quinta-feira, 30 de agosto de 2012

39 anos e seis meses

Esta imagem é do filme COMER AMAR REZAR. Acho que a gente sabe que está em crise de meia idade, além da idade de 39 anos e seis meses - é claro, quando começa a pensar na relevância do que já fez e escolher em que poucas coisas vale à pena investir o tempo da próxima meia vida que esperamos viver, visando deixar algum legado, sobretudo quando temos filhos.
Não é um lugar agradável para se estar, eu acho. Já acumulou-se um tempo de vida suficiente para perceber, por exemplo, que não fazemos falta na vida de pessoas a quem dedicamos um tempo importante de nosso percurso e energia. É uma constatação de certa forma inútil, embora prática pra ajudar a canalizar nossos interesses em outros.
Por outro lado, não é a pior das situações, já que tenho perspectivas, talvez as melhores que já tive na vida até hoje, o que é curioso pra mim. Também há de se levar em conta esse momento histórico, mais próximo do pós 11 de setembro e nem por isso tão distante do pós segunda guerra mundial. Um mundo instável, no que tange ao funcionamento do capitalismo - menos industrial e, portanto, mais volátil ou líquido - potencializando a movência desta crise de meia idade.
O bom das crises é que não são eternas. Desarrumam para rearrumar. O ruím é que o estoque de paciência não estava pleno.