sexta-feira, 21 de novembro de 2008

água - mudança de estados - instabilidade

Tenho a incômoda sensasão de viver no insólito.
Nada é, tudo está e mudará.
Vivos morrerão; profissões acabarão; outras surgirão sem quem as execute; a graduação está acabando; a pós começou; as crianças tornam-se adultos.
Me parece que essa é a causa desta sensasão de impotência que sentimos quando queremos consolar alguém. Dizer o que: vai passar, você vai superar, seja forte... sabendo que o que vai passar também somos nós.
É estranho ser mortal. E é estranho dizer isso, como se eu já tivesse sido imortal. Mesmo sendo a nossa condição, é difícil se conformar com perdas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Enterro, cemitério e a vida.

Recentemente, uma amiga, muito amiga, perdeu sua mãe. Lamento profundamente sua perda.



É curioso como a vida pode ser, ao mesmo tempo, tão plena e tão fulgaz.
De nada adianta pensarmos " e se...": e se eu teivésse escutado; e se eu não tivesse feito isso; e se eu tivesse feito aquilo... Tudo o que podemos fazer por nós ou por alguém qua amamos, só é possível enquanto estamos todos no mesmo plano, neste caso, vivos.
Opa: descobri a pólvora? não, senhoras e senhores. Mas a gente só lembra como é possível perder alguém de repente quando perde.
Vamos aproveitar a vida e os nossos vivos. Vamos dizer o quanto amamos aqueles que amamos, hoje, agora, sempre.
EU TE AMO MUITO, MEU AMOR.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Phil Collins e tenho andado

Phil Collins

Um dia desses, andando pela rua, ouvi o Phil Collins cantando True Collors. Disse: amo esse homem quando ele canta!! E isso me impeliu a pensar: - que sensações maravilhosamente relaxantes esse homem, que nem sabe da minha existência, é capaz de proporcionar-me. Como é curioso que uma música, uma peça de arte nem das mais clássicas, cuja história e motivação da composição eu desconheço, tem esse poder de me fazer tão feliz.
Foi ele também quem compôs a trilha sonora do Irmão Urso, um primor que sempre me faz chorar. Felicidade é uma coisa, de fato, muito particular.
Quantas já foram as vezes, em momentos de solidão, dor ou tristezas, que a felicidade pôde ser evocada através da beleza de uma música, somente por ser algo que encontra abrigo em nós e, assim, tem permissão de nos acalentar.

Tenho andado muito pra chegar ao meio do caminho, de onde eu nunca sai.
Andando cheguei ao meio do caminho
Andei muito pra chegar ao meio do caminho de mim, coro pra permanecer entre o que eu era e o que posso vir a ser.
É um caminho traiçoeiro: quanto mais avanço, maior ele se torna e, assim, quase correndo, permaneço no centro.
Ilusório caminho pois, o que hoje é o meio, onde estou, amanhã terá se tornado o início.
Dinâmico caminho que afasta-me de mim para que eu me encontre comigo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O PossíVel, o Desejável, o AceitÁvel e o Suportável

Vel, Vel, Vel, como um eco.
Não, senhoras e senhores, não se trata de versinhos e gracinhas.
Trata-se da vida de qualquer ser humano comum, sob este céu e sobre a Terra.

Vivo como me é possível e já afastei de mim o que me era insuportável. Estas são condições essenciais para a felicidade que tenho hoje.

Entrar para a faculdade foi um grande desejo que consegui realizar, e isso também me faz muito feliz. Nesse campo, aliás, devo dizer que estudar é um dos grandes prazeres da minha curta existência.

Há, no entanto, ainda, algo que desejo desesperadamente e que, no momento, não tenho por que não posso ter e, provávelmente, nunca terei. É possível viver sem o tesouro que desejo - tanto que eu me limito a nem pedir - mas, às vezes, parece insuportável a consciência desta impossibilidade.

Por que se conformar com a perda não aprendi ainda.?!
Afora isso, a vida é uma coisa maravilhosa, tanto quanto um quadro de Da Vinci e um texto de Shakespeare.