E lá vamos nós, de novo, começar uma semana, Graças a Deus. Começar é a palavra. O fim de algo (um período na escola ou na faculdade; um emprego; um relacionamento) geralmente é o começo, ou o caminho para o começo de algo.
Começar é uma coisa difícil. Sempre é difícil. Por que começar algo é aceitar que outro algo acabou, e tem coisas que a gente não gostaria que acabassem, ou a gente não quer aceitar que acabaram.
Começar de novo é, necessáriamente, admitir que ainda não chegamos onde queremos, talvez por que não tenhamos chegado onde nos queiram por perto. E isso é duro de aceitar: não me quer por perto.
Segunda-feira, graças a Deus.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Este inferno de amar. Almeida Garret
Este inferno de amar
Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei…
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.
Pode se dizer muito dos portugueses, principalmente que "cantam" muito bem as dores nossas do coração.
Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei…
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.
Pode se dizer muito dos portugueses, principalmente que "cantam" muito bem as dores nossas do coração.
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