quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aperto.

Se hoje, agora, alguém me perguntasse o que mais quero na vida não saberia responder.
Agradeço diuturnamente por ter os meus filhos e por estarem bem de saúde, aprontando e estudando. Eles são realmente uns fofos.
Agradeço também por estar trabalhando e terminando a faculdade, por ter a minha casa, que ainda é habitat do caos, mas é nossa.
Não é que eu esteja infeliz, talvez falte alguma coisa. Hoje meu coração está apertado.

Mãe, condição estabelecida?

E desde quando ser mãe é algo consolidado ou estabedelecido?

Primeiro, eu era mãe de um bebê (meu mais velho); depois eu era mãe de uma criança; depois de uma criança (ele) e de um bebê (minha menina); depois de um pré-adolescente (ele) e uma criança (ela); depois de um pré-adolescente, uma criança e um bebê ( o mais novo); depois de um adolescente, uma criança e um pequeno. Agora de um adolescente, uma pré-adolescente e uma criança.

Daqui há pouco serei mãe de um adulto, uma adolescente e uma criança, depois dois adultos e um adolescente e, finalmente, de 3 adultos.

É processo, não é estático. Que coisa maluca, né?

Nós dizemos com tanta propriedade que somos mães, como se fosse algo fico. Talvez o correto fosse dizermos que estamos mães. Estando temos obrigações com prazo de validade, por que a vida (assim como a fila) anda.

Eu sei, eu sei, devem estar faltando uns parafusos na minha cachola...

CRISE DOS 30

Talvez, finalmente, a grande mudança resultante da crise dos 30 esteja começando a acontecer. Até por que, a minha crise veio quando completei 33, pois aos 30 estava grávida e não era a minha própria prioridade.
Acho que a entrada para a faculdade, aos 33 também, amenizou os efeitos negativos dessa crise, por que eu estava dando um grande passo e estava muito feliz por isso. Antes das dificuldades financeiras pesarem de modo insuportável, fui chamada para trabalhar - como consequência imediata de ser universitária.
No momento, a minha característica ou defeito que necessita urgentemente de trato é a inconstância. Nesse ponto, pesar a idade e tudo o que já vivi, dar uma olhada pra trás mesmo, pode ajudar a viver melhor.
Idade acumulada é bom também,sabem! Principalmente quando a cabeça está em plena atividade.