domingo, 8 de janeiro de 2012

Domingo.


Sou sempre muito agradecida por algo ter dado muito errado na educação que recebi da minha mãe, em que eu deveria ter me casado. Sou muito grata por nunca ter podido, mesmo quando eu quis, atrelar a minha vida a alguém para viabilizá-la materialmente. Não, eu não sou independente e solitária somente por opção. As pessoas que poderiam ter sido meu apoio, sobretudo homens como meu pai, pais dos meus filhos e marido, tinham como preço me destruir - o que nunca pude permitir.

Mas ser grata pela liberdade não significa ignorar que ela também custa muito caro. Hoje e ultimamente a solidão é o juro que mais me tira o sono, literalmente.

Assim fico pensando em Camille Claudel e Jane Austen entre uma tarefa de mestrado e os estudos de história e política.

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