sexta-feira, 30 de maio de 2008

NÃO ME DÊEM MAIS JORNAL DA UNIVERSAL!!!!

Assim como os papeizinhos distribuídos no centro do Rio, por aquele exercito de pessoas que fica bem no meio do caminho, impedindo a passagem, o jornal da igreja universal não serve pra nada, a não ser arregimentar eleitores para suas bancadas nos parlamentos.
Sempre que me oferecem esse raio desse jornal, eu o recuso por que não vou lê-lo. Vejo que muitas pessoas o recebem para aparentar uma “boa imagem”.
Pergunto: por que as pessoas se sentem obrigadas ou “politicamente corretas” aceitando um jornal de uma Igreja. Por que as pessoas associam religião e caráter? Se é de seita A, não presta. Se é da igreja B, presta. Como assim?
Igrejas e seitas religiosas, assim como clubes e partidos políticos, são formas de organização criadas pelo homem.
Durante a Idade Média, por exemplo, a Igreja Católica não permitia mais que 5 banhos por ano, por que tocar o corpo era pecado (simplificando). Imagina quantas pessoas morreram de doenças infecciosas por causa disso! Algumas religiões anteriores ao cristianismo ofereciam sacrifícios de pessoas a seus Deuses.
Tem também as perseguições empreendidas por uma religião, estabelecida, contra outra, insurgente. Politeístas jogando cristãos aos leões, católicos perseguindo protestantes, judeus e pertencentes aos cultos de origem Africana, protestantes perseguindo candomblecistas e umbandistas. Não imagino um Deus, qualquer que seja, que pregue a perseguição a outros semelhantes como forma de elevação do espírito e melhoramento do ser humano.
Não, senhoras e senhores. Eu não sou atéia. Tenho fé e muita, peço proteção e forças para continuar todos os dias. Sei que sou só humana. Essa é a minha condição. Divino é superior,

segunda-feira, 26 de maio de 2008

segunda, início de semana de trabalho.

Por curioso que seja para uma segunda-feira, principalmente de manhã, estou no melhor dos bons humores. Sinto uma felicidade tranquila há muito esquecida. É como se eu tivesse me encontrando com alguém muito familiar, mas que eu não via há um certo tempo. Me achei.
Tem umas coisas que parecem tirar a gente de sintonia. Quando fazemos muita coisa ao mesmo tempo, como é hoje em dia, é até difícil saber ao certo qual a causa disso. A pancada fatal, é claro, localizamos pela dor.
Quando entrei pra faculdade, e consegui a bolsa do ProUni, me senti como se tivesse ganho na loteria. Ainda estou muito satisfeita comigo mesma por ter entrado pra Universidade.
Entrar pra faculdade, mergulhar de cabeça nisso, também ajudou-me a me perder de mim. Como o passar do tempo e o avanço no curso, e à medida que fui estudando as teorias, reparei que estava sendo desconstruida, paulatinamente. (estranho, né?)
Acho que agora o gesso começa a secar. Logo a obra estara pronta para ser finalizada, cuidada em seus detalhes.

Parece que a primavera vai pular o inverno, esse ano.
Primavera é tempo de florescerem as coisas vivas, ou despertar quem estava ibernando.
Que venha a nova estação, então!

Meus Vícios

Escrever, assim como ler, assim como ler, assim como e beber é passível de tornar-se vício. Acho que ainda estou na categoria dos que o fazem socialmente – ler, escrever e beber, mas beber é o que menos faço. E não fumo!

Assumir as escolhas

Até 1998, quando passei o natal na minha mãe pela última vez, eu ainda utilizava a seguinte frase: tenho que passar o natal lá, embora me faça um mal imenso, me traga lembranças infelizes da infância, ou seja, contra a minha vontade.
Perto do natal de 1999, quando eu já morava na MINHA CASA e começou o que eu chamo de “inferno do natal” (aquele período a partir de meados de Outubro, em que “eles” começavam a me ligar, por que eu tinha que passar o natal lá), finalmente pude dizer: NÃO VOU POR QUE NÃO QUERO IR. NÃO SUPORTO NATAIS ASSIM.
Naquele ano fugi para a casa de uma amiga no interior, desliguei o celular até o dia 31/12. (meu pai disse que eu que me danasse, que eu não interessava, nem minha vontade). Depois eu soube que ele foi à minha casa, planejava me levar à força pra casa dela. Como eu imaginava, o 1º natal de liberdade seria o mais difícil, mas valeu a pena.
As nossas escolhas temos que bancar, custe o que custar. Vale a pena fazer isso. É claro que a gente paga um preço. Pra começar, não conseguimos mais enganar a nós mesmos. Sabemos o que queremos, mesmo que usemos ou tentemos usar o outro como muleta.
Às vezes a dificuldade maior não está em fazer a escolha, mas sim em assumi-la.

Mães

Pra mamãe, as mães necessariamente amam os filhos e querem o seu bem. Acontece que, como não é tão simples e linear assim, há distorções nessa convicção. Mães são, antes de tudo, mulheres. Frequentemente usam os filhos como justificativa para as posições que tomam e, principalmente, para as que deixam de tomar.
Como filhos não dão bons escudos, é aí que o negócio costuma embolar.
Minha mãe é que estava certa: toda mãe deveria, necessariamente, amar acima de tudo aos filhos e ser a maior interessada em seu bem estar.
No meu modo de ver, não é preciso se anular das outras partes da existência para se ser mãe. Isso até atrapalha.
Mulheres por completo ou plenas são melhores mães, por que não vão tratando as suas questões. Não precisam procurar “tapete para baixo de onde varrer os problemas”.

domingo, 25 de maio de 2008

Porque luto ou por que comecei a lutar.

Seria correto ou mais correto dizer que a minha família me impeliu a lutar por mim, na medida em que não me entendia, não respeitava as minhas particularidades e não percebia ou parecia não perceber o quão deslocada eu me sentia naquele ambiente.
Via de regra, os nossos pais (nossos por que não sou filha única) pareciam estar mais preocupados com a opinião um do outro, e um em infernizar a existência do outro. Dessa forma, fomos crescendo sem quem acompanhasse as nossas questões particulares.
Mamãe cuidou muito bem de ensinar os princípios, a começar pela "vergonha na cara" (como ela diz). Mas, por outro lado, sou uma péssima dona de casa e, certamente, nunca serei uma esposa. ao seu modo, no entanto, ela lutou por nós enquanto seus filhos, com os quais ela tinha obrigações impostas pela sociedade.
Lutou boa parte da vida contra um homem relapso como pai e péssimo marido. Também não duvido que tenha nos amado e ainda ame muito. Mas não nos via como pessoas, talvez achasse que devíamos ser uma extensão dos antepassados, ou dela, ou do pai.
Pra fugir precisei lutar muito.

Como a gente se aborrece sozinho ou como somos causa do nosso próprio aborrecimento

A paranóia, além de ser uma coisa muito feia, é um mal que parece acompanhar a humanidade ao longo de sua história. Exemplo clássico está em Otelo, de Shakespeare, onde o mouro acredita nas intrigas de Iago contra sua amada, como se fôsse certo que não merecia a felicidade de que estava gozando.
Frequentemente sou acometida por este mal. No meu caso, tenho a certeza de que ninguém no mundo (olha que mega paranóia!) sente a minha falta. Embora não seja "baladeiro de plantão", como tem no orkut, também não chego a ser um exemplar de eremita, sei disso.
Mas, de vez em quando, é bom quando me provam que estou errada. Alguém nos diminue e a gente acredita que vale pouco ou menos que isso.
Obrigada.

sábado, 24 de maio de 2008

Minhã mãe - como as coisas retornam.

Quando ia trabalhar, hoje de manhã, o caminho estava livre. Estava uma linda manhã de sol e, sendo outono, fazia um ventinho ameno. Fui com a mente livre e me ocorreu algo em que nunca havia pensado antes:
- Assim como eu, minhã mãe saiu de casa para fugir do pai! Ela foi trabalhar fora, mas perto de casa, e depois veio embora pro Rio com a patroa. Veio embora por que não era compreendida, não se sentia aceita nem amada por ele.
a primeira grande diferença entre nós é que ela (segundo suas palavras) o amava muito e sentia-se preterida por ele, que se derretia todo por uma irmã "lora" e mais nova. No meu caso, a antipatia veio já durante a gravidez.
Será que ela pensa que a minha fuga deles é um castigo?
Gosto muito dela e por toda a minha infância acreditei que ele era de todo boa pessoa e sem defeitos. Claro que o encontro ou a consciência do real causou um choque e abalou nossas relações, até por que foi no início da minha adolescência.
Nunca me esqueço da dor que senti ao perceber que ela, deliberadamente, discriminava sua filha mais velha, minha irmã. E me preferia. Isso mesmo, ela fez qual seu pai. Fico pensando se ela não percebia, se nunca fez ou nunca lhe ocorreu essa associação.
Em algumas matérias da faculdade conversamos sobre essa coisa das pessoas frequentemente passarem pelas coisas, sem reflexão. Alguns filosófos ja cantaram essa pedra, também.
Assim caminha a humanidade! (mamãe adora esse filme)

Outono, que vem antes do Inverno, véspera de primavera

Passados esses meses, formam um conjunto novamente o que antes eram cacos. Sobrevivi! E chega de lamentações. De fato, "escolher é renunciar."
A vida é como as estações do ano, volta e meia muda o clima sem saírmos do lugar. Eu gosto do inverno. Ganho abraços diários do meu cachecol, e aquele afago na cabeça das minhas muitas tocas. (Sinto muito frio...)
É bom escolher, mesmo que isso cause dor. De qualquer forma pagamos pelas escolhas, e quando não são nossas o desastre é maior.