terça-feira, 10 de novembro de 2009

MONOGRAFIA DA ESPECIALIZAÇÃO


Para quem ainda não percebeu, sinto uma falta enorme de ter alguém que me ame o suficiente para optar por me dar essa felicidade. Eu sou muito boa para ser ombro amigo, para dar apoio e incentivo no caminho duro a ser percorrido ou no momento difícil, mas sempre a forte que pode ser dispensada e esquecida quando tudo está bem.

Bom, ocorre que faço literaturas de língua portuguesa na especialização. Para a minha monografia escolhi trabalhar com um dos muitos, e maravilhosos, romances escritos por JOSE DE SOUZA SARAMAGO: O Ano da Morte de Ricardo Reis. Escolhi um recorte, digamos, no mínimo entregador da minha condição de recalcada.

Dentre os vários aspectos ou recortes pelos quais a obra pode ser abordada, trabalho com a oposição de lugares entre as personagens femininas LIDIA e MARCENDA; de todas as formas: na sociedade, na vida e em relação ao próprio Ricardo Reis.

Normalmente os primeiros caminhos para ler esta bela obra são a trama com a história, pois a história se passa no ano de 1936, logo após a morte de Fernando Pessoa em dez de 1935; e a questão dos heterônimos, sendo Ricardo Reis o mais clássico deles.

Além de querer ler diferente, acabei vendo algo que vejo na minha vida: assim como eu, Lídia é a forte, aquela que pode ser dispensada porque, assim como eu, não se impõe para um homem como um peso ou uma obrigação. Lídia assume os riscos e consequeências por seus próprios atos, não fica fazendo chantagem para ser assumida oficialmente.

É, independente de como se leia, uma bela obra. É Saramago do início ao fim.

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