sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mais um ciclo.

Gosto de ANO NOVO. Principalmente quando passam as festas, já que enquanto elas não passam, não se pode começar algumas coisas, principalmente o ano letivo. Porque, na verdade, o que muda com a mudança do ano é a nossa idade e o ano letivo.

No trbalho continuamos fazendo as mesmas coisas, o salário raramente muda, o trânsito é o mesmo, enfim, a mudança do calendário não altera, por si só, a nossa vida.

O que muda, muda em nós e quando nós fazemos mudar. Graças a Deus, isso não depende do ANO NOVO. Podemos fazer todos os dias.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Comemorando ou usando como desculpa...



...para farras?

Ontem, durante todo o dia e mais intensamente à noite, estavam estourando fogos. Próximo da minha casa estavam tocando Funk na rua, daqueles bem impróprios. O que tem isso a ver com a celebração pelo nascimento de Jesus?

Para alguém com fé no Cristo, o dia em que se comemora "oficialmente" o seu nascimento representa, a meu ver, a demonstração da incapacidade humana de governar o próprio caminho, já que é uma espécie que precisa de um bode expiatório para não ser dizimada pela ira do seu Deus.

O próprio episódio do nascimento, a falta de acolhimento com que foram tratados, segundo a "história oficial", também é algo de que um cristão sério deveria se envergonhar.

Então, por que a festa? Por que associar a comemoração do nascimento de alguém tão desprovido e desapegado de bens materiais com excessos, no bolso e à mesa?

domingo, 19 de dezembro de 2010

TEMPO e tempo.



Na primeira parte da trilogia O SENHOR DOS ANÉIS, Saruman pergunta a Gandalph " - Tempo... Quanto tempo você acha que ainda temos? ". Ali o assunto era o avanço de Sauron, o inimigo dos povos, e Saruman já havia se bandiado para o "lado negro da força". Em "Who want´s to live forever", tema do filme Highlander, está também a questão do tempo, do quanto queremos e aguentamos viver, afinal, haveria somente vantagens em viver para sempre? Penso que não.

Uma amiga lá do trabalho está com a avó, de 97 anos, internada e correndo um forte risco de morrer, que é, aliás, seu desejo de idosa que sofre com a doença e entende que já viveu muito. Sua neta, porém, não se conforma com o encerramento daquela existência.

No fundo, no fundo, não me parece que o problema seja o tempo que tenhamos, mas o que fazemos efetivamente com ele. E aí é muito particular, cada um age diversamente quanto a isso. Há aqueles que, ao fazer uso de seu tempo, constroem uma presença para o futuro. Falo, obviamente, de artistas de toda a espécie: pintores, desenhistas, escritores, autores, poetas, crísitos, músicos, compositores, cantores, artesãos, dançarinos, bailarinos, etc..

No uso menor, tempo limitaria-se à contagem das horas de um dia e de tudo que cabe ali, mas nem gasto tempo com isso, que considero menor. Gosto do TEMPO MAIOR, mesmo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Comportamento esquisito.

Agora, ou na verdade, já faz um certo tempo, ao invés de curtir os momentos, as pessoas preocupam-se em fotografá-los. Portanto, guardar lembranças falsas, pois não estavam se divertindo nem vivendo algo interessante, estavam preparando estas fotos.

Sinto-me cada vez menos pertencente a esta sociedade, e ainda não sei o que fazer com isso. Frequentemente estou deslocada, ocupando a posição de chata ou ultrapassada.

Não faço questão de agradar, ou acompanhar "ondas", mas a idéia de chegar a um ponto em que não seja possível interagir no meu meio é bem desagradável.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Menina de 13 anos, em Curitiba, vai pra casa de...

...um rapaz de 19 anos, com quem "conversava" pela inernet. Vi essa notícia hoje pela manhã. Não sei muito, só que ela estava sumida havia 6 dias e foi encontrada com a mãe do tal rapaz, que aliás dizia na internet ter 17 anos. O mesmo está foragido.

Depois, vi a mãe desta menina na ANA MARIA BRAGA, sendo entrevistada na sede da tv lá no Paraná. Pareceu-me que elas tinham uma péssima relação, pois a família havia posto senha nos computadores da casa para tirar a menor da internet. Pareceu-me que essa menina não acatava nada do que a família dizia.

Fico pensando, é claro, numa infinidade de coisas. No mesmo telejornal, fiquei sabendo que duas meninas em Salvador, que fizeram coisa semelhante, ou seja, foram se encontrar com alguém que "conheceram" na internet. morreram decapitadas.

Por sorte, minha menina já estava acordada e assistiu a essas notícias comigo. Entendeu, perfeitamente, o risco dessa superexposição de crianças e adolescentes, dessa permissividade tão propagada nesta sociedade. É claro que ela acha um saco não poder fazer certas coisas por causa da pouca idade, mas já entende que não é em vão que as mães tem de zelar pelos filhos, claro, com a colaboração destes filhos.

domingo, 21 de novembro de 2010

O último tango em Paris.

Antes de estudar com o prof. Maffei(UFF) eu odiaria este filme, com certeza. Pensaria: "-O cara é um doente!". E termina o filme sem que se descubra o porque de algumas coisas. O suicídio da esposa, por exemplo.

(Aliás, suicidar-se parece-me um pleonasmo, já que só se pode suicidar a si mesmo. Não é possível suicidar outra pessoa...)

Fui assistir ao filme ontem, por ter lido o blog do Aliuderson, Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ, uma sumidade escrevendo, principalmente provocando mentes "incautas", como a minha. (Quem mandou eu ir ler o blog dele, é...bem feito...)

Mas, foi uma experiência e tanto, o que não tem nada a ver com gostar ou não da obra. Eu recomendo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Shake.

A vida humana é uma atividade complexa. Isso tem muito de legal, é claro, mas traz umas complicações que, com essa vida corrida desse mundo capitalista-globalizado, não é possível perceber, trabalhar ou resolver, deixando como marca confusões.

A parte legal envolve a diversidade de pessoas que existem e com as quais podemos conviver, como quando você mora na capital de São Paulo e tem paulistas, chineses, italianos e nordestinos lá, para ser suscinta. Também as possibilidades de estudo divesificadas no ensino, à partir da graduação, bem como as infinitas possibilidades oferecidas pela boa literatura existente e ascessível até pela internet, hoje em dia.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O uso dos benefícios pagos com dinheiro público.

Quando eu era criança, já fazem uns trinta anos isso, nós estudávamos perto de casa, ou tínhamos que pagar a passagem do ônibus. Portanto, a conquista do direito do passe livre, pago pelo poder público, representou um avanço para a sociedade, na medida em que a necessidade de deslocamento deixou de ser impedimento para os pobres estudarem.

Lembro-me que, certa vez, tentando me prender em casa, pois eu era a única dos três filhos que ainda estudava na minha casa, mas era o segundo ano do segundo grau e longe de casa, meu pai deixou-me sem dinheiro de passagem. Não era nada exatamente contra a escolarização, é que ele tinha decidido que eu iria dedicar a minha vida a cuidar da minha mãe, cuja vida ele destruiu com a conivência dela. Isto não aconteceria se já existisse o passe livre.

Mas uma prática muito desonesta surgiu, juntamente com o passe livre, que é o seu uso indevido, já que muitos que não estão estudando matriculam-se somente para ter o cartão de passagem. Lamento por que tal prática pode dar munição àqueles que acham que o governo não deve ser assistencialista e que pagar passagem seja assistencialismo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tem um montinho ...

...de carne, um pedacinho, à direita, na ponta inferior, no peito esquerdo, que dói hoje. Sempre que penso que o perdi por não querer ser rainha...por não querer exibir-me na cozinha ou nas prendas do endereço residencial...

Não sei se tê-lo perdido para o amor por outra (ou outro) doeria menos...mas, talves, eu pudesse aceitar ter sido trocada por outro amor.

Eu queria poder acreditar que amor é uma invenção. O problema é que te amo, e isso que me faz sentir tanta dor, não posso chamar de fingimento...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aniversário do Mauricinho.

Hoje é o aniversário de uma amigão, o Mauricinho que foi candidato a Deputado Estadual esse ano.

Conheço-o há mais de vinte anos. Meu filho mais novo é Mauricio em homenagem a ele, ao grande homem que ele é, trabalhador, pai de família e um companheiro para todas as horas.

Não costumo vê-lo nesse dia, mas sempre é um dia bom.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia de lembrar dos que já foram.

Este novo visual homenageia algumas pessoas já falecidas que eu admiro, a saber: José Saramago, Karl Marx e J.R.R. Tolkien. Em suas obras, de formas diferentes e com intenções também diferentes, vejo as relações humanas sendo colocadas, pensadas, avaliadas, supostas, etc...

Acho que, não importa o que façamos, estamos sempre oferecendo à sociedade algo sobre si mesma. Pode ser que nem todos tenham consciência disso. Fernando Pessoa dizia que todos somos poetas, só que nem todos escreviam. Então....

Hoje também é um dia muito importante: em 1919 nascia JORGE DE SENA. Faria 91 anos, portanto.

terça-feira, 3 de agosto de 2010




MAURICIO RAMOS - 65345 E KIQUE 6513
ESTÁ É A MINHA DUPLA NESTA ELEIÇÃO.

Esse será o meu voto mais tranquilo e feliz numa eleição.

sábado, 31 de julho de 2010

Aprendendo.

Tenho tetado aprender a mecher nesse negócio - amado blog - aqui. Com o tempo, quem sabe...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pensando num sábado. 24.07.10

Hoje (sábado 24.07.10 ) eu soube que dois policiais liberaram o motorista que atropelou um rapaz, em troca de dinheiro. E também que, ao saber que o atropelado era filho da atriz Cissa Guimarães, o pai do atropelador procurou a polícia. Não estou sendo precisa quanto a esta notícia, mas todos sabemos de qual caso se trata.

Agora pensemos na nossa sociedade, num aspecto em particular: nas consequências da educação que os filhos recebem (ou não) dos pais.

Policiais que descumprem a lei que foram contratados para implementar, por dinheiro, em qualquer circunstância, demonstram - no mínimo - desrespeito pela sociedade como um todo; assim como os pais que não reconhecem os filhos, mães que jogam a prole fora como lixo, para ficarmos por aqui. É como se estivéssemos formando pessoas incapazes de se preocupar com as consequencias de seus próprios atos, pessoas que não tem em mente tornarem-se homens e mulheres de bem, pessoas, enfim, sem consideração por coisa alguma.

Minha escolha de palavras não tem nada de ingênua. Recentemente vi o Seu Jorge no programa do Diogo Nogueira - Samba na Gamboa. Perguntado sobre sua infância e formação, ele dizia que " a vida já era difícil ", por serem pobres, "não podia dar o desgosto de tocar piano na cadeia ", ou seja, respeito, amor e consideração para com os seus pais, o que me sugere a transmissão de valores.

Quando eu era criança, mamãe dizia sempre as mesmas coisas: " comporte-se; respeite a professora; preste atenção à aula e não traga nada que não é seu pra casa ". Aqui em casa isso ainda é dito enquanto eles tem menos de 10 anos. Pergunto-me o que as famílias dizem para os filhos sobre o comportamento atualmente; qual o exemplo que os pais procuram da aos seus filhos nesse nosso momento histórico?

Penso que essa generelizada prática do "se dar bem", não importando o resto,precisa começar a ser combatida em cada lar. Meus dois candidatos ao parlamento - KIQUE FEDERAL 6513 e MAURICIO ESTADUAL 65345 - tem origens de estrutura familiar diferentes, mas os dois aprenderam, porque foram ensinados desde cedo, a serem homens honrados, honestos e trabalhadores. Ambos são pais de família mantendo essa mesma orientação.

Se vemos como antigo, fora de moda ou ultrapassado alguém ensinando e praticando honradez, honestidade e respeito na atuação em sociedade, na vida - enfim - precisamos nos perguntar onde está o erro: nas pessoas que buscam manter os valores elevados ou na cultura deturpada e deturpadora que hoje parece ser maioria. Também é preciso que nos perguntemos qual é a relação desses comportamentos com a estrutura da nossa sociedade.

O capitalismo tem por objetivo o lucro. Pode até, no meio do caminho, combinar bem estar e avanço tecnológico com seus objetivos econômicos, mas não é um sistema - estruturalmente falando - que visa o ser humano. Qual é o efeito disso na formação do ser humano? Aonde a sociedade vai chegar se tudo pode ser transformado em produto, se tudo for visto como possibilidade de ganho material?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Que modelo de país queremos construir?

Aproveitando que é ano de eleições, vamos pensar em temas como EDUCAÇÃO, REFORMA AGRÁRIA, REFORMA URBANA, HORAS DE TRABALHO, vamos pensar na nossa sociedade e no nosso futuro.

Comecemos pela questão do campo. Como as desigualdades no campo afetam a vida de todos: desde a produção de alimentos até o êxodo rural, que enche as grandes cidades de familias vivendo sob precárias condições. Como seria o Brasil se cuidasse de todos os seus cidadãos, em todos os cantos, sob todos os aspectos? Quando nós vamos nos dispor a tratar seriamente deste assunto?

Abaixo o site da campanha/ plebiscito pelo limite da propriedade da terra no Brasil, que ocorrerá em 7 de setembro. Vamos construir este debate - urgente!!!

http://www.limitedaterra.org.br/

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desaparecimento da mãe de um suposto filho de jogador de futebol...

...feio esse modo de dizer, né?
Estava vendo a cobertura disso que está sendo chamado pela " grande imprensa " de caso Bruno, que é na verdade o desaparecimento de uma mulher que, supostamente, teve um filho de um jogador de futebol (Bruno - goleiro do Flamengo).
Muitas coisas me incomodam nessa cobertura:

primeira - essa insinuação, não sei se concordarão comigo, de que ela era promíscua, essas informações de que ela sairia com vários jogadores de futebol, de que seria prostituta (estava estampado num jornal semana passada), essa exposição de fotos com ela de biquini, enfim, em que isso importa se a mulher desapareceu? Em que isso ajudaria a localizá-la?

segunda - o nenem ter aparecido num abrigo e ter sido deixado lá pela mulher do jogador que nega a paternidade, e esse jogador dizendo que a desaparecida teria deixado o filho com um seu empregado. Ora, a troco de que alguém que brica por reconhecimento de paternidade de um filho vai deixar essa mesma criança com um funcionário daquele que se nega ao reconhecimento?

terceira - haver uma queixa de agressão datada de outubro do ano passado, aparentemente não encaminhada, já que agora é que foi sair o resultado de um exame comprovando tentativa de aborto. Reparemos que a criança já nasceu e eu pergunto: terá sequelas dessa tentativa fracassada?

Não quero falar ainda sobre a postura dessa mulher, porque não quero desrespeitar sua família. Imagino que deva ser um sofrimento enorme para seu pai, principalmente, não saber seu paradeiro. No entanto, como tenho filhos, não posso deixar de pensar que há algo errado quando alguém larga a escola pra se aventurar a ser modelo, tentando aparecer de todas as formas, envolvendo-se com quem tem dinheiro, enfim, o que estamos ensinando aos nossos filhos? Que vida estamos ensinando-os a construir?

domingo, 4 de julho de 2010

Educação, mães e conversas no ônibus.

Essa semana, enquanto eu me deslocava da UFF pro trabalho, acompanhei involuntariamente uma conversa entre mãe e filho, já que estavam sentados atrás de mim no ônibus. Quero falar sobre essa conversa.

Me parece que ela estava levando-o ao dentista. Ele aparentava uns quinze ou dezesseis anos, ela estava com um vestido de malha colorido, do tipo que adolescentes usam. O assunto era uma menina que ele estava paquerando e o que chamou minha atenção foi o conselho que a mãe dava ao filho:

" - Fica com todas as meninas que "te derem mole", e não namora ninguém! Quando eu tinha a sua idade ficava com vários na mesma festa..."

Senhoras e senhores, não estou aqui tentando resguardar castidades religiosas, de modo algum. Me preocupam as relações humanas, já que somos mais que animais com evolução ímpar, ou seja, qual a relação que essa conversa entre mãe e filho guarda para com o momento em que vivemos?

Comecemos falando do nosso momento. Na educação, embora tenhamos mais acesso às escolas, distribuição de livros, passe livre até o fim do ensino médio e etc, não estamos gerando mais qualidade no que é aprendido, não estamos formando cidadãos preparados para uma vida adulta, o que inclui o mercado de trabalho mas também se refere a relações humanas saudáveis.

Não pretendo fazer uma análise profunda, mas algumas coisas saltam aos olhos. Ainda temos índices de criminalidade alarmantes,a corrupçao crescendo em todos os meios, o consumo de drogas crescendo em progressão aritmética, grande quantidades de filhos sendo gerados sem que seus pais sintam-se responsáveis por isso. E é aqui o meu ponto: QUAL SERÁ O FUTURO DE UMA SOCIEDADE ONDE OS PAIS NÃO SÃO MAIS BONS EXEMPLOS PARA OS FILHOS?

Relacionamentos, de qualquer natureza, necessitam de algum nível de comprometimento. Se não se ensina que o outro importa e, além disso ensina-se que o outro é descartável,considerando que vivemos em sociedade, é como querer ensinar um peixe a viver fora da água, ou seja, prega-se algo inadequado à própria existência de um ser social.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

30.06.10 - um marco

Ontem à noite dei uma passada numa reunião muito importante, que acontecia na ABI. Agora estou sem tempo, mas ouvir as palavras da MARINA do MST e do PAULO HENRIQUE AMORIM me fizeram tomar decisões que levarão à mudanças radicais neste espaço meu.
Num primeiro momento pensei em deletar tudo que havia de pessoal aqui e me engajar na luta por uma imprensa livre, pelo direito das pessoas (inclusive euzinha aqui ) à informação. Depois vi que isso era tolice.
Este é o meu blog, com tudo o que isso significa, e é assim que darei a minha contribuição.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A história de Portugal pelo olhar do oprimido. SARAMAGO


Saramago, a história de Portugal pelo olhar do oprimido
“As palavras não dizem tudo quanto é preciso” – escreveu Saramago. No entanto, é a partir elas, quando artisticamente trabalhadas, que temos a literatura.

Por Beatriz Helena*

José Saramago, que “retirou-se” na manhã de ontem, nos deixou vasta e variada obra literária, iniciada pela poesia ( Os Poemas Possíveis, 1966; Provavelmente Alegria, 1970 ), seguindo pela crônica (Deste mundo e do outro, 1971; A Bagagem do Viajante, 1973) e o teatro (A Noite, 1979; Que farei com este livro? 1980; A segunda vida de Francisco de Assis, 1987; In Nomine Dei, 1993).

Com a publicação de Levantado do Chão (1980), alcançou notoriedade, dando início a uma série de romances consagrados, a saber: Memorial do Convento (1982), considerada a sua obra prima até o momento; O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), onde temos o heterônimo pessoano hedonista instalado em Lisboa durante a ditadura de Salazar; Jangada de Pedra (1986), em que a Península Ibérica separa-se da Europa; História do Cerco de Lisboa (1989); O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991); Ensaio sobre a cegueira (1995), que comentaremos a seguir; Todos os nomes (1997); As intermitências da Morte (2006) e Caim (2009), entre outros.

Dono de um estilo único, caracterizado pela criação de inusitadas metáforas, freqüência do tom irônico, além de apelo aos sentidos, magistralmente conduz o leitor para dentro de cenas das mais inesperadas, oscilando entre o cômico e o trágico, geralmente nos colocando diante do que de mais humano possa haver em nós. Em algumas obras, como O Memorial do convento e O Ano da Morte de Ricardo Reis, trama com a história de Portugal, repensando-a criticamente e confrontando-nos com reflexões inevitáveis. Em outras, como O Ensaio sobre a cegueira, trama com a própria humanidade, descendo ao que de pior as pessoas podem guardar, para depois revelar suas mais dignas e sublimes qualidades.

Concentremos-nos nesta obra. Temos uma cidade sem elementos que possamos identificar, tais quais nome e marcas características (Torre Eifel, Praia de Copacabana ou Coliseum), povoada por personagens que somente estão identificadas através de uma sua atribuição ou condição, ou seja: o primeiro cego, o médico, a mulher do médico, o ladrão (que roubou o carro do primeiro cego), a rapariga de óculos escuros, o velho da venda preta. Sem mais nem porque, inicia-se um surto de cegueira.

O fluxo de consciência permeia seus romances, através de diálogos visualmente misturados, mas que o leitor será perfeitamente capaz de demarcar. Além da escrita particular, ler a obra saramaguiana incomoda pelo que ele diz e o final não é necessariamente o objetivo a ser alcançado, visto que poderemos encontrar nossa própria revelação em mais de um lugar na obra.

À literatura, conquanto arte, não podem ser atribuídos usos e funções, mas a grande literatura dialoga com questões presentes em nossas vidas através dos tempos. Na obra de Saramago temos a história de Portugal, do ponto de vista do povo oprimido, reflexões profundas acerca de quem somos, em geral e em particular e a beleza de frases simples, como em

“Tinha estado com os olhos abertos sempre, como se por eles é que a visão tivesse de entrar, e não renascer de dentro, de repente disse, Parece que estou a ver.”

*Beatriz Helena é pós graduanda em Literatura Portuguesa na Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ.

publicado em http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=131798&id_secao=11 19.06.10

sexta-feira, 18 de junho de 2010

MORREU JOSÉ DE SOUSA SARAMAGO

Hoje ele deixou esta vida. Felizmente temos muito do que pensava conosco e a homenagem que cabe, em minha opinião, é lê-lo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de maio - dia de preto velho

Há quem diga que é o dia da libertação dos escravos, por ser o dia da assinatura da Lei Áurea. São tolices, a começar por achar que algum dia alguém foi liverto. É antes de tudo dia de botar a boca no mundo. ESSE RAIO DESSA EXPLORAÇÃO JÁ TÁ DURANDO DEMAIS!!

Salve todos os PRETOS VELHOS!!!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

GLADIADOR



Assistir ao filme GLADIATOR - de Ridley Scott - foi o meu presente de aniversário no ano de 2000.

Triste não são as batalhas homem a homem, triste é a sordidez inerente aos seres humanos, "bicho da terra tão pequeno".










sábado, 17 de abril de 2010

A insustentável leveza do ser.

Eu não sei dizer o que quer dizer o que vou dizer.

O fato do qual não posso mais me esquivar é que não sou deste mundo, não encontro par aqui. Mas, e daí? Quer dizer, isto será impeditivo para viver, para mover-se nesta existência, para criar, para amar, para, enfim, realizar e realizar-me?

A solução é acreditar que a resposta a esta pergunta é: não, não é!

Entretanto, como nada é simples e Murphy* é um ser de humor questionável e que adora atazanar o bom cristão, há e sempre haverá dias em que pareceria correto considerar que sim seria a resposta correta.

Hoje o motor do questionamento foi a música que começa com essa frase “ Eu não sei dizer o que quer dizer o que vou dizer”, daquele rapaz do qual não lembro agora o nome. Mas frequentemente esta angústia se materializa quando penso no José Cláudio e quando ando nas ruas e vejo lá os humanos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

CLINT EASTWOOD



À direita, o ator em 1981.

Abaixo, em 2008, provavelmente no Oscar.

AS PONTES DE MADISON

Um sábado desses quando, pra variar eu estava com saudades daquilo que nunca poderei ter, resolvi presentear-me com um filme, que eu havia visto há mais de dez anos, dirigido por Clint Eastwood: As pontes de Madison.




Eu me lembrava de que o filme era lindo, e de que eu gostara muito de tê-lo assistido, mas fazia muito pouca idéia de como ele era. Não esperava, portanto, que me "tomasse" tanto. Possessão, esta é a palavra que define como saí da sessão de cinema. (cabine de vídeo do CCBB).



Reconciliei-me com o sentimento de amor que sinto, e deixei de achá-los idiotas ou inúteis, só porque eles só existem pra mim.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A certeza de que não somos nada.

Chuva. O suficiente para percebermos que está tudo errado na organização das nossas cidades, o que interfere no deslocamento e, consequentemente, no funcionamento de tudo, para resumir.

Ainda não acabou. Ainda não acabou.

sábado, 3 de abril de 2010

O novo e a novidade.

Hoje é um daqueles dias em que tenho um tipo de medo do novo, devido a uma mudança que ocorrerá no meu local de trabalho nesta segunda, mas não é aquele que paralisa, só incomoda mesmo. E sempre que o trabalho começa a ocupar muito a minha cabeça fico me recriminando por ainda estar la´, quero dizer, por ainda não ter concluído as condições que necessito para ir trabalhar em ramo que mais me apeteça - no caso, lecionar.
É um daqueles dias em que é necessário manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo. Mas sozinha, embora eu já devesse estar acostumada a me virar sozinha, é mais difícil e cansativo.

vida que segue.

sábado, 27 de março de 2010

O prêmio de hoje




Estou trabalhando hoje, principalmente porque quero ter uma semana mais tranquila do que a que finda-se hoje; quero ler no Real Gabinete Português de Leitura - que só funciona de segunda a sexta, então vim desafogar o acumulado, digamos assim.

Lembrando-me sempre de que trabalho sem recompensa não vale, gera criaturas ranzinzas e rabugentas, já programei o meu prêmio: uma sessão de senhor dos Anéis no CCBB. Amo a obra do Tolkien lida pelo Jackson. Aquelas atuações, as músicas e a amizade que perpassa a obra.



E pensar que o Tolkien escreveu tudo isso enquanto vivia o intenso medo de que um de seus filhos morresse, enquanto era soldado na Segunda Guerra Mundial, período em que compôs grande parte "d' O Anel" .

Renato Russo - 50 anos




Ainda que eu falasse a língua dos homens, que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria... ou seria um Nardoni! Data paradoxal esta, não? 50 anos do nascimento desse maravilhoso letrista, esse inquieto brasiliense que extrapolou os anos 80 e da conclusão do julgamento daquele casal ediondo que matou Isabela.

O que ele diria sobre isso? Já disse:

" É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque, se você parar pra pensar, na verdade não há..."

sexta-feira, 26 de março de 2010

AVISO

AOS DESAVISADOS ou almas do aquém e do além que, eventualmente visitem esse blog, aqui encontraram de tudo, inclusive minhas porcarias (como crepúsculo e Robert Patinson)prediletas.

Sou eu, em muitos e diversos momentos.

terça-feira, 23 de março de 2010

TUDO MUDA...





...o tempo todo, no muuundo. Já dizia Lulu Santos.

Ô semaninha difícil, e olha que hoje ainda é terça, hein! Mas, tudo bem. Sinal de que estamos avançando e não estáticos, sendo ultrapassados pelo tempo. Só permanece no lugar aquilo que morre. O que está vivo movimenta-se.

Sinto-me bastante diferente, também. ainda estou me estranhando. No entanto, algo me diz que as mudanças estão apenas começando, caso em que não poderei nem me acostumar com nada, somente ir vivendo e fazendo a minha parte. Carpe Diem.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Conviver com o cansaço




Faz parte de um período em que buscamos ou trabalhamos por algo um certo cansaço permanente. A gente fica assim, com uma carinha de "quero uma cama agora!", mas faz parte do processo e há de se ter paciência. Para algum desavisado pode parecer que não estejamos felizes, mas não se trata disso.

Tenho visto em mim essa carinha de "help, I need somebody!". No meu caso, esse alguém não existe mesmo, então, a carinha fica no vácuo, mas é muito bom estudar. Sinto-me mais eu.

Enquanto isso, na sala de justiça, sempre posso rever Orgulho e Preconceito e consolar-me com a realização amorosa alheia, mesmo que fictícia.

sábado, 13 de março de 2010

Goya e a semana em que fiquei velha.





Esta obra chama-se INVERNO.













Esta obra chama-se A SOMBRINHA.


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Creio que esta semana entrei no que seria a terceira idade. Eu explico:
Considerando que do nascimento aos 18 anos somos menores, incapazes pernte a lei, esta seria a primeira idade. Depois dos 18 entramos na segunda idade, ao nos tornarmos adultos. Acho que nos 40 entramos na terceira idade, considerando que podemos viver muito bem até os 80 anos hoje em dia.

Tá, eu só fiz 37 esses dias, sou apressada, mas sinto-me mais velha num bom sentido, aquele onde consideramos um idoso como uma biblioteca inteira. Ainda não sou a biblioteca, mas já dou conta de algumas boas prateleiras.

O que os quadros de GOYA tem com isso? Olha como um artísta brilhante consegue ilustrar dosi temas tão diversos, e olha como é lindo o que ele fez.

Quanto à semana, foi "frenética, bicho!!"

sexta-feira, 12 de março de 2010

Começaram as pós públicas....



...e acabou-se o me tempo. Estou feliz da vida, é claro. Na segunda-feira, escrevi o seguinte:

" Na sacada do 11º andar - UERJ Maracanã.
Lembra, amor, da sacada do 7º andar, onde você morava? Na sacada venta.
Desta, vejo o Maracanã iluminado. Acho que haverá jogo.
Um trem foi e outro voltou. Cruzaram-se sem se falar, como as pessoas que andam na Rio Branco todos os dias.
Dá pra ver até a ponte daqui.
Devo dizer, no entanto, e apesar do que já disse, mesmo eu me sentindo grande daqui de cima, maior é a saudade que eu tenho de você.
Maior ainda é a vontade de te ver."

Foi uma semana bem cheia, mas sinto-me maior, mais eu.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O dia seguinte.


Esta é uma imagem do filme Hobin Hood, que está sendo produzido e dirigido por Ridley Scott, estrelado por Russel Crowe, tendo como vilão David Matthew Macfadyen (Orgulho e Preconceito, 2005).


Ainda estou embriagada com a conquista de ontem, com o coroamento de tanto esforço e dedicação. É muito bom observar nosso próprio avanço. Ainda estou muito feliz.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O dia do dia




Então, completam-se hoje os meus trinta e sete anos de vida, o que é muito bom pois, envelhecer é sinal de que continuo viva. Até que foi um dia muto bom, logo que acordei meu menorzinho estava empoleirado no braço do sofá (onde eu durmo), lindo e sorridente, dizendo: "oi, mamãe linda!". Tudo de bom, né?

Ao longo do dia consegui não me abater pelo peso das más lembranças do passado, o que também é uma grande vitória. Na hora do almoço fui ao CCBB assistir ORGULHO E PRECONCEITO, para me sentir aconchegada e menos solitária.




E aí, no final da tarde, recebi uma grande notícia: Fui aceita para cursar um crédito avulso no mestrado da UFF, o que eu queria muuuuuito, era uma das minhas metas 2010 e me deixou realmente feliz.

Então, é Feliz Aniversário mesmo.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Para o mundo...

...que eu quero descer!!!

Eu queria pular de hoje pra sexta...estou tão incomodada com isso que perdi o apetite ( que já não é lá essas coca-colas todas...)

terça-feira, 2 de março de 2010

TPM + aniversário....

...ô combinação infeliz!!!!
Tá difícil, tá difícil...

segunda-feira, 1 de março de 2010

1 de março, faltam 3 dias...




Daqui há pouco chega o dia do dia. Quem me conhece sabe que isso me traz mais sofrimento do que contentamento, não é por envelhecer, não. São as lembranças que marcam ponto anualmente.

Nos últimos 10 anos, sempre que possível, procuro me presentear para amenizar sentimentos ruíns dos quais ainda tenho esperança de me livrar.

Esse ano comprei Emma, de Jane Austen e um estojo de lata da PUKA, vermelho, lindinho, pra combinar com a minha bolsa e manter as minhas canetas num lugar em que eu as encontre na hora da necessidade, não vinte minutos depois de eu ter chingado muitos palavrões...

O bonitão aqui é mais um mimo pra mim.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Smalville - Jonathan Kant












Tudo de bom esse gato, né...

Eleventh hour




Eleventh hour é um seriado norteamoericano que está sendo exibido às segundas pelo sbt. O personagem principal, Jacob Hood (Rufus Sewell) é um biofísico do FBI, muito competente mas, também, muito intuitivo.




É claro que eu assisto ao seriado e gosto muito, afinal, em caso contrário, não colocaria essas informações e fotos aqui. Ocorre que ele tem uma característica muito peculiar: vive uma terrível solidão desde a morte da esposa, há dois anos, vítima de câncer.

A loura que aparece na foto abaixo é a Agente Especial Rachel Young (Marley Shelton), é quem toma conta da segurança do moçoilo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ano Chopin.



Chopin fotografado no ano de sua morte, 1849. (fonte - JB online, 22/02/10)

Frédéric Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810[1] — Paris, 17 de Outubro de 1849) foi um pianista polaco[2] e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história.[3] Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

Aclamado em sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos Chopin deixou a Polônia para sempre. Em Paris, fez carreira como intérprete, professor e compositor, e adotou a versão francesa dada a seus nomes, Frédéric-François.[carece de fontes?] De 1837 a 1847 teve uma relação turbulenta com a escritora francesa George Sand (pseudônimo de Amantine Aurore Lucile Dupin). Sempre com a saúde frágil, morreu em Paris aos 39 anos, vítima de tuberculose.[5]

Toda a obra existente de Chopin inclui o piano assumindo algum papel (predominantemente como um instrumento solo), e suas composições são amplamente consideradas como repertório essencial para este instrumento. Na maioria das vezes sua música é tecnicamente exigente, mas seu estilo, no geral, enfatiza mais a nuança e a profundidade expressiva do que o virtuosismo técnico.

Ele inovou com novas formas musicais, como a balada,[6] e introduziu significantes inovações nas formas existentes, como a piano sonata, a valsa, o noturno, o estudo, o improviso e o prelúdio. Alguns citam suas obras como "os principais pilares" do romantismo na música erudita do século XIX. Além disso, Chopin mostrou-se nacionalista mesclando sua música com elementos eslavos; hoje suas mazurcas e polonesas são fundamentais para a música clássica nacional polonesa.

A música de Chopin já era admirada por muitos de seus compositores contemporâneos, incluindo Robert Schumann que, em sua revisão da Variações na "La ci darem la mano" (da ópera de Mozart Don Giovanni), Op. 2, escreveu: "Chapéus ao alto, cavalheiros! Um gênio."

A música de Chopin para o piano combinava um senso rítmico único (particularmente o seu uso do rubato), e o uso freqüente do cromatismo e do contraponto a partir do qual associava à beleza melódica uma não menos bela e vigorosa linha do baixo. Essa mistura produz uma sonoridade particularmente delicada na melodia e na harmonia, que são, todavia, sustentadas por sólidas e interessantes técnicas harmônicas. Ele levou o novo gênero de salão do noturno, inventado pelo compositor irlandês John Field, a um nível mais aprofundado de sofisticação. Três de seus vinte e um noturnos foram publicados apenas após sua morte, em 1849, contrariando seus desejos.[13] Ele também manteve formas de dança popular, como a mazurca polonesa e a valsa, a valsa vienense, com uma maior variedade de melodia e de expressão. Chopin foi o primeiro a escrever baladas[6] e scherzi como peças individuais. Chopin também tomou o exemplo dos prelúdios e fugas de Bach, transformando o gênero em seus próprios prelúdios.

fonte - wikipedia.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Acabei de acabar a monografia da especialização na ESTÁCIO.




O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago, foi a obra escolhida para a realização deste trabalho monográfico de conclusão da Especialização em Literaturas de Língua Portuguesa que estou cursando na Estácio. Pesou muito para esta escolha o autor, cujo modo de escrever e as histórias que escreve são para mim essenciais. No entanto, fundamental foi a possibilidade de realizar este trabalho sob a orientação do Mestre Carlos Alberto Stowasser dos Santos. Um profissional qualificadíssimo, que domina realmente a área que leciona - Literatura Portuguesa, muito paciente e dedicado.

Estou muito feliz por ter terminado, e muito aliviada também, pois Saramago ocupa muito a cabeça. O tema que escolhi foi: OS LUGARES SOCIAIS DAS MULHERES EM JOSÉ SARAMAGO; Os lugares opostos das personagens Lídia e Marcenda no Romance O ano da morte de Ricardo Reis.

Gostei muito do resultado. Claro que, com o tempo e distanciamento, certamente poderei observar as falhas e limitações deste primeiro trabalho, mas consola-me saber que é certamente o primeiro trabalho em pós-graduação dos muitos que planejo realizar.

Pulei o carnaval, literalmente.

Passei ao largo desta festa festiva e deliciei-me com as olimpíadas de inverno Vancouver/2010. MA-RA-VI-LHO-SO!!!!!!!!!!! Vejam umas poucas fotos que consegui:



Este é o casal chinês que levou o ouro na competição. São um casal também fora das pistas e demonstraram ter um entrosamento que vai além de tudo o que eu já vi até agora. Proporcionaram momentos de deleite para nós em casa, porque eu pulei o carnaval muito bem acompanhada pelos meus amores.






Esta é a dupla americana. Lindos, vigorosos, escolheram boas músicas para as duas apresentações.







Essa é a imagem da dupla chinesa que ficou com a prata, no segundo dia - que é essa apresentação - eles foram tão bons quanto o casal ouro. Divino mesmo.





Este é novamente o casal ouro.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Medo é uma coisa que, às vezes, pinta.

Frequentemente os seres humanos, que vivem em sociedade, nascem adaptados ao modo de vida de sua época, Há sempre buscas por pequenas diferenças, o que é diferente de pequenas buscas por diferença. No primeiro caso referimos-nos à quantidade de diferenças buscadas e, no segundo, à intensidade das buscas.

Quanto menos individual, ou quanto menos marcas de individualidade trazemos, tanto melhor para sermos aceitos. Quanto mais peculiaridades, no entanto, mais seremos admirados e desejados. Mas viver é um sucessivo alçar vôo e estabacar-se.

Ontem tive "um ataque de pânico", sendo o ataque figurativo mas o pânico bem real. Tive uma parenta, uma tia-avó, que chegou à menopausa aos 30 anos. Depois de um ano de turbulências na minha pressão, ontem tive um indício forte de que o climatério poderá estar chegando mais cedo. Então, fui obrigada a me lembrar de que estou só, e estarei só quando esses pânicos da vida chegarem.

Nessas horas, parece que o medo tem um radar para gente solitária: de repente ele se materializa e se estabelece. É realmente assustador. Para me acalmar recorri a ORGULHO E PRECONCEITO. Funcionou.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

DAVID MATTHEW MACFADYEN



também conhecido como FITZWILLIAM DARCY, da versão cinematográfica de Orgulho e Preconceito(2005).Um sonho de olhos, e coxas (pelo que os trajes do filme permitem perceber...)

...em breve nas telas, vivendo o sherife de notinghan(?) em Hobin Hood de Ridley Scot. Me parece que isso ficará muito bom, principalmente estando o Russel Crowe no papel título.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Das complicações da vida.




Recentemente cheguei à conclusão que não adianta amar alguém unilateralmente. Se não se é correspondido, é desperdício de sentimento, é injusto com quem ama. Claro que isso não fez com que eu "desamasse" o meu alguém que não me ama, mas não sei como nem porque, foi uma boa e útil conclusão.

Não tenho ninguém em mente para por n lugar, não acredito que dá pra por um amor no lugar de outro, mas vejo diante de mim um longo caminho de solidão.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O carnaval e a flexibilização das relações humanas...

É chegada a festa de momo. Quem não conhece alguém que dá um tempo no namoro para estar "solto" ou "livre" durante o carnaval? Me pergunto por que as pessoas vêem o carnaval com tempo de se permitirem tudo em todos os sentidos, como se depois não fossem arcar com as consequências, como em qualquer época do ano.

Não sou, no entanto, um ser absolutamente estranho a essa festa. Gosto muito de alguns sambas de escola, principalmente uns passados:

" Tem bumbum de fora pra chuchu, qualquer dia é todo mundo nu. Tem saudade! Oh! saudade, ô ô, meu carnaval é você. Caprichosamente, vamos revirer (vamos reviver), vamos reviver, ô. Saudadeando o que passou no dia a dia, na fantasia de um eterno folião. O bonde, o amolador de facas, o leite sem água, a gasolina barata! Aquela seleção nacional! E derreteram a taça na maior cara de pau. Bota, bota, botafogo nisso, a virgindade já levou sumisso..."

Esse é de 1985 eu acho - CAPRICHOSOS DE PILARES. Bons tempos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Salve Yemanjá, pelo seu dia.




Minha mãe, que toma conta de mim todo dia, que me ajuda a cuidar dos meus filhos, fonte da minha persistência e paciência. Odoiá, minha mãe!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aniversário do meu Branco.


foto do JB Online.


Hoje é um dos dias mais importantes do ano: meu menino faz aniversário, 17 anos.
Pode parecer estranho para quem não está acostumado, para quem não me conhece, mas é tempo de celebrar mais um aniversário daquele que serviu como instrumento de Deus para salvar a minha existência.

Além disso, ele é lindo, bem humorado, inteligente para cara...mba e me adora. Meu branco, meu bonzinho, um ser humano que merece uma medalha por me aturar!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Começou o FSM e a terra, Graças a Deus, é redonda.

Hoje começou a décima edição do Fórum Social Mundial, que vai até sexta (20/01) em Porto Alegre - RS. Por mais que alguns digam que é uma reunião sem utilidade prática, ou de gente muito à esquerda, acho que é um evento de grande importância para a humanidade, por personificar questionamentos acerca do sistema econômico vigente. O capitalismo é só o atual sistema econômico em que vivemos, como já foram o feudalismo e a escravidão anteriormente. Não é uma coisa que sempre existiu e nem que precisa continuar sendo sempre assim.

Não só pelo fato de a Terra ser redonda, estamos sempre em movimento. No entanto, me parece que vivemos um momento particularmente mais movimentado, ultimamente. Um pouco devido às evoluções tecnológicas, mas muito por observarmos o que, afinal, a humanidade tem feito com os instrumentos de que dispõe.

Um bom exemplo disso foram os questionamentos que pipocaram logo após os socorros aos bancos quebrados pelo mundo afora, por vermos como - imediatamente - apareceram bilhões para socorrer o sistema financeiro, enquanto há decadas um incontável número de seres humanos morre pelo mundo afora por falta de comida. Por que esse dinheiro não surgiu para cuidar disso, fosse alimentando-os, fosse estruturando os países mais pobres, fosse financiando escolas para gerar desenvolvimento, fosse financiando programas de controle de natalidade. Enfim, por que o ser humano não é prioridade para ser socorrido, mas os detentores do dinheiro são?

sábado, 23 de janeiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Colcha de retalhos

O meu filme de ontem.



Esse é o nome de um lindo filme, de 1995, com um elenco brilhante e lindas histórias de um grupo de mulheres, amigas, irmãs, coordenadas por uma negra ex-empregada da mãe de duas delas, que se reunem a fazer uma colcha de patchwork, um presente de casamento para a neta de duas delas.



Desde o início do trabalho vão sendo apresentadas as histórias e as pendências a resolver dentro deste grupo, entre elas e cada uma com seu próprio passado. Mas o necessário a se alcançar é o perdão, de uma para a outra e, o mais difícil, perdoarem a si mesmas.



Foram duas horas de um choro restaurador.