadamente 11 anos cada, andavam de bicicleta e passaram bem perto de uma senhora que, aparentemente, vinha de uma igreja evangélica (roupas,bíblia, cabelo preso), e gritaram para assustá-la, ao se aproximar bastante. Ela não se assustou, parou e olhou para eles,  e um disse: "quase cai, tia", com muito cinismo.

Entendo crianças curiosas mexendo onde não devem, olhando em buracos de fechaduras, aprontando com o grupo para merecerem pertencer ao grupo, rivalizando com a autoridade da família e da escola, mas qual o propósito em assustar e tentar provocar a queda de idosos, ou quaisquer transeuntes? De onde vem isso?

Se eu pensar nos exemplos que o mundo atual fornece, tenho de admitir que a violência está mesmo em alta.    Se eu pensar no pouco tempo que hoje se dedica a educação dos filhos, isso também faz sentido; me parece mesmo que a transmissão de valores, mais do que fora de moda, foi trancada numa gaveta, cuja chave foi derretida em seguida na fechadura. Só que todas as omissões, públicas e privadas, estão se voltando contra todos nós, omissos e bons pais.

Mas o que me interessa mesmo saber é: como é que a gene conserta isso? Como é que a gente põe os valores em alta de novo: honestidade, respeito, honra. Como?