quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aniversário do meu Branco.


foto do JB Online.


Hoje é um dos dias mais importantes do ano: meu menino faz aniversário, 17 anos.
Pode parecer estranho para quem não está acostumado, para quem não me conhece, mas é tempo de celebrar mais um aniversário daquele que serviu como instrumento de Deus para salvar a minha existência.

Além disso, ele é lindo, bem humorado, inteligente para cara...mba e me adora. Meu branco, meu bonzinho, um ser humano que merece uma medalha por me aturar!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Começou o FSM e a terra, Graças a Deus, é redonda.

Hoje começou a décima edição do Fórum Social Mundial, que vai até sexta (20/01) em Porto Alegre - RS. Por mais que alguns digam que é uma reunião sem utilidade prática, ou de gente muito à esquerda, acho que é um evento de grande importância para a humanidade, por personificar questionamentos acerca do sistema econômico vigente. O capitalismo é só o atual sistema econômico em que vivemos, como já foram o feudalismo e a escravidão anteriormente. Não é uma coisa que sempre existiu e nem que precisa continuar sendo sempre assim.

Não só pelo fato de a Terra ser redonda, estamos sempre em movimento. No entanto, me parece que vivemos um momento particularmente mais movimentado, ultimamente. Um pouco devido às evoluções tecnológicas, mas muito por observarmos o que, afinal, a humanidade tem feito com os instrumentos de que dispõe.

Um bom exemplo disso foram os questionamentos que pipocaram logo após os socorros aos bancos quebrados pelo mundo afora, por vermos como - imediatamente - apareceram bilhões para socorrer o sistema financeiro, enquanto há decadas um incontável número de seres humanos morre pelo mundo afora por falta de comida. Por que esse dinheiro não surgiu para cuidar disso, fosse alimentando-os, fosse estruturando os países mais pobres, fosse financiando escolas para gerar desenvolvimento, fosse financiando programas de controle de natalidade. Enfim, por que o ser humano não é prioridade para ser socorrido, mas os detentores do dinheiro são?

sábado, 23 de janeiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Colcha de retalhos

O meu filme de ontem.



Esse é o nome de um lindo filme, de 1995, com um elenco brilhante e lindas histórias de um grupo de mulheres, amigas, irmãs, coordenadas por uma negra ex-empregada da mãe de duas delas, que se reunem a fazer uma colcha de patchwork, um presente de casamento para a neta de duas delas.



Desde o início do trabalho vão sendo apresentadas as histórias e as pendências a resolver dentro deste grupo, entre elas e cada uma com seu próprio passado. Mas o necessário a se alcançar é o perdão, de uma para a outra e, o mais difícil, perdoarem a si mesmas.



Foram duas horas de um choro restaurador.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Perdida.



Sabe - "o silêncio que precede o esporro"? Pois é. É parecido quando a gente tá perto de engrenar num caminho sólido, do tipo rumo certo. Dá uma sensação de estar mais perdido, não? Ou será que sou só eu, que sou meio descompensada?

Na verdade, algo me incomoda. Escolhi um caminho que me manterá solitária, sem o amor de um homem, para ser mais específica. Não estou reclamando, é que, quando bate a falta do tal homem, fica difícil passar o tempo, mesmo sendo com as realizações que desejo e me fazem felizes.

Por que não dá pra ser inteligente e ter o amor dele, ao mesmo tempo?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Filmes da semana passada



Contos de Nova York foi o primeiro que eu vi, na quarta-feira. Na verdade, minha intenção inicial era assistir literatura filmada, filmes românticos e melosos, como EMMA e Razão e Sensibilidade - feitos a partir de obras de Jane Austen. Mas, para assistir filmes com mais de 120 min é preciso estar lá às 17h, e estes dois filmes não estão no catálogo deles. Lembrei-me, então de woody allen e foi uma boa surpresa. Foi uma experiência que expandiu minha mente. Fiquei muito feliz.




Quase Deuses foi uma boa surpresa que passou no Cine Belas Artes, no SBT sábado. conta a história dos dois inventores do procedimento para corrigir um defeito congênito no coração que causava a síndorme do bebê azul, nos tempos do racismo americano. Lindo filme, belíssima atuação de alan Hickman.



Blade Runner - um clássico dos tempos pós-modernos. Linda história de luta pela continuidade da vida, em algumas frentes, não só por parte dos replicantes. Um mundo caótico que ainda estamos construindo.




Nunca te vi, sempre te amei. Olha aí eu, daqui há alguns anos...Lindíssimo, emocionante e divertido.


Explicação: Semana passada comprei um vídeo-passe no CCBB. Poderei ver filmes, de terça a sábado, até 11 de fevereiro. Há obras de arte lá, à disposição.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Olhar.


Verbos, como sabemos, servem para essencialmente duas coisas: expressar nossas ações e encher a nossa paciência, nessa ordem mesmo. Embora pareça uma atividade simples ou mecânica, expressar ações, um verbo pode carregar sentimentos. Peguemos como exemplo olhar: olhar não é simplesmente exercer a capacidade da visão e não significa, necessariamente, ver.


Olhar pressupõe um ato de vontade, uma decisão, querer ou permitir-se fazer. Pode ser a porta através da qual a admiração por alguém ou alguma coisa circule; pode ser para iniciarmos no cérebro profundas reflexões. Olhar é muito útil, embora às vezes traga sofrimento pois, como já dizia Victor Hugo "a ignorância é uma benção." às vezes não saber é, de fato, a melhor opção.





Mudando radicalmente de assunto, o resultado do vestibular da UFF não amanhecerá magicamente no site; sairão somente as notas a partir das 3 horas da tarde. Buáááá. Estou me acabando de curiosidade.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Um mundo mais quente.

Ao proferir esta frase, assim sem contexto, poderemos gerar algumas interpretações, tais como o desejo ou afirmação de um mundo mais acolhedor, mais humano; por outro lado poderemos estar simplesmente nos referindo ao clima, com temperaturas mais elevadas. O que me levou a digitar tal frase, inicialmente, foi a segunda questão. ao ler, entretanto, a afirmação, me ocorreu o outro significado e imediatamente senti falta de tal característica em nosso mundo.

Sinto-me só. Estou bem, estou quase descobrindo um meio de chegar no local da prova do Estado no domingo, mas sinto-me isolada, sem pares neste lugar.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Descompensada.


Estou começando a me acostumar demais a ficar sozinha comigo. Claro, é sempre bom e útil a companhia de músicas antigas e livros, humanos são dispensáveis na maior parte do tempo e é daí que vem o adjetivo "descompensada". Talvez eu seja deslocada, como a personagem (na foto acima) de Jane Austen em Orgulho e Preconceito: uma moça que pensa e tem opinião (que ousadia!) numa época em que as mulheres somente existiam para cuidar da casa e dos filhos, obtidos - é claro! - através do casamento.

Na verdade não é o caso de eu querer distância da humanidade, assim como um todo. A condição com a qual tenho de me conformar, se queizer evitar sofrimentos desnecessários, é claro, trata-se da solidão.

Fonte de irritação é eu saber que tenho sorte, de certa forma, por não estar "ligada" a alguém que também me quizesse, porque isso dificultaria meus planos educacionais e profissionais, sem falar que contraria completamente o estilo de vida ao qual me acostumei. Então, não é correto eu me incomodar em estar só, penso. No entanto, faltou talvez eu ter "conversado com os russos" e combinado ficar feliz e contente em não ter um alguém para acompanhar meu percurso nesta terra, para o bem e para o mal.


Ocorre que hoje é um daqueles dias em que meu coração está apertado pela decepção, sentimento advindo de uma tolice que me impediu de continuar me iludindo, uma bobagem que esfregou na minha cara aquilo que eu a todo o custo recuso-me a enxergar. é tão ridícula a minha birra em querer me iludir, quanto uma pessoa que andasse pela Avenida Rio Branco, desse de cara com um urso pardo e quizesse fingir que isso era normal.

Sim, sinto-me tola. Sinto-me desperdiçando o meu tempo. sou de peixes, não penso com a cabeça, fazer o que?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ser, estar, parecer...


Os dois quadros que ilustram esta página são do Mestre Monet.

Humanidade. Condição estranha para se construir, não? É preciso aprender, pensar, decidir, agir, enquadrar-se ou não, e em caso negativo, aguentar as consequências. Mas o mais complicado de tudo são os sentimentos. Uns a gente vai acompanhando o surgimento e evolução, poucos nós podemos conduzir, e os mais fortes simplesmentem tomam o poder e costumam nos levar à loucura. Alguns a gente consegue expressar através da arte, como MONET nestas duas lindas pinturas, ou como o faz José Saramago, meu amado Nobel Português e rabugento. Maravilhosos exemplares da espécie humana esses dois.

A convivência com os outros membros da humanidade também é uma luta. Com os do sexo oposto, então, nem se fala. Uns encantam a gente sem ter a menor desconfiança de estarem fazendo isso; outros nos inspiram a vontade de cometer um crime de caso pensado. Tem gente que consegue ser pragmática, é claro, mas estou certa de que nenhuma delas nasceu sob o signo de peixes...

É bom, no geral, existir. Às vezes é difícil usar bem o tempo que temos, e é muito chato ficar se lamentando pelo desperdício cometido, mas são coisas da vida. Tem gente que até aprende algumas coisas úteis com a idade. Essa é a minha esperança. Aprender. Os dias em que a solidão se instala são, indubitavelmente, os mais longos.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Emily Dikinson



Tão rubra a Brasa lá debaixo
Tão inseguro o chão
Se eu me mostrar o medo invade
A minha solidão.

How red the Fire rocks below
How insecure the sod
Did I disclose would populate
With awe my solitude.


Cemitério

Tradução de Manuel Bandeira

Este pó foram damas, cavalheiros,
Rapazes e meninas;
Foi riso, foi espírito e suspiro,
Vestidos, tranças finas.

Este lugar foram jardins que abelhas
E flores alegraram.
Findo o verão, findava o seu destino...
E como estes, passaram.

- Fonte: Antologia da Poesia Americana, Ediouro, 1992 - RJ, Brasil.

Emily foi uma mulher que viveu entre 1830 e 1886 nos Estados Unidos. Nunca saiu de sua cidade, Amrhest, Massachusetts. Hoje li um pouco de seus poemas, que foram publicados postumamente à excessão de dez, porque o professor de literatura inglesa em Gilmore Girls gosta muito dela. Professor Medina, aquele que tem um rolo e quase casa com a Lorely mãe da Hory.

Li muito pouco de sua poesia, pois fui à biblioteca estudar outras coisas. Mas aí, logo de cara, ela me atingiu: " Se eu me mostrar o medo invade minha solidão."

Eu faço aquilo que tenho de fazer, o que significa lutar pessoalmente pelos meus objetivos, mesmo eu sendo desorganizada (como eu sou). Mas, sendo humana, vivo em constante vigilância para não ser sabotada, nem mesmo por meus sentimentos e fraquezas. Então, é preciso viver na redoma, é preciso mantê-la e manter-me dentro dela o máximo de tempo possível. Sair da redoma da minha proteção é correr o risc o de que outros dominem a minha vida; é correr o risco de perder o controle do meu próprio destino, idéia que - para mim - é insuportável.

No Arquivo X a verdade está lá fora; na minha vida é a possibilidade da pernada que me espreita; tem sempre alguém querendo colocar de volta as mulheres sob a sombra de maridos ou familiares; tem sempre alguém achando um absurdo uma mãe solteira e baixinha fazer sucesso com o caminho que escolheu; tem sempre alguém querendo me diminuir. Não posso permitir.

Olho pra foto de Emily e reafirmo minhas convicções: essa mulher brilhante está sentada, mansamente, como se fosse uma doméstica comum. Isso é inaceitável.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ENVELHECIMENTO.

Sempre tenho a impressão de que utilizamos essa palavra sempre como um termo perjorativo, como se fosse errado envelhecer, ou como se fosse algo indesejado. No entanto, envelhecer é sinal de que continuamos vivos, pois só não sai da juventude quem morre jovem!



Vejo pessoas que admiro e que, há muito, passaram dos 25 anos de idade, Graças a Deus. Olhe os atores que ilustram este relato: Ian Maklen, Harrison Ford e Sean Connery. São brilhantes naquilo que fazem, certo? E, provavelmente, foram melhorando com a experiência da vida, através dos anos, acumulando aniversários também.



O que seria da humanidade sem a possibilidade de viver por muitas décadas?

Sinto-me envelhecendo, em vários sentidos, mas principalmente no corpo: os cabelos ficam brancos cada vez mais rápidos (não aparecem porque eu pinto frequentemente...); as carnes já não estão todas tão durinhas; mãos e pés parecem ter saído de sets de fimagens de filmes como as bruxas de Salém...

Não, não estou me lamentando. Sinto, mais do que os efeitos "negativos", as beneces de já ter vivido mais que um quarto de século. Tenho acumulado conhecimentos que me permitem solucionar problemas, orientar bem os meus três filhos, orientar-me bem no trabalho e no planejamento da carreira que ainda iniciarei. Talves a solidão esteja me fazendo olhar demais para mim mesma. Talvez essa solidão, essa falta de alguém que possa me amar como eu sou esteja me fazendo sentir menos.

Mas, estou envelhecendo.

sábado, 2 de janeiro de 2010

ouvindo NESSUN DORMA...

...de Puccinni. Se você, querida pessoa que me lê, nunca ouviu Nessun Dorma, convido-te a dar-se esse presente, vai no youtube e procura The3tenors-Carreras- Domingo-Pavaroti--Nessun Dorma. Todo o ser humano de duas pernas, funcionando ou não, merece ouvir isso.
Feliz 2010!