sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Da Vinci e Camille Claudel. Só um homem e uma mulher?



Ela filha de Louis-Prosper Claudel, hipotecário e Louise-Athanaïse Claudel, Camille Claudel passa sua infância em Villeneuve-sur-Fère, morando em um presbitério que seu avô materno, doutor Athanase Cerveaux, havia adquirido. Primeira a ser gerada pelo casal, quatro anos mais velha que Paul Claudel, ela impõe a este, assim como a sua irmã caçula Louise, sua forte personalidade. Segundo Paul, tendo declarado seu desejo de ser escultora, Camille previu também que ele se tornaria escritor e Louise musicista.

Seu pai, maravilhado com seu estupendo e precoce talento que, ainda na infância, produziu esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios de desenvolver suas potencialidades. Sua mãe, por outro lado, não vê com bons olhos, colocando-se sempre contra todo aquele empreendimento, reagindo muitas vezes violentamente no sentido de reprovar a filha que traz incômodos e custos excessivos para a manutenção de seu "capricho".

Em 1881, parte para Paris e ingressa na Academia Colarossi, tendo por mestre primeiramente Alfred Boucher e depois Auguste Rodin. É desta época que datam suas primeiras obras que nos são conhecidas: A Velha Helena (La Vieille Hélène — coleção particular) ou Paul aos treze anos (Paul à treize ans — Châteauroux). Rodin, impressionado pela solidez de seu trabalho, admite-a como aprendiz de seu ateliê da rua da Universidade em 1885 e é nesse momento que ela colaborará na execução das Portas do Inferno (Les Portes de l'Enfer) e do monumento Os Burgueses de Calais (Les Bourgeois de Calais).




Leonardo di ser Piero da Vinci (? pron.; Vinci, 15 de abril de 1452 – Cloux, 2 de maio de 1519) foi um polímata italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.[1][2][3] É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística.[1] Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção.[4] É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.[5] Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante.[4]

Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença. Leonardo foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.

Leonardo era, em seu tempo, como até hoje, conhecido principalmente como pintor.[5] Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia, estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo.[4] O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural,[6] é foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes - e frequentemente desastrosas - com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica.[nb 3] Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura - formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.

Leonardo é reverenciado por sua engenhosidade tecnológica;[5] concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas.[7] Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído, durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis),[nb 4] mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria.[nb 5] Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.[8]

Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido à sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180.[9][10]