terça-feira, 30 de dezembro de 2008

30 de dezembro - só pra lembrar que as coisas mudam

Hoje é uma data que não posso deixar passar em branco, mas não quero me lamentar. Ao contrário, quero celebrar. Tenho meu amor de volta, depois de pensar que nunca mais o veria de novo. Nossos corações conversam novamente.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

ACABEI A GRADUAÇÃO

Estou me formando na graduação. Essa semana entreguei os últimos trabalhos.
É uma sensação maravilhosa.
Obrigado gente. Não teria conseguido sem ajuda.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

água - mudança de estados - instabilidade

Tenho a incômoda sensasão de viver no insólito.
Nada é, tudo está e mudará.
Vivos morrerão; profissões acabarão; outras surgirão sem quem as execute; a graduação está acabando; a pós começou; as crianças tornam-se adultos.
Me parece que essa é a causa desta sensasão de impotência que sentimos quando queremos consolar alguém. Dizer o que: vai passar, você vai superar, seja forte... sabendo que o que vai passar também somos nós.
É estranho ser mortal. E é estranho dizer isso, como se eu já tivesse sido imortal. Mesmo sendo a nossa condição, é difícil se conformar com perdas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Enterro, cemitério e a vida.

Recentemente, uma amiga, muito amiga, perdeu sua mãe. Lamento profundamente sua perda.



É curioso como a vida pode ser, ao mesmo tempo, tão plena e tão fulgaz.
De nada adianta pensarmos " e se...": e se eu teivésse escutado; e se eu não tivesse feito isso; e se eu tivesse feito aquilo... Tudo o que podemos fazer por nós ou por alguém qua amamos, só é possível enquanto estamos todos no mesmo plano, neste caso, vivos.
Opa: descobri a pólvora? não, senhoras e senhores. Mas a gente só lembra como é possível perder alguém de repente quando perde.
Vamos aproveitar a vida e os nossos vivos. Vamos dizer o quanto amamos aqueles que amamos, hoje, agora, sempre.
EU TE AMO MUITO, MEU AMOR.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Phil Collins e tenho andado

Phil Collins

Um dia desses, andando pela rua, ouvi o Phil Collins cantando True Collors. Disse: amo esse homem quando ele canta!! E isso me impeliu a pensar: - que sensações maravilhosamente relaxantes esse homem, que nem sabe da minha existência, é capaz de proporcionar-me. Como é curioso que uma música, uma peça de arte nem das mais clássicas, cuja história e motivação da composição eu desconheço, tem esse poder de me fazer tão feliz.
Foi ele também quem compôs a trilha sonora do Irmão Urso, um primor que sempre me faz chorar. Felicidade é uma coisa, de fato, muito particular.
Quantas já foram as vezes, em momentos de solidão, dor ou tristezas, que a felicidade pôde ser evocada através da beleza de uma música, somente por ser algo que encontra abrigo em nós e, assim, tem permissão de nos acalentar.

Tenho andado muito pra chegar ao meio do caminho, de onde eu nunca sai.
Andando cheguei ao meio do caminho
Andei muito pra chegar ao meio do caminho de mim, coro pra permanecer entre o que eu era e o que posso vir a ser.
É um caminho traiçoeiro: quanto mais avanço, maior ele se torna e, assim, quase correndo, permaneço no centro.
Ilusório caminho pois, o que hoje é o meio, onde estou, amanhã terá se tornado o início.
Dinâmico caminho que afasta-me de mim para que eu me encontre comigo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O PossíVel, o Desejável, o AceitÁvel e o Suportável

Vel, Vel, Vel, como um eco.
Não, senhoras e senhores, não se trata de versinhos e gracinhas.
Trata-se da vida de qualquer ser humano comum, sob este céu e sobre a Terra.

Vivo como me é possível e já afastei de mim o que me era insuportável. Estas são condições essenciais para a felicidade que tenho hoje.

Entrar para a faculdade foi um grande desejo que consegui realizar, e isso também me faz muito feliz. Nesse campo, aliás, devo dizer que estudar é um dos grandes prazeres da minha curta existência.

Há, no entanto, ainda, algo que desejo desesperadamente e que, no momento, não tenho por que não posso ter e, provávelmente, nunca terei. É possível viver sem o tesouro que desejo - tanto que eu me limito a nem pedir - mas, às vezes, parece insuportável a consciência desta impossibilidade.

Por que se conformar com a perda não aprendi ainda.?!
Afora isso, a vida é uma coisa maravilhosa, tanto quanto um quadro de Da Vinci e um texto de Shakespeare.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

HARRY POTTER






Sim, sim, em algum momento eu precisaria falar sobre ele: Harry Potter!!!

Há alguns anos, meu mais velho ganhou o primeiro livro da série, que leu sem a minha censura prévia. Meu primeiro pensamento era ler o livro assim que ele acabasse, por dois motivos:

- Para saber exatamente do que se tratava, devido à polêmica que já se formava em torno da obra;

_ Para, óbviamente, que ele tivesse com quem conversar sobre o livro.

Finda a sua leitura, com muito entusiasmo me pediu que lêsse o livro. Foi aí que eu me apaixonei. E quais as razões para isso:

_ Harry Potter é uma obra que podemos classificar como fantástico, uma obra em que a magia e o sobrenatural são muito reais. É a história de um bruxo, que vai para uma escola de magia, onde está representada toda uma civilização, como modos, costumes e regras internas próprias. Eu amo histórias irreais.

_ Harry fica órfão logo no início da história, sendo criado por parentes que não o amam, por que escolheram simplesmente não prestar atenção nele e tratá-lo como um estorvo. Mas ele não se torna alguém amargurado. Essa parte da sua caracterização fala comigo, diretamente. Passei parte da minha vida vendo "aquelas pessoas" querendo me reduzir a alguém que ia tomar conta da mãe, um estorvo. A solidão em Harry Potter é gritante.



Ao contrário de J. R. R. Tolkien, em o Senhor dos Anéis, J. K. Howling não cria uma mundo inédito para ambientar Harry Potter. O que ela cria é um novo povo, completamente integrado ao nosso mundo real, mas que vivem relações próprias entre si e entre os conceitos da boa convivência social, mas que são humanos com defeitos iguais a qualquer outro. Aparentemente é uma sociedade onde as pessoas estudam mais, inclusive a própria história.
Ao longo da obra, temos variados assuntos sendo abordados: amizade, traição, amor, confusões da adolescência, relações familiares harmoniosas e as distantes também.

Tocando nesse assunto, família, algo que me emociona tremendamente é o carinho com que a família Wesley ( do Rony) se relaciona com Harry Potter. Em detalhes, todos eles.

Me parecem ser, olhando desse ponto de vista, relações mais ricas e intensas. E isso é algo muito gostoso de acompanhar.

Embora eu esteja quase me formando na graduação de letras, Graças a Deus não perdi a capacidade de me entregar na mão de um autor sem pára-quedas.
Por hora, fico por aqui. Para quem ainda não leu, um conselho: esqueça tudo o que se diz sobre Harry Potter. Leia!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quanto tempo ou o que é o passar do tempo?

Nossa, uns dias poucos que a gente se concentra nos estudos menos modernos, tipo em livros (novos ou velhos), aquela antiga coisa de "pegar mesmo no conhecimento", e já se vai quase um mês entre uma postagem e outra. Que exagero é esse dos nossos dias que até o tempo está apressado, credo!!

A vida vai andando e arrastando a gente junto, às vezes suave como uma escada rolante, outras vezes, violenta como uma enxurrada. Por hora, vou indo com os meus próprios pés mesmo e está muito bom.

Para uma sexta cinzenta, como a de hoje, um bom livro, um bom filme e um "grande" amor ao lado para nos "guardar" é o suficiente. Todo o mais é supérfulo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Ensaio sobre a Cegueira - filme

Lugar comum, as obras Literárias são sempre melhores que suas adaptações. Também neste caso, não criou-se exceção. Acontece que, no entanto, o filme é tão perturbador quanto a palavra escrita. O cineasta encontrou soluções inteligentes para, simples e genialmente, limitar-se a transpor a história de Saramago para outra linguagem.
Merece prêmios por isso o Meireles. Se ele não fizer mais nada de bom pelo resto da vida, já inscreveu seu nome da história muito bem.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Uma aula do curso de letras atraiu meu foco

Uma sexta dessas, numa aula de literatura brasileira 2, a professora exibiu o dvd de Dom, produção cinematográfica brasileira recente, com Marcos Palmeira e Maria Fernanda Cândido. Em que pese o fato de ser uma adaptação super livre da obra de Machado, o filme é muito bem realizado, não assinando a essência da criação machadiana.

O que mexeu no meu foco foi, por incrível que pareça, o visual da Maria Fernanda - carioca, despojado, composto, e a sua atividade profissional: dança. Gostei muito de como recriaram a personagem, uma pessoa comum, mas com uma vida legal, bonita e que se cuida, sem exageros.

Fiquei pensando no que tenho feito com a minha vida. Numa certa acomodação em que parei, onde cabem poucas coisas, e excluem-se coisas simples, essenciais, como me cuidar e dançar.

Como é curiosa essa coisa de que, olhando de fora vemos melhor. Olhar para a sua vida fez eu ver a minha, nitidamente e, melhor, sem me magoar, sem ninguém me criticar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Um bom ano



UM BOM ANO - 2006.

Para mim, que já atravessei péssimos períodos, é bom poder perceber que a vida caminha em frente, mesmo que seja num ritmo mais lento do que eu gostaria.

Daí, cinema taí pra isso mesmo! Pra gente ver o Russell Crowe como um empresário que para tudo pra repensar a vida. Neste mundo louco-capitalista-idiota, só na ficção mesmo pra isso acontecer.

O problema é que a gente não devia conviver com coisas que não fizessem algum sentido, principalmente ficarmos nos aborrecendo com aquilo que, realmente, não valesse a pena.

2008 já entra pra história como um bom ano pra mim. O ano em que eu não parei, mas comecei a prestar atenção em mim pelos olhos de um hindu que ri torto.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A casa do Lago



Como conviver com alguém à distância, sem nunca ter visto? Não, senhoras e senhores, não estou falando de internet... Falo de desencontro no tempo e espaço.


A imaginação humana é, de fato, algo fascinante. A capacidade ilimitada que temos de criar, das mais diversas formas, sem limite algum é algo que não deveria ser desperdiçado.

A Casa do Lago é um filme em que essa capacidade imaginativa é bem utilizada, produzindo uma bela peça de ficção, e deixando a gente com uma puta inveja da Sandra Bulock por poder paquerar o Keanu Reeves, novamente.

Falando sério, às vezes, precisamos de um acontecimento inusitado que nos obrigue a repensar o que fazemos da nossa existência. Claro que num filme como este, o apelo é direcionado ao que fazemos com os relacionamentos amorosos ou com a falta deles em nossa vida, mas acaba sobrando para todos os campos: trabalho, casa, objetivos, tudo.

Bom, eu estava tentando colocar uma foto aqui, mas onde estou a internet ainda é a vapor, então, vai demorar e preciso ir embora. Depois eu coloco umas fotos de que gosto, prometo! (em 08 de setembro consegui por as fotos, mas quero deixar o comentário espirituoso registrado.)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Bom dia pra você, meu Hindú que ri torto.

Tem dias que tudo que se pode fazer é trabalhar e esperar, mesmo que isso custe muito e disso nós já sabemos, não é?
Ainda acredito que os idosos, em boa parte, de fato devem ser ouvidos sempre que possível, como a Cora Coralina abaixo:

"Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas."

Não, não são os seus olhos azuis que me hipnotizam... é o seu todo.

Bom trabalho, meu bem.

sábado, 9 de agosto de 2008

IRMÃO URSO


Da primeira vez em que eu vi Irmão Urso, levei um susto enorme. Era dia das mães, eu não conhecia a história, não tinha noção de como aquele filme me abalaria. Curioso dizer isso sobre um desenho animado, né? E quem disse que desenho é feito só pra criança?
Aprender, às vezes é doloroso demais. Podemos cometer enganos gravíssimos nesse processo. O filme conta um pouco essa história, no caso de um jovem teimoso que, como é comum na juventude, não mede as consequências dos seus atos, e não dá muita bola pra conselhos dos mais antigos.
Além da história, gosto muito desse traço arredondado e das muitas cores utilizados. Tecnicamente é uma obra muito bem realizada - boa "fotografia", efeitos sonoros e, principalmente, uma trilha sonora primorosa.
Com tudo isso, sempre me impressiono com a força com que essa história me mobiliza, relembrando aquele mesmo sentimento de tristeza vivido quando a conheci, embora seja um filme com final feliz.

domingo, 3 de agosto de 2008

COMO ÁGUA PARA CHOCOLATE


Como água para chocolate é uma obra classificada como literatura do fantástico.
FICHA TÉCNICA - TITULO ORIGINAL: Como Água Para Chocolate
ANO: 1993 PAIS DE ORIGEM: México IDIOMA: Espanhol DURAÇÃO: 113 min DIREÇÃO: Alfonso Arau
ELENCO: Marco Leonardi; Lumi Cavazos; Regina Torné; Mario Iván Martinéz; Ada Carrasco; Yareli Arizmendi; Claudette Maillé; Pilar Aranda; Farnesio De Bernal
Conta a história de um amor impedido por obstáculos sociais.
segue comentário de Cris da Silva.
" No início do século XX, numa fazenda mexicana, na fronteira com o Texas, Tita (Lumi Cavazos), a quem foi negado o direito de se casar, por ser a filha mais nova, e ter que permanecer ao lado da mãe Elena (Regina Torne) para cuidar dela, vive um amor ardente de paixão, contido, apesar de correspondido, por Pedro (Marco Leonardi), o qual acaba aceitando casar-se com sua irmã Rosaura (Yareli Arizmendi), apenas para permanecer perto da mulher que ama.Tita, que crescera nos braços de Nacha (Ada Carrasco), cozinheira da fazenda, envolta nos aromas mágicos da cozinha, e orientada pela sabedoria desta, desenvolve o dom como ninguém, transpondo para os alimentos todas as suas emoções, e destes, pra os comensais. É o que acontece quando, sem querer, derrama lágrimas sobre a massa do bolo de casamento de Rosaura com Pedro, e causa em todos que o experimentam, além de uma extrema comoção, uma incontrolável ânsia de vomito. Já para as codornas com molho de pétalas de rosa (as quais lhe haviam sido oferecidas por Pedro), Tita transfere toda a sensualidade, no despertar da recordação do grande amor de cada um que se delicia com este prato, que potencializa e exaltação deste sentimento, e faz desabrochar toda a libido. É neste momento que, Gertrudis (Claudette Maillé), contagiada pelo sentimento impregnado no molho, e exalando em toda a sua plenitude o odor das rosas, atrai para si o capitão revolucionário, e foge com ele, para profundo desgosto da mãe, e conquista da sua própria liberdade. Desde os biscoitos de nata, ao “mole” (prato típico mexicano), todos os alimentos são preparados, envoltos num ritual onde a magia do elo alimento/vida, aroma/perfume, sabor/sensação, textura/sensualidade... se exacerba numa magnitude que deleita o paladar da alma."

sábado, 2 de agosto de 2008

Message in a Bottle


Filme Uma carta de amor, com Kevin Costner.

Duração: 132 min. Ano de Lançamento: 1999
(do site) "Ao caminhar pela praia, Theresa Osborne (Robin Wright) encontra uma garrafa com uma carta romântica e extremamente sincera, pois era também uma despedida, um adeus. Ela fica tão impressionada que usa os meios que dispõe trabalhando como jornalista em Chicago e tenta saber quem escreveu a carta. Ela então descobre que foi escrita por Garret Blake (Kevin Costner), um construtor de barcos da Carolina do Norte, para Catherine (Susan Brightbill), sua esposa, e, ao conhecê-lo, fica sabendo que Catherine faleceu precocemente. Em pouco tempo surge uma atração mútua entre Theresa e Garret, mas os fantasmas que ele carrega não permitem que ele viva este novo amor por completo. "
Deve haver, com certeza, pelo menos uma centena de filmes dos quais eu gosto muuuuito. Este é um deles. O que acho curioso é que entrar para a faculdade, passar a estudar as teorias literárias, a história a partir das literaturas, ler mais clássicos, confrontar opiniões, não mudou o meu gosto por cinema. A grande influência que percebi foi com a televisão. Não consigo mais ver novelas, por exemplo, que é algo que existe desde que eu era criança.
Uma Carta de amor me atrai essencialmente pela história, além do elenco - que conta com Paul Newman como "pai do Kevin Costner". Em que pese o drama vivido pela morte da esposa, envolta numa conturbada relação entre a família da moça e o viúvo, o grande lance é que às vezes encontramos o que estamos procurando, ou o que precisamos, mas não percebemos, ou preferimos deixar escapar, ou simplesmente não confiamos na possibilidade de ser feliz. Só que viver não dura pra sempre e a vida pode acaber, de fato, abruptamente.


quarta-feira, 30 de julho de 2008

VOLTA ÀS AULAS

Meninos e meninas, as aulas recomeçaram. Será o meu último período (se Deus assim o permitir e me ajudar muito!).

Quando eu consegui a bolsa (integral) do ProUni pra estudar, em janeiro de 2006, lembro que me senti como se tivesse ganho na loto. Foi, de longe, uma das maiores alegrias da minha vida, por que eu não conseguia estudar o suficiente para passar no Vestibular das públicas, e já estava cansada de tentar. Foram uns 5 vestibulares.

Agora que estamos no início do período, ainda não sinto o fim do curso chegando, mas sinto o peso de ser o último período, onde a caminhada deve encontrar um desfecho, materializado no Trabalho Final - carinhosamente conhecido como PATA na Estácio (Produção Avançada de Trabalho Acadêmico).

Nas aulas de alguns professores, boa parte deles, ainda me sinto como se tivesse ganhado na loteria.

sábado, 26 de julho de 2008



Harold and Maude - Ensina-me a viver, um filme de 1971, com trilha sonora de Cat Stevens.

Um dos filmes mais lindos que já assiste. Na década de 80, durante a minha adolescência, conheci a história deste estranho par durante uma das minhas crises de insônia.


Maude é uma senhora de 79 anos. Harold é um rapaz de uns 18. Ela é apaixonada pela vida e vive plenamente. Ele tenta, a todo o custo, demonstrar o seu despreso pela existência, desperdiçando seu tempo em teatrais tentativas de suicídio, esforços em vão para chamr a atenção de sua mãe fútil e insensível.

Se conhecem durante um enterro, se apaixonam - é um romance lindo, embora completamente inusitado. Mas é uma amor lindo mesmo de se ver.




É um filme para chorar, mas não vale a pena estragar a surpresa, temque assistir.


sexta-feira, 25 de julho de 2008

PRA VOCÊ, MEU BEM.

Este texto é para você, meu amigo querido, mas pode servir para outras pessoas, principalmente pra mim.

Não é segredo para aqueles que me conhecem o meu desrespeito, para não falar em desprezo, pela figura paterna. Não creio que eu vá conseguir resolver isso no meu universo particular, devido ao meu passado e às más experiências neste sentido com os pais dos meus filhos, mas preciso ser justa e dizer que pai é, sim, alguém fundamental.

Conheci ao longo da vida outros pais (bons pais ou pais que assumiram o seu papel), mas estes são casados com boas mulheres, ou esposas que, mesmo não sendo as melhores mães do mundo, também não impedem a sua atuação). Mas ser pai tendo a mãe de um filho como maior empecilho é tarefa para poucos.

Você merece a minha homenagem e o meu respeito. Hoje, mais do que nunca, queria que você soubesse disso.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O ESPELHO TEM DUAS FACES



Resolvi inaugurar uma nova temática: cinema - os filmes que eu adoro assistir.

Para começar. O Espelho tem Duas Faces, com Barbara Streisand e Jeff Bridges, entre outros. O filme é de 1996 e conta, simultâneamente, duas histórias muito interessantes sobre uma solteirona professora de Literatura: sua relação com a mãe - alguém que faz questão de ofuscar as filhas, e sua própria transformação quando encontra o amor, e resolve lutar por ele.

Dois professores da Columbia University sentem-se solitários, após sofrerem uma decepção amorosa. Ele, Gregory Larkin (Jeff Bridges), é um professor de matemática extremamente introvertido e que ainda idolatra Candy - sua ex-namorada que o trocou por outro.
Ela, Rose Morgan (Barbra Streisand), é uma professora de literatura muito comunicativa, que viu sua grande paixão, Alex (Pierce Brosnan), se casar com sua irmã.

Tentando se livrar da solidão e encontrar com quem conversar, Gregory coloca um anúncio num correio sentimental. Sua irmã decide responder como se fosse apenas Rose, já que ambos pertencem a mesma universidade. Após alguns encontros totalmente platônicos e devido a um erro de interpretação de uma aula de Rose, Gregory a pede em casamento, propondo terem uma união baseada apenas nas suas preferências intelectuais e totalmente desprovida de sexo. No início ela consegue suportar tal situação, mas sofre uma grande decepção ao constatar que ele não a deseja e foge. Se refugia para, então, encontrar a si mesma.

Com um elenco de ótimos atores em um bom momento (Lauren Bacall, Mimi Rogers e Pierce Brosnan - ele mesmo, o 007), embalado por uma trilha sonora que tem até Pavarotti, é um filme romântico com um pouco de comédia, mas, acima de tudo, uma bela representação de como às vezes é duro seguir em frente, por que o colo que a gente quer nunca cai do céu nem vem numa bandeja- temos que lutar por ele.

Gosto muito desse filme por que, em algum momento, assim como na vida, cada um é chamado a refletir sobre si mesmo: o que quer, o que ama, onde está, onde está o que ama, se reflete ou não. (Além disso, o Jeff Bridges é um gato!!!!)



sexta-feira, 18 de julho de 2008

Quando eu crescer, quero ser assim!

Enquanto vamos caminhando nesta vida, só Deus sabe pra onde, nos deparamos com diversas situações e pessoas. As boas sempre vale a pena serem lembradas.

Lá onde eu trabalho tem uma galera muito legal. Há uns malas, assim como eu mesma, por que do Paraíso ainda não tenho e-mail, orkut ou endereço, mas um dia eu chego lá. Então, tem um ser humano maravilhoso, que é a Cris. Sem maquiar em nada a realidade, ela é capaz de fazer a gente ganhar o dia no que tange a não se abater com as situações. É muito criativa, alto astral e tem umas tiradas ótimas, como a das "drogas pesadas" (piada interna, perdoem).

Sempre que eu me pergunto: " que que'u tô fazendo aqui?", lembrar-me dela ajuda a voltar para a postura necessária para estar nessa sociedade capitalista e selvagem. Quando eu crescer, quero ser assim. Por hora, agradeço por ter você na minha vida.

Essa semana ela entrou de férias, merecidíssimas, diga-se de passagem. Então, boas férias, boa recuperação, que tudo aconteça muito certo pra você, gatíssima.

O momento certo.

O momento certo para uma coisa boa acontecer é quando mais precisamos que uma coisa boa acontece. Frase besta, né?
Quando a gente está bem, com as contas em dia e o suficiente para ter uma vida decente, 2.10 não nos dizem muito. Quando a gente precisa chegar na hora pra uma entrevista de emprego, 2.10 (que é o preço da passagem daqui de casa até Niterói) é ouro!
E não falo isso só pelo dinheiro, não.

No ano passado, no final de maio, minha vida foi atacada por uma quadrilha que queria acabar comigo. Fiquei muito desesperada, foi um dos piores momentos, senão o pior, que já passei na vida. Quando estava me despedindo das pessoas no trabalho, por que tive que pedir as contas e ficar em casa pra não roubarem os meus filhos de mim, quando achava que a minha vida ia se acabar com aquela situação, a mãe de uma (então) colega de trabalho ligou pra ler uma mensagem pra mim.

Foi a mãe da Claudia (claudião da recepção). Uma senhora evangélica que me fez ver que agente nunca está sozinho, mesmo quando achamos que tudo se acabou, isso não é verdade. Deus não nos abandona assim.

Ela nunca me viu, nem eu a ela, mas ela me salvou do meu próprio desespero naquele momento, e isso sim não tem preço.

Um beijão, Dona Vera. Um beijão Claudia.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Carta para o PC do B - A/C - José Reinaldo - Junho/2008

No dia 28 de abril de 1989 eu assinei minha ficha de filiação ao PC do B (Partido Comunista do Brasil), assim que fiz 16 anos e tirei meu título de eleitora. Havia conhecido a UJS na minha escola, o Colégio Estadual Central do Brasil, onde tinham ido construir o Grêmio.
Poderia escrever um livro inteiro contando a história da minha vida no Partido, mas isso não seria adequado ao objetivo desta. Fundamental é dizer que, se não tivesse entrado para o PCdoB, certamente eu seria bem outra pessoa e, provavelmente, não teria feito metade do que fiz na vida até hoje. A minha origem (familiar) me apontava como caminho a subserviência, a mediocridade como regra. E como grande objetivo, cuidar (ou servir) a alguém - mãe e depois marido.
Principalmente por ter me permitido aprender a dirigir minha própria vida, rendo homenagens ao Partido, ao papel libertário que exerceu sobre mim. Sim, estou formalmente me despedindo de suas fileiras. Na prática, já se vão 7 anos fora da organização de base.
Para usar minhas próprias palavras, não me acostumo com essa modernidade em que qualquer um entra para o partido para ser candidato , e o pleito eleitoral ser a luta mais importante, em nome da qual o partido parece descaracterizar-se.
Conheço os argumentos de que lançariam mão para rebater-me, mas o fato inegável é que não consigo desconsiderar aquilo que, me parece, caracteriza o partido, a perda do povo como referência, a priorização - na prática - dos interesses particulares sobre as necessidades e conscientização da população.
Preciso deixar claro que não coloco todos os membros (que conheço, principalmente) num mesmo pacote. Não são poucos os reais comunistas, comprometidos com os ideais e que, por isso mesmo, passam por angústias como eu. Mas o partido já não é mais um, e tenho dificuldade de me adaptar.
Finalmente chegou o momento em que a maior parte do que me mobiliza já não encontra eco no seio do PCdoB. E continuaremos lutando, cada qual na frente de batalha que a vida nos impôs.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

UNIVERSIDADE PARTICULAR

Houve um tempo em que ter concluido o 2º grau significava ter um determinado nível de informações, suficiente - por exemplo - para estar bem colocado no mercado de trabalho. Hoje para ser contínuo (não querendo desmerecê-los) é necessário ter 2º grau. Ou seja, a formação está perdendo a qualidade, e temos que estudar mais tempo para aprender menos coisas.

No meu caso, na Universidade Particular, não posso me gabar das minhas notas nem, tomando-as como parâmetro, acreditar que tenha alcançado uma boa formação, por que isso seria uma ilusão. Gosto muito de ficção, sim: no cinema e nos livros. Com relação à vida real se iludir é uma barca furada.

E assim, é como se estivéssemos sempre correndo atrás de um carro de fórmula 1!
Quais as chances de alcançá-lo?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

o que pesa

Acho que quando a gente quer muito alguma coisa, muito específica, e não consegue, a frustração que isso causa vai atrapalhando a procura.
Quando uma coisa ruím se repete muitas vezes ao longo da vida, fico achando que sempre será assim. Por exemplo essa constatação que vou sendo obrigada a ver de que não faço falta a ninguém, como namorada. Sou pessimista, e tenho dificuldade de ter esperança de que vá ser amada por alguém. Provávelmente isso é um problema que eu mesma causo, por isso acho que ninguém merece aturar esse tipo de lamentação.
Achei que tinha encontrado alguém pra namorar, mas eu de fato me enganei.
Tem coisa que não dá pra pedir. Ou existe ou não existe. É muito ruím perceber que você não me quer. É assim que eu estou entendendo o que aconteceu.
O sossego que eu quero pro meu coração acho que não é possível conseguir, por que quando eu acho que estou no caminho e me empolgo, perco.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O FRIO, OS CACHECÓIS E AS COISAS DA VIDA

O inverno desse ano não veio pra brincar, se espalhou até pelas metáforas que podemos fazer com ele na vida cotidiana. Neste sentido, sinto um frio tão grande que nem meus cachecóis tão queridos conseguem barrar. É como se dentro de mim corressem aquelas serpentinas de gelar o chopp. É um frio que vem de dentro. Um inverno bem rigoroso em tons bem cinzas, sem veranicos pra aliviar.
A vida tá boa, mesmo assim. As coisas práticas estão sendo encaminhadas, estão andando mesmo, e isso é muito bom.
Quando o inverno se instala dessa forma tão abrangente, é como se ele fôsse durar pra sempre. É difícil acreditar que ele vá passar algum dia.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aperto.

Se hoje, agora, alguém me perguntasse o que mais quero na vida não saberia responder.
Agradeço diuturnamente por ter os meus filhos e por estarem bem de saúde, aprontando e estudando. Eles são realmente uns fofos.
Agradeço também por estar trabalhando e terminando a faculdade, por ter a minha casa, que ainda é habitat do caos, mas é nossa.
Não é que eu esteja infeliz, talvez falte alguma coisa. Hoje meu coração está apertado.

Mãe, condição estabelecida?

E desde quando ser mãe é algo consolidado ou estabedelecido?

Primeiro, eu era mãe de um bebê (meu mais velho); depois eu era mãe de uma criança; depois de uma criança (ele) e de um bebê (minha menina); depois de um pré-adolescente (ele) e uma criança (ela); depois de um pré-adolescente, uma criança e um bebê ( o mais novo); depois de um adolescente, uma criança e um pequeno. Agora de um adolescente, uma pré-adolescente e uma criança.

Daqui há pouco serei mãe de um adulto, uma adolescente e uma criança, depois dois adultos e um adolescente e, finalmente, de 3 adultos.

É processo, não é estático. Que coisa maluca, né?

Nós dizemos com tanta propriedade que somos mães, como se fosse algo fico. Talvez o correto fosse dizermos que estamos mães. Estando temos obrigações com prazo de validade, por que a vida (assim como a fila) anda.

Eu sei, eu sei, devem estar faltando uns parafusos na minha cachola...

CRISE DOS 30

Talvez, finalmente, a grande mudança resultante da crise dos 30 esteja começando a acontecer. Até por que, a minha crise veio quando completei 33, pois aos 30 estava grávida e não era a minha própria prioridade.
Acho que a entrada para a faculdade, aos 33 também, amenizou os efeitos negativos dessa crise, por que eu estava dando um grande passo e estava muito feliz por isso. Antes das dificuldades financeiras pesarem de modo insuportável, fui chamada para trabalhar - como consequência imediata de ser universitária.
No momento, a minha característica ou defeito que necessita urgentemente de trato é a inconstância. Nesse ponto, pesar a idade e tudo o que já vivi, dar uma olhada pra trás mesmo, pode ajudar a viver melhor.
Idade acumulada é bom também,sabem! Principalmente quando a cabeça está em plena atividade.

terça-feira, 1 de julho de 2008

PARA TRABALHAR COM ARTESANATO

Isto é um apelo.
Tenho um hobbe/vício/trabalho nas horas vagas, faço Crochê (aquele artesanato com linha e agulha, que é atribuido às avós e que anda muito na moda ultimamente).
Então, tá na moda fazem já uns anos. Vemos boinas, chapéus, saídas de praia, cachecóis, flores enfeitando blusas, lencinhos.
Acontece que eu gostaria de encontrar um canal pra escoar produção permanentemente ao longo do ano. Se alguém puder me dar uma idéia, muito legal.
Ficaria muito feliz em poder trabalhar com artesnato de forma organizada e permanente.

terça-feira, 24 de junho de 2008

DIA DE SÃO JOÃO

Meu pai São João Batista é Xangô. é dono do meu destino até o fim. O dia em que perder a fé no meu Senhor, que role essa pedreira sopbre mim...
Salve pelo seu dia!

Me sinto estranha, parece que tem alguma coisa fazendo peso, com aquela vontade imensa de ir embora pra bem longe daqui, São Paulo ou mais longe.
Às vezes eu queria ficar um pouco longe de mim.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Preciso viver no presente..

Não sei como é com vocês, mas eu tenho um grande problema: meus verbos estão todos no futuro. Vou me formar em 2009, vai melhorar o salário quando eu me formar, sabe, parece que a vida ainda vai acontecer.

Tento combater isso, mas cho que sou dispersa, ou desanimo.
Nisso meu bem fez-me um grande favor - o que me disse sobre mim me animou a viver no presente, me saber, me ver. Para viver não tem outro jeito, anão ser a gente viver a própria vida.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

DIA DE SANTO ANTONIO

Salve! Santo Antonio, proteção.

Meu Santo Antonio de Lisboa, olha esse mundo como está...Quem me abraçava antigamente, Ah!, meu Santo Antonio, hoje quer me apunhalar...

Essa coisa de se entender, se saber e se conhecer demanda um grande esforço, principalmente de concentração. Acredito que valha a pena enveredar por esse caminho, embora pareça uma estrada longa e sem asfalto.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Para aprender , ou a ARTE DE RECEBER

Lugar comum é dizer que ninguém é tão sábio que não tenha nada pra aprender, assim como ninguém é tão burro que não tenha nada pra ensinar. Todo mundo se vê sabedor disso.
Na prática a coisa é bem outra. Mea culpa, tenho me deparado com o fato irremediável de que sou como todo mundo nisso também.

Acontece que aprender consiste em estar aberto para receber, trabalhar e apreender. E não falo somente de informações ou conhecimento, não. Falo de aprender a amar, a conviver, escutar, conhecer, reaprender a viver mesmo.

Talvez uma das coisas mais difíceis de se aprender seja escutar, sobretudo quando o que há pra ouvir é um não, ou são críticas e observações, qualquer coisa que contrarie a nossa vontade e expectativas. Perdemos oportunidades preciosas por que não estamos, em geral, abertos de fato pra escutar.

É trabalhoso, inicialmente causa um certo desconforto, mas é reconfortante. Se permitir aprender é uma forma de amar. Saber escutar é uma forma de demonstrar amor por alguém.

Tem dias em que tudo o que eu preciso é de alguém escutando as minhas lamentações e rabugices. Por isso eu quero te agradecer.
Às vezes tenho vontade de perguntar o que temos, você e eu. O que é que traz essa paz quando estamos juntos? No entanto, quando a gente se abraça essa vontade passa e não importa saber nada. Todos os dias tenho vontade de abraços seus.

ENDEREÇADO A JCCM

É provável que você nunca leia o que agora escrevo. Se vier a ler, é possível que eu jamais venha a saber. Mesmo assim, escrevo.

Semana passada, numa quinta à tarde, na Praça XV - Centro do Rio, vi um rapaz alto correndo para pegar um ônibus. Usava boné e, como era muito alto e branco, tendo as coxas grossas como as suas, por uns dolorosos segundos pensei que fosse você. Então me senti muito tola e pequena.

Minha primeira versão para esta frase é: Assim, se algum dia, por qualquer motivo que seja, na improvável hipótese de você querer me ver ou falar comigo, por favor não faça isso.

Mas, espero que isso passe. Não estou com raiva de você. Só preciso aceitar quer você não é pra mim.




sexta-feira, 6 de junho de 2008

Namorar (isso não é uma indireta para formatar) é com calma mesmo...é bom!!!

Parece uma coisa tão estranha, pra mim, a forma como as pessoas se relacionam atualmente. De todas as formas.

No trabalho, busca-se relaciomentos que tragam algum fruto na vida profissional - na carreira. Nos "afetivos", o que anda em falta é a tal afetividade. Ficar, Pegar, Dar, esses são os verbos que se conjugam. Tudo com pressa, nada pode perdurar. E vale a quantidade de ficantes, é uma competição quantitativa.

É bom quando a gente se depara com a possibilidade de curtir com calma as coisas, como a gente faz. Sem necessidade de nomear, mas sem esse desespero apressado. É bom poder passar horas conversando, trabalhando junto, andando, enfim, com alguém, tranquilamente.

Nada contra selvagerias sexuais, ou sexo sem selvageria, ou seja lá o que for, quando for o caso. É bom poder ir devagar.

O outro é como um universo - infinito de possibilidades. E nós somos abusados o suficiente para achar que conhecemos bem ou completamente o nosso próprio universo, igualmente infinito.

(viu...beatriz também é filosofia, ha! ha!)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

TEMPOS, ou quando o torto do cachimbo na boca nunca se desfaz...

Dez minutos. Dez minutos, às vezes, é a exata distância entre jogarmos tudo pro alto/fazermos uma grande besteira, ou calar/escutar/refletir e ganhar algo com isso.
Falo de cadeira. Quando não guardamos um tempo mínimo para observar ou entender uma situação, frase ou palavra, errar é batata.
Num mundo em que tudo é pra ontem, em que ninguém pode esperar, até para curtirmos gestos ou momentos de extrema felicidade fica difícil, por que esse modo de vida efêmera acaba nos contaminando.

Nada a ver com isso, quando a gente entra para alguma organização fechada, seja religiosa ou política principalmente, numa idade muito inicial da vida, isso acaba moldando muito. Tanto que é estranho desconstruir o formato depois. Quando a gente acaba tendo de fazer isso se sente meio sem chão.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

QUEM VAI DIZER TCHAU? NANDO REIS

Quando aconteceu?
Não seiQuando foi que eu deixei de te amar?
Quando a luz do poste não acendeu?
Quando a sorte não mais soube ganhar?
Nãofoi ontem que eu disse nãoMas quem vai dizer tchau?
Onde aconteceu?
Não seiOnde foi que eu deixei de te amar?
Dentro do quarto só estava eu
Dormindo antes de você chegar
Mas, não
Foi ontem que eu disse não
mais quem vai dizer tchau?
A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho
Guardar lá dentro o amor não impede
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito
Tornar o amor real é expulsá-lo de você
Para que ele possa ser de alguém
Somos, se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais
Houve o que houve
E o que escondem em vão
Os pensamentos que preferem calar
Se não
Irá nos ferir o não,
Mas que não quer dizer tchau.

Impressões

Para quem não me conhece, ler o que eu escrevo pode passar uma impressão “Brastemp” de um “tanguinho”...Sou pisciana e, embora não seja completamente rendida ao ZEN, aquele símbolo de um peixe que nada pra cá eoutro pra lá me representa bem.
Sempre gostei de estudar, sou capaz de guardar uma série de informações; ouvir e esperar, mas posso – frequentemente – me pegar em mínimos detalhes.
Devo concordar quando dizem que as mulheres são muito vingativas. Posso até não planejá-la, mas curto e aproveito a oportunidade se surgir. Gosto de cobrar a conta.
Sei que isso não é bonito, mas fazer o que, né?

Um dia feliz

Às vezes, tudo o que a gente precisa é descansar no abraço de alguém, com calma, sem pressa, sem ter de levantar escudos de proteção.
Às vezes, uma coisa aparente pequena ou simples que fazemos por alguém nos faz um bem também, por que tem um efeito maior do que a gente esperava.
Todos os dias tenho a certeza de que nasci na época errada. Essa pressa, essa urgência, essa pró-atividade exigida diuturnamente, essa frustração com os limites do humano, nada disso me é indiferente. Dificulta viver, quando se acredita que viver é produzir, aprender, sonhar, abraçar, estar de fato com alguém

Rabugices de uma velha criatura feliz.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

NÃO ME DÊEM MAIS JORNAL DA UNIVERSAL!!!!

Assim como os papeizinhos distribuídos no centro do Rio, por aquele exercito de pessoas que fica bem no meio do caminho, impedindo a passagem, o jornal da igreja universal não serve pra nada, a não ser arregimentar eleitores para suas bancadas nos parlamentos.
Sempre que me oferecem esse raio desse jornal, eu o recuso por que não vou lê-lo. Vejo que muitas pessoas o recebem para aparentar uma “boa imagem”.
Pergunto: por que as pessoas se sentem obrigadas ou “politicamente corretas” aceitando um jornal de uma Igreja. Por que as pessoas associam religião e caráter? Se é de seita A, não presta. Se é da igreja B, presta. Como assim?
Igrejas e seitas religiosas, assim como clubes e partidos políticos, são formas de organização criadas pelo homem.
Durante a Idade Média, por exemplo, a Igreja Católica não permitia mais que 5 banhos por ano, por que tocar o corpo era pecado (simplificando). Imagina quantas pessoas morreram de doenças infecciosas por causa disso! Algumas religiões anteriores ao cristianismo ofereciam sacrifícios de pessoas a seus Deuses.
Tem também as perseguições empreendidas por uma religião, estabelecida, contra outra, insurgente. Politeístas jogando cristãos aos leões, católicos perseguindo protestantes, judeus e pertencentes aos cultos de origem Africana, protestantes perseguindo candomblecistas e umbandistas. Não imagino um Deus, qualquer que seja, que pregue a perseguição a outros semelhantes como forma de elevação do espírito e melhoramento do ser humano.
Não, senhoras e senhores. Eu não sou atéia. Tenho fé e muita, peço proteção e forças para continuar todos os dias. Sei que sou só humana. Essa é a minha condição. Divino é superior,

segunda-feira, 26 de maio de 2008

segunda, início de semana de trabalho.

Por curioso que seja para uma segunda-feira, principalmente de manhã, estou no melhor dos bons humores. Sinto uma felicidade tranquila há muito esquecida. É como se eu tivesse me encontrando com alguém muito familiar, mas que eu não via há um certo tempo. Me achei.
Tem umas coisas que parecem tirar a gente de sintonia. Quando fazemos muita coisa ao mesmo tempo, como é hoje em dia, é até difícil saber ao certo qual a causa disso. A pancada fatal, é claro, localizamos pela dor.
Quando entrei pra faculdade, e consegui a bolsa do ProUni, me senti como se tivesse ganho na loteria. Ainda estou muito satisfeita comigo mesma por ter entrado pra Universidade.
Entrar pra faculdade, mergulhar de cabeça nisso, também ajudou-me a me perder de mim. Como o passar do tempo e o avanço no curso, e à medida que fui estudando as teorias, reparei que estava sendo desconstruida, paulatinamente. (estranho, né?)
Acho que agora o gesso começa a secar. Logo a obra estara pronta para ser finalizada, cuidada em seus detalhes.

Parece que a primavera vai pular o inverno, esse ano.
Primavera é tempo de florescerem as coisas vivas, ou despertar quem estava ibernando.
Que venha a nova estação, então!

Meus Vícios

Escrever, assim como ler, assim como ler, assim como e beber é passível de tornar-se vício. Acho que ainda estou na categoria dos que o fazem socialmente – ler, escrever e beber, mas beber é o que menos faço. E não fumo!

Assumir as escolhas

Até 1998, quando passei o natal na minha mãe pela última vez, eu ainda utilizava a seguinte frase: tenho que passar o natal lá, embora me faça um mal imenso, me traga lembranças infelizes da infância, ou seja, contra a minha vontade.
Perto do natal de 1999, quando eu já morava na MINHA CASA e começou o que eu chamo de “inferno do natal” (aquele período a partir de meados de Outubro, em que “eles” começavam a me ligar, por que eu tinha que passar o natal lá), finalmente pude dizer: NÃO VOU POR QUE NÃO QUERO IR. NÃO SUPORTO NATAIS ASSIM.
Naquele ano fugi para a casa de uma amiga no interior, desliguei o celular até o dia 31/12. (meu pai disse que eu que me danasse, que eu não interessava, nem minha vontade). Depois eu soube que ele foi à minha casa, planejava me levar à força pra casa dela. Como eu imaginava, o 1º natal de liberdade seria o mais difícil, mas valeu a pena.
As nossas escolhas temos que bancar, custe o que custar. Vale a pena fazer isso. É claro que a gente paga um preço. Pra começar, não conseguimos mais enganar a nós mesmos. Sabemos o que queremos, mesmo que usemos ou tentemos usar o outro como muleta.
Às vezes a dificuldade maior não está em fazer a escolha, mas sim em assumi-la.

Mães

Pra mamãe, as mães necessariamente amam os filhos e querem o seu bem. Acontece que, como não é tão simples e linear assim, há distorções nessa convicção. Mães são, antes de tudo, mulheres. Frequentemente usam os filhos como justificativa para as posições que tomam e, principalmente, para as que deixam de tomar.
Como filhos não dão bons escudos, é aí que o negócio costuma embolar.
Minha mãe é que estava certa: toda mãe deveria, necessariamente, amar acima de tudo aos filhos e ser a maior interessada em seu bem estar.
No meu modo de ver, não é preciso se anular das outras partes da existência para se ser mãe. Isso até atrapalha.
Mulheres por completo ou plenas são melhores mães, por que não vão tratando as suas questões. Não precisam procurar “tapete para baixo de onde varrer os problemas”.

domingo, 25 de maio de 2008

Porque luto ou por que comecei a lutar.

Seria correto ou mais correto dizer que a minha família me impeliu a lutar por mim, na medida em que não me entendia, não respeitava as minhas particularidades e não percebia ou parecia não perceber o quão deslocada eu me sentia naquele ambiente.
Via de regra, os nossos pais (nossos por que não sou filha única) pareciam estar mais preocupados com a opinião um do outro, e um em infernizar a existência do outro. Dessa forma, fomos crescendo sem quem acompanhasse as nossas questões particulares.
Mamãe cuidou muito bem de ensinar os princípios, a começar pela "vergonha na cara" (como ela diz). Mas, por outro lado, sou uma péssima dona de casa e, certamente, nunca serei uma esposa. ao seu modo, no entanto, ela lutou por nós enquanto seus filhos, com os quais ela tinha obrigações impostas pela sociedade.
Lutou boa parte da vida contra um homem relapso como pai e péssimo marido. Também não duvido que tenha nos amado e ainda ame muito. Mas não nos via como pessoas, talvez achasse que devíamos ser uma extensão dos antepassados, ou dela, ou do pai.
Pra fugir precisei lutar muito.

Como a gente se aborrece sozinho ou como somos causa do nosso próprio aborrecimento

A paranóia, além de ser uma coisa muito feia, é um mal que parece acompanhar a humanidade ao longo de sua história. Exemplo clássico está em Otelo, de Shakespeare, onde o mouro acredita nas intrigas de Iago contra sua amada, como se fôsse certo que não merecia a felicidade de que estava gozando.
Frequentemente sou acometida por este mal. No meu caso, tenho a certeza de que ninguém no mundo (olha que mega paranóia!) sente a minha falta. Embora não seja "baladeiro de plantão", como tem no orkut, também não chego a ser um exemplar de eremita, sei disso.
Mas, de vez em quando, é bom quando me provam que estou errada. Alguém nos diminue e a gente acredita que vale pouco ou menos que isso.
Obrigada.

sábado, 24 de maio de 2008

Minhã mãe - como as coisas retornam.

Quando ia trabalhar, hoje de manhã, o caminho estava livre. Estava uma linda manhã de sol e, sendo outono, fazia um ventinho ameno. Fui com a mente livre e me ocorreu algo em que nunca havia pensado antes:
- Assim como eu, minhã mãe saiu de casa para fugir do pai! Ela foi trabalhar fora, mas perto de casa, e depois veio embora pro Rio com a patroa. Veio embora por que não era compreendida, não se sentia aceita nem amada por ele.
a primeira grande diferença entre nós é que ela (segundo suas palavras) o amava muito e sentia-se preterida por ele, que se derretia todo por uma irmã "lora" e mais nova. No meu caso, a antipatia veio já durante a gravidez.
Será que ela pensa que a minha fuga deles é um castigo?
Gosto muito dela e por toda a minha infância acreditei que ele era de todo boa pessoa e sem defeitos. Claro que o encontro ou a consciência do real causou um choque e abalou nossas relações, até por que foi no início da minha adolescência.
Nunca me esqueço da dor que senti ao perceber que ela, deliberadamente, discriminava sua filha mais velha, minha irmã. E me preferia. Isso mesmo, ela fez qual seu pai. Fico pensando se ela não percebia, se nunca fez ou nunca lhe ocorreu essa associação.
Em algumas matérias da faculdade conversamos sobre essa coisa das pessoas frequentemente passarem pelas coisas, sem reflexão. Alguns filosófos ja cantaram essa pedra, também.
Assim caminha a humanidade! (mamãe adora esse filme)

Outono, que vem antes do Inverno, véspera de primavera

Passados esses meses, formam um conjunto novamente o que antes eram cacos. Sobrevivi! E chega de lamentações. De fato, "escolher é renunciar."
A vida é como as estações do ano, volta e meia muda o clima sem saírmos do lugar. Eu gosto do inverno. Ganho abraços diários do meu cachecol, e aquele afago na cabeça das minhas muitas tocas. (Sinto muito frio...)
É bom escolher, mesmo que isso cause dor. De qualquer forma pagamos pelas escolhas, e quando não são nossas o desastre é maior.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Já entendi!

Dark Is The Night For All (Escura é a noite para todos)
A-ha

It's time we said goodbye (É tempo de nós dizermos adeus)
Time now to decide (tempo de decidir agora)
O don't you feel so small (Oh! não se sinta tão pequeno)
Dark is the night for all (Escura é a noite para todos)

It's time we moved out West (é tempo de nós mudarmos de direção)
This time will be the best (O tempo estará melhor)
And when the evenings fall (e nas noites de outono )
Dark is the night for all (Escura é a noite para todos)

It's time ... yeah, to break free (É tempo... sim, de libertar-se)
It's time to pull away (É tempo de ir em frente)
For you and me (Para você e eu)

It's time ... yeah, to break free (É tempo... sim, de libertar-se)
We need to celebrate the mystery (Nó precisamos celebrar o mestério)

It's time we said goodbye (É tempo de nós dizermos adeus)
Time for you and I (tempo para você e eu)
O don't you feel so small (Oh! não se sinta tão pequeno)
Dark is the night for all (Escura é a noite para todos)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

ESPERANÇA

A esperança, que raramente caminhava ao meu lado na vida, agora é minha tábua de salvação.
Creio que muitas coisas nos separam, a começar por nós. Mas aquilo que eu mais temia está afastado, por que você não deixou de me amar e isso é maravilhoso.
Agora, enquanto cuidamos das nossas vidas, eu preciso aprender a calar e você a falar. Ou não! Talvez a gente tenha que aprender só a aceitar essas grandes diferenças que nos constituem.
Saber que você não deixou de me amar é muito importante pra mim, principalmente por que eu amo você muito e quero muito o seu bem.
Adoro quando você fala, quando você ri, mesmo quando debocha das minhas preocupações.
Você é um homem lindo. Meu amor! Amar você é muito bom, sabe? É algo que me completa, que mantém meu coração aquecido.
bia.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Talvez, afinal, ainda tenhamos de esperar mais tempo. Talvez ainda não estejamos prontos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

PESAR

Me sinto como alguém que perdeu um ente querido, como alguém que sabe que nunca mais verá aquela pessoa querida, só que dói um pouco mais e é mais difícil de se conformar. Uma sensação de impotência e de frustração enormes.
Estou cansada desse sofrimento. Embora esteja tentando, não consigo tirar essa dor do meu peito.
Já que perdi minha felicidade, gostaria que pelo menos essa dor passasse logo.
bia.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

DISTÂNCIA

Frequentemente pensamos em distância como uma coisa simplesmente física e material, sempre ligada a localização geográfica. Habitualmente somos capazes de afastar alguém ou nos afastarmos dele por palavras.
Com a intenção de começar a diminuir as lacunas entre nós deixadas pelo tempo em que vivemos afastados, te contei uma coisa que considerava ser, para você, importante saber. Para meu desespero, ao fazer isso consegui aquilo que me causava mais medo na vida: afastar/perder você, nem sei ainda o que está acontecendo.
Me sinto ofendida com a sua reação, principalmente por que, ao que tudo indica, você deixou de me amar ao conhecer uma parte da minha vida. Por mais absurda que essa idéia me pareça, é o único entendimento que me faz sentido neste momento.
Nunca lamentei tanto ter feito alguma coisa quanto ter-lhe feito aquela revelação, por que ainda te amo muito e isso está me machucando. Estou cansada de me machucar desse jeito, mas fico pensando se não mereço isso, pois vive se repetindo.
bia.