segunda-feira, 29 de abril de 2013

Será que o modo de produção capitalista será o último que conheceremos?

Tenho pensado muito nisso, principalmente desde janeiro, quando assisti a um musical, LES MISERABLES, ocasião em que voltei a ler Victor Hugo e a estudar história, começando pelos escritos de Marx e Engels sobre a Comuna de Paris (1871), entre outras leituras. Se, após a experiência da Comuna fica demarcada uma dupla vitória da Burguesia, que se estabeleceu como classe dominante e, portanto, detentora do poder dos Estados Capitalistas, em que momento estamos agora, no que concerne à classe que comanda o poder no mundo?

Naquele momento, a classe operária prematuramente, talvez, tentou tomar o poder e, derrotada pela burguesia, foi dura e cruelmente combatida, de modo que se seguiram décadas de atuação "limitada" a lutas economicistas, sobretudo no movimento sindical. Num mundo que já vivenciou experiências duradouras de construção do socialismo, ou seja, de construção de outro sistema de governo e produção, em oposição ao modo de produção capitalista, um ciclo que ainda não completou o primeiro século, como definir o poder no mundo hoje?

É claro que me recuso a acreditar, ou me conformar, que um sistema em que nossa liberdade, grau de formação e qualidade de vida estão, mais que associadas, plenamente atreladas ao tamanho do seu bolso seja a forma melhor de organização social que uma espécie que criou equipamentos capazes de tirar os homens do chão, destruir sem deixar vestígios centenas de outros, multiplicar a produção de comida pode construir.

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