terça-feira, 28 de julho de 2009

Agosto sempre começa mau.

Ando sem tempo, por isso faz dias, semanas, que não escrevo aqui. Mas a proximidade do dia dos pais começa a fazer o efeito nocivo que sempre vem com essa maldita comemoração.

Não tenho problemas com a comemoração daqueles que são, realmente, pais para os seus filhos, independente de estarem com a mãe deles ou não. O que me irrita é essa campanha para crucificar as mães que criam seus filhos sozinhas ou são separadas, como se elas fossem unicamente responsáveis pelas ausências paternas.

Tem leis sendo sendo criadas para criminalizar atitudes de mães que falam mau dos pais para os filhos. Ótimo, as pessoas precisam não envolver os filhos com assuntos que não lhes dizem respeito, como o casamento dos pais. Mas vejo colocações como se os pais, coitados, estivessem se esforçando para conviver com os filhos e não conseguissem por que as mães os impedem. Vai dizer pra uma mãe que ela não pode ver seu filho pra ver o que acontece!!

Se chegamos a uma situação em que são necessárias leis para garantir que os pais possam ser pais, em que momento a sociedade fará auto-crítica de que, historicamente, os filhos foram sempre colocados como responsabilidade exclusiva das mulheres? Além disso, os pais que não querem registrar os filhos continuam tendo esse direito. Então, se eles tem o direito de se recusar a assumir paternidade, do que estão reclamando wuando as mães assumem a tarefa sozinhas?

O que se quer: que as mulheres cuidem dos filhos, mesmo que sozinhas, mas dividam os direitos igualmente com quem quer se esquivar dessa tarefa?

Ah!! Faça-me o favor!!!