segunda-feira, 26 de maio de 2008

Assumir as escolhas

Até 1998, quando passei o natal na minha mãe pela última vez, eu ainda utilizava a seguinte frase: tenho que passar o natal lá, embora me faça um mal imenso, me traga lembranças infelizes da infância, ou seja, contra a minha vontade.
Perto do natal de 1999, quando eu já morava na MINHA CASA e começou o que eu chamo de “inferno do natal” (aquele período a partir de meados de Outubro, em que “eles” começavam a me ligar, por que eu tinha que passar o natal lá), finalmente pude dizer: NÃO VOU POR QUE NÃO QUERO IR. NÃO SUPORTO NATAIS ASSIM.
Naquele ano fugi para a casa de uma amiga no interior, desliguei o celular até o dia 31/12. (meu pai disse que eu que me danasse, que eu não interessava, nem minha vontade). Depois eu soube que ele foi à minha casa, planejava me levar à força pra casa dela. Como eu imaginava, o 1º natal de liberdade seria o mais difícil, mas valeu a pena.
As nossas escolhas temos que bancar, custe o que custar. Vale a pena fazer isso. É claro que a gente paga um preço. Pra começar, não conseguimos mais enganar a nós mesmos. Sabemos o que queremos, mesmo que usemos ou tentemos usar o outro como muleta.
Às vezes a dificuldade maior não está em fazer a escolha, mas sim em assumi-la.

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