Eu hoje estou tendendo a dizer coisas óbvias, como o fato
de sermos obrigados, no Brasil, a manter nossos filhos na escola até os 17 anos
significar que temos de ensiná-los a serem alunos, o que é bem diferente de
simplesmente estar presente burocraticamente lá. Pois é, essa tremenda falta de
educação que vemos os nossos alunos demonstrar do Oiapoque ao Chuí não deveria
fazer parte do contexto escolar. Convivendo com mães de alunos, da posição de
mãe de aluno há mais de uma década, percebo que muitas delas se escandalizariam
se lessem o que estou escrevendo.
Recentemente, uma mãe minha vizinha ficou espantada por
eu dizer que ela é, segundo a lei, responsável pelas filhas até os 21 anos. Como
a filha “já é mulher”, conforme palavras da própria, ela acha um absurdo “essa lei”. Quem é responsável pelo que, na sociedade? Qual a nossa
parte na responsabilidade é uma pergunta que, se parássemos pra tentar
resolver, imagino que movimentaria positivamente a sociedade. Se, por exemplo,
nós mães nos dermos conta da dimensão da importância da educação que damos aos
nossos filhos, futuros adultos que interferirão por cerca de seis décadas na
vida de sabemos lá quantas pessoas, que efeitos isso poderia acarretar no modo como educamos nossos filhos?
Acho que já não é mais momento de cuidar do país do futuro, mas do futuro que já chegou: novo mercado de trabalho, que exige um trabalhador muito mais qualificado e preparado para aprender permanentemente; o Brasil está buscando um novo lugar no mundo, depois de décadas como país subdesenvolvido, anda fazendo convênios pra mandar estudantes pelo mundo afora, de modo que é preciso repensarmos nossa relação com o país, em prol de construirmos um país melhor.
Acho que já não é mais momento de cuidar do país do futuro, mas do futuro que já chegou: novo mercado de trabalho, que exige um trabalhador muito mais qualificado e preparado para aprender permanentemente; o Brasil está buscando um novo lugar no mundo, depois de décadas como país subdesenvolvido, anda fazendo convênios pra mandar estudantes pelo mundo afora, de modo que é preciso repensarmos nossa relação com o país, em prol de construirmos um país melhor.